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Mostrando postagens de setembro, 2010

Programa de estilo

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Foram cinco dias de alegre alvoroço em torno de algo muito antigo, mas sempre novo: o livro. Pelo 2º ano consecutivo realizou-se em Santos, de 22 a 26 de setembro, a Tarrafa Literária, evento que reúne escritores e leitores num convívio simpático e altamente proveitoso. Autores famosos, autores estreantes, nacionais e estrangeiros. Todos com muito a dizer, e despertando nos ouvintes o interesse por novas leituras, e o desenvolvimento, cada vez maior, de hábito tão prazeroso e importante como o da leitura. Assisti a algumas exposições e debates, em mesas diferentes, e também participei da alegria do idealizador do festival, José Luiz Tahan, da Livraria e Editora Realejo : é muito bom ver um número grande de jovens, e de não tão jovens, reunidos numa festa literária. E tudo na minha cidade. Agora é esperar pela 3ª Tarrafa Literária, pois o evento já ficou tradicional.

Doce lembrança

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Há doces que, além de nos darem prazer, fazem parte da nossa memória afetiva. Já tive a oportunidade de falar sobre eles quando escrevi sobre os “doces da família” e sobre “quero mais” . Um desses doces, que me transporta para os doces dias da infância, é o sagu com vinho. Como todos os outros “doces da família”, aprendi vendo minha mãe fazer. Sem receita, e sem medidas certas, demorei um pouco para conseguir um bom sagu com vinho. Às vezes ficava muito bom, outras, nem tanto. Mas agora acho que descobri o caminho certo, e ele tem ficado o que realmente é: uma delícia. Delícia deliciosa, como brinco com minha netinha, imitando os personagens de um desenho infantil. E para que a receita não se perca novamente, vou anotá-la por aqui. Sagu com vinho 1 xícara de sagu 1 litro de água 4 cravos canela em pau meio litro de vinho tinto suave 3/4 xícara de açúcar Ferver a água com os cravos e a canela durante aproximadamente 2 minutos. Colocar o sag

Perfeição?

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Primeiro foram as correções no nariz e nas orelhas, muitas delas absolutamente necessárias. Depois o silicone nos seios, as lipoaspirações, lipoesculturas, os “lifts”, preenchimento dos lábios, ácido hialurônico, botox, preenchimento das maçãs do rosto, as gluteoplastias ( prótese de silicone nas nádegas) e, com certeza, muitas outras “plastias” que ora não recordo. E quando se pensa que, enfim, a busca da perfeição física terminou, leio que “cresce no Brasil o número de cirurgias estéticas para implantes nas panturrilhas” (Folha de São Paulo de 1/09/2010). Parece incrível, mas agora, para muitos, está ficando difícil, ou insuportável, viver com panturrilhas pequenas, ou com pernas finas que formem um vão. Para se livrar de tal incômodo, o jeito é recorrer a uma cirurgia plástica. Esse tipo de cirurgia existe, afortunadamente, há alguns anos, como indicação para casos de atrofia muscular causada por doenças (como a poliomielite). Contudo, nos dias atuais, passou a receber o

Fora de medida

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A vovó estava meio parada em relação a trabalhos manuais quando, motivada pelo frio intenso de algum tempo atrás, e por uma linda lã de um tom rosa claro, resolveu tricotar. Logo pensou na netinha, e em algo para esquentá-la. Acontece que ela não é friorenta, e pouco usa blusas de lã. Então, surgiu a idéia de um poncho. Fica mais solto que uma blusa, e esquenta sem abafar. Tudo resolvido, foi só partir em busca de uma receita e começar o trabalho. Acontece que depois de algum tempo, deu para perceber que a quantidade de pontos determinada pela receita era pequena, e o poncho jamais serviria para a Isadora. O jeito foi desmanchar e começar tudo de novo. Dessa vez radicalizando: com quase o dobro dos pontos. Ponto por ponto, o poncho foi crescendo. E cresceu tanto, que ficou grande para a netinha. Mas ficou muito gostoso. Agora, para ser usado, só esperando que ela cresça mais um pouquinho. Quem sabe no próximo inverno.

Domingo em São Paulo – Av. Paulista

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Nos fins de semana São Paulo é um ótimo lugar para bons programas. Não que não seja também durante a semana, mas é que aos sábados e domingos o trânsito perde grande parte da sua loucura. Pode-se circular com mais tranquilidade e o tempo rende bem mais. A Avenida Paulista é um dos principais pontos turísticos da cidade. É imponente, muito movimentada e permite um lazer variadíssimo. Museu, cinemas, parque, livrarias enormes, centros culturais, feiras de antiguidade e de artesanato. Acho que na Paulista há um pouco de tudo, e o que falta é encontrado com facilidade nos seus arredores. Tem, ainda, para facilitar, uma ótima linha de metrô. Só um domingo, é pouco para a Paulista. Volto diversas vezes, e ontem fiz um programa que adoro: visitar duas das suas feiras. No vão do MASP, Museu de Arte de São Paulo, funciona a famosa Feira de Antiguidades. Masp visto pela frente. Masp visto por trás, com as barraquinhas montadas aos domingos. Desse lugar tirei a foto abaixo que permi

Paixão em forma de bolo

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Se não fosse pelo gosto e aroma tão especiais, a atração por essa fruta surgiria, certamente, pelo seu nome e por sua flor. Gosto muito de maracujá, a fruta da paixão, e de todos os seus usos na culinária. Experimentando coisas novas na cozinha, mas com uma receita bem antiga, fiz um bolo que ficou realmente “apaixonante”. E, ainda por cima, foi feito com facilidade ( e comido com rapidez). Por tudo isso, vale a pena o registro da receita. Bolo de Maracujá 5 ovos 2 xícaras de açúcar 2 xícaras de farinha de trigo 4 colheres (sopa) de manteiga 1 xícara de polpa de maracujá com sementes 1 colher (sopa) de fermento em pó. Bater o açúcar com a manteiga. Juntar as gemas, a farinha e a polpa de maracujá. Depois de tudo bem batido, juntar as claras em neve e o fermento. Misturar. Levar para assar em forma untada e enfarinhada. Forno aquecido previamente. Cobertura: 1 xícara de polpa de maracujá com sementes 1 xícara de açúcar Levar ao fogo até engrossar, e cobrir o bolo ainda quente. Na próxi

Santo remédio

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Às vezes sinto falta de um trabalho envolvente, daqueles que ocupam a mente de tal forma, que não deixam espaço para qualquer tipo de preocupação. Durante minha vida profissional, tive a oportunidade de perceber que eventuais preocupações ficavam em suspenso, desde o início do dia até o fim da jornada. Só, então, conseguiam se fazer notar. Às vezes até tentavam se insinuar, mas logo eram afastadas pela necessidade de destinar todo o pensamento para a realização do trabalho. Daí o velho ditado de que “trabalho é um santo remédio”. Mas agora percebo que, sem esse tipo de trabalho totalmente envolvente, fica mais difícil ter uma trégua de ocasionais preocupações, mágoas ou sofrimentos. O campo está livre, o mal-estar chega e se instala. Como parece que existem outros “santos remédios”, e que o trabalho, atualmente, nem está com todo o prestígio de que resultou o ditado acima, o caminho é buscar outra solução. Será que "rir é o melhor remédio"?

Chorinho no Sábado

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Aos sábados, sempre no final da tarde, há um chorinho delicioso na “Ponta da Praia”, em Santos. Bem na praça atrás do Aquário Municipal, no meio dos jardins, e tendo a praia ao lado, são colocadas cadeiras e montado um pequeno palco para a apresentação dos músicos. A cada sábado, apresenta-se um regional. É um programa simples, mas extremamente prazeroso. O som, a paisagem, o crepúsculo, o público atento. E nas alamedas do jardim, muitas famílias com crianças brincando, enquanto os sons do cavaquinho, bandolim e violões provocam um clima de encantamento. Um lazer e tanto, sem qualquer custo. E a cidade de Santos tem muito disso. Basta olhar para a praia com seus jardins. Basta olhar para o mar. Quando cheguei para assistir "o chorinho no Aquário", o sol estava se pondo. Bem no alto a lua em crescente, e logo abaixo dela Vênus com sua luminosidade (na foto, um pontinho). No final, já era noite. Senti não estar com minha máquina, mas fui salva pelo celular (pelo meno

Derramando o leite?

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Adoro piano. Adoro tocar piano. Mas se gosto tanto, por que toco tão pouco? Será algo semelhante aos relacionamentos pessoais? Algo como gostar de alguém mas não manifestar amor, e nem procurar aproveitar sua companhia? Será que se algum dia for acometida por uma dessas “..troses”, ou “..trites”, que muitas vezes aparecem com a idade, terei dificuldades para tocar piano? E daí, será que vou chorar? Ou lamentar aquilo que não fiz? Valha-me Santa Cecília! (Com um fundo musical, já falei um pouco sobre isso aqui . É de lá esse filminho).

Mergulhos no passado

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Acima, prédio da Bolsa do Café (ao fundo) e sua entrada. Abaixo, prédio do Teatro Guarany. Em Santos há alguns prédios de grande valor histórico e cultural, entre os quais o da Bolsa Oficial do Café, onde está instalado o Museu do Café, e o prédio restaurado do Teatro Guarany. Um passeio por esses dois locais já é de “encher os olhos”, mas ontem tive a oportunidade não só de admirá-los como de participar de eventos neles realizados. Na Bolsa do Café houve o lançamento do livro “1822” do jornalista Laurentino Gomes, em promoção da Livraria Realejo. Os autógrafos foram dados na belíssima “sala dos pregões”, com acompanhamento musical de flauta e violão. Muitas e muitas pessoas. Foi um sucesso. O prédio da Bolsa do Café é esplendoroso, construído na época em que Santos era a maior praça cafeeira do mundo. Na sua construção foram utilizados materiais nobres vindos de vários países europeus. Seu interior é muito luxuoso, com piso de mármore italiana, cristais belgas e bronzes france

Responsabilidade e amor à vida

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Há mais ou menos um ano, motivada por notícia publicada na Folha de São Paulo, escrevi sobre o amor à vida demonstrado por nosso atual vice-presidente, José de Alencar. Destaquei sua força, coragem e otimismo na luta contra doença que o persegue há algum tempo. Na ocasião, submetendo-se a novo tratamento, ele pediu aos médicos que o “segurassem” pois logo ele teria mais dois bisnetos, e queria acompanhá-los até a formatura. Fiquei encantada. Tempos depois, também em leituras de jornais, li que após processo judicial de investigação de paternidade, o vice-presidente havia sido reconhecido oficialmente como pai da autora da ação. A decisão foi proferida depois de dez anos do ajuizamento da ação, ao que parece por motivo de sucessivos recursos protelatórios por parte do “réu”. Intimado a fazer o exame de DNA, praticamente infalível para o reconhecimento da paternidade, ele se recusou e usou de todos os meios para descumprir a determinação judicial. Diante dessa recusa, a patern