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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Criança preocupada?

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Alerta: conversa de vovó. Para registro. As crianças sempre nos surpreendem. Fazem e dizem coisas que achamos que estão fora do seu alcance. Outra noite, recostadas na minha cama, eu e a Isadora conversávamos. De repente, ela me disse: - Sabe, vovó, às vezes eu fico tão preocupada com você. - Por que, minha netinha? - Ah, porque você fica muito sozinha. Passa os dias sem companhia, e quase não sai de casa. - Não tem problema, minha linda. A vovó já está acostumada. E a vovó sempre arranja muita coisa para fazer e se distrair. Na verdade, nunca imaginei que ela pudesse ter esse tipo de preocupação. Ou outra preocupação qualquer.   Criança preocupada? Não imaginava essa possibilidade. É que, passando todas suas férias comigo, ela observou que grande parte dos dias da semana eu fico só. E é isso mesmo. Pois, embora acostumada, muitas vezes até eu acho que estou ficando muito tempo só.  

O que fazer?

Estou sufocada. Todo ato cruel, todo ato desumano, atinge toda a humanidade. E a diminui. Estamos todos diminuídos. Um jovem preso, sem roupa, a um poste, depois de atacado. Um cinegrafista, em trabalho, assassinado por efeito de um morteiro atirado por manifestante (s) em protesto. A violência está generalizada. A cultura do ódio segue firme. E nós, o que podemos fazer para tentar barrar a escalada da violência, para calar a cultura do ódio? Não se trata, somente, da violência física. Normalmente, chega-se a essa, depois de muita deformação, depois de muita violência moral. É a agressividade nas palavras, tão dissseminada, são as ofensas gratuitas, é a empáfia, a arrogância. É o linchamento moral. E o que podemos fazer? Sem dúvida, todos temos algo para fazer. Muitas vezes, sem perceber, estamos contribuindo para a cultura do ódio. Sem qualquer cuidado, sem qualquer exame ou pesquisa, acreditamos em fatos que outros divulgam, e passamos para a frente. Es

"New look"

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Há algum tempo deixei de usar blusas sem mangas e camisetas cavadas. A manga pode ser bem curta, tipo manga japonesa, ou na forma de uma aba, mas sempre está presente. Acho que isso se deve à vaidade. Não uma vaidade exagerada, mas uma vaidade saudável, para me enxergar arrumadinha.  Coisas da idade. Blusas cavadas, e até bermudas, só nas caminhadas pela praia ou em casa. Mas esse calor exagerado, que nos envolve desde o mês de dezembro, está alterando minha noção de vaidade, e me fazendo adotar um novo visual. Temperaturas diárias acima de 30 graus, próximas de 40, com sensação térmica superior a isso. Dia e noite. Noite e dia. Adeus mangas e manguinhas. O pior é que, assim como os aparelhos de ar condicionado, as camisetas regatas, e as blusas cavadas, sumiram do comércio. Com dificuldade, encontrei algumas, mas no sistema de olhar e comprar. Sem escolha de cor, ou de modelo.                                             Amarelo ovo? Sem escolha.

Riscos e medos

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A velhice não chega de uma hora para a outra. Sabemos disso. Ela vai se insinuando, e cada dia avança um pouquinho, mas a gente não percebe. Até que, de repente, começa-se a notar sinais. Já não se anda tão depressa, já não se lembra com presteza de determinados fatos, já não se tem muito entusiasmo por determinados programas. E, o pior, começa-se a ficar com determinados receios. Medo de cair. Daí a cautela ao andar na rua, para não se ser surpreendida por algum desnível, ou buraco. Medo de ser assaltada. Cautela nas caminhadas, quando se tem que carregar bolsa. É melhor uma bolsa pequena, a tiracolo, cruzada na frente.  E tantos outros cuidados ... Mas, por outro lado, não se pode sucumbir aos receios. É preciso, também, estar alerta para evitar exageros. Será que isso tem mesmo algum risco? Será que dá para esquecer a idade e agir com segurança? Tudo isso eu pensei ontem cedo quando, em São Paulo, resolvi me aventurar na 25 de março. Estava querendo comp