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Mostrando postagens de 2016

Sonhos para o novo ano

Quero continuar a envelhecer bem. Se possível, somente com os desgastes naturais do passar do tempo. Quero receber muito amor e carinho. Ser olhada com compreensão e afeto. Quero conviver com pessoas leves, alegres, de bem com a vida. Quero ter muitos motivos para me sentir feliz. Quero ter muitas ocasiões para dar risadas. Quero ter boas oportunidades de passeios e viagens. Quero ter sonos tranquilos, pernas boas para caminhadas, ouvidos bons para bons sons, visão boa para todo tipo de beleza. Quero ter mãos e dedos bons, para dedilhar as teclas do meu piano, e fazer os pontos do meu crochê. Quero ter boas conexões e entendimento, para continuar com meus escritos e leituras. Quero manter meu encantamento e entusiasmo pela vida. Quero viver muito bem em família. Quero sentir tudo de bom que a vida pode dar. E, em troca, quero dar o meu melhor.

Ano difícil

Meu blog tem 8 anos e meio e, durante todo este tempo, escrevi bastante. Principalmente nos seus primeiros anos. Logo no seu início, os temas giravam mais sobre crianças, relacionamentos de mães com filhos e atuação das avós. Eu era vovó recente, e havia criado o blog entusiasmada pelo meu novo estado. Seu nome era Blog da vovó. Contudo, em pouco tempo, temas diversos foram pululando no meu pensamento e entendi que precisava alterar o nome do blog. Para, inclusive, facilitar o entendimento do seu conteúdo, que não seria somente o de “conversas de vovó”.   Alterar o nome, mas sem grandes mudanças, porque já era conhecido. Foi assim, que a partir de dezembro de 2008, ele passou a se chamar Blog da vovó … mas não só. Os anos seguintes renderam bastante. Histórias da netinha, da família, viagens, culinária, trabalhos manuais, livros, filmes, reflexões de diversas ordens. Depois, a produção foi espaçando, rareando, até que, neste ano de 2016, quase se encerrou. Até ago

Coisas da idade

Enquanto tomava café da manhã, pensei: quando terminar, vou ver se o aquecedor está ligado, ou se ainda está desligado desde ontem. Enquanto me arrumava para sair, pensei: vou colocar uma barrinha de cereais na bolsa, para o caso de sentir fome enquanto estiver na rua. Chegou a hora do banho e, quando estava entrando no chuveiro lembrei … que não havia olhado se o aquecedor estava ligado. Saí de casa, e quando estava no meio do caminho, lembrei da barrinha de cereais, que não havia colocado na bolsa. E o telefonema que eu ia dar logo cedo, e que só foi lembrado novamente na hora em que fui dormir? É assim mesmo que as coisas acontecem.  Os avançados em idade sabem que têm que fazer o que pretendem na exata hora em que pensam naquilo. Caso contrário, correm o risco de não lembrarem, ou de lembrarem muito depois. Onde estão meus óculos? As chaves do carro? Onde está aquela caneta que tanto gosto? O segredo é colocar os objetos sempre no mesmo lugar. Não dá para coloc

Estar, para ser

Cada vez mais, tenho dificuldade para entender a necessidade de exposição em redes sociais. Principalmente a exposição de sentimentos. Pais, que vivem ao lado dos filhos, precisam vir a público para dizer aos filhos quanto os amam. Eles não estão se dirigindo ao público, mas sim aos filhos. É lógico que o público também fica sabendo. O mesmo, em relação aos filhos. Parece que o amor que têm aos pais só é verdadeiro se for divulgado. E não estão dizendo ao mundo que amam seus pais, mas dizendo aos pais, via rede social, que sentem amor por eles. Parece que os sentimentos só são verdadeiros se alardeados. Eu estou ao lado de alguém por quem sinto amor, mas esse amor só será real se for exposto. Vou ser gentil com alguém, vou fazer um agrado a um próximo. Preciso de registro. Preciso publicar. Caso contrário, meu ato será incompleto. Ah, também preciso informar ao mundo que acordei, que vou dormir, que estou com insônia. Privacidade? Daqui a pouco desaparecerá por com

É a vida.

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Há bastante tempo ela queria um cachorrinho, mas o fato de morar em apartamento, e de ainda ter pouca idade para se responsabilizar por cuidados, foi adiando a realização do sonho. Até que, em primeiro de fevereiro foi com sua mamãe a um órgão municipal de adoção de animais, para escolher seu cachorrinho. Na verdade, quem a escolheu foi o animalzinho, que se chegou procurando colo. Vivia ali há algum tempo, com idade calculada entre 7 e 8 anos, o que levou o veterinário a perguntar-lhe se não preferiria esperar um filhote. Ela não quis esperar. Ficou firme na escolha, e saiu feliz com o seu “Zig”.  Embora tivesse pensado em outros nomes, conservou aquele que o acompanhava.  Sua mamãe agendou veterinário, que atestou as boas condições físicas do cachorrinho. E daí, começou a nova rotina na casa. A menininha acordava cedo e já se arrumava para descer com seu cachorrinho. Na hora da escola, o Zig ia acompanhando sua caminhada. No final das aulas, lá estava ele e