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Mostrando postagens de agosto, 2018

Creme de Cogumelos

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O uso dos cogumelos na alimentação é relativamente recente, pelo menos entre nós. Quando eu era criança, os únicos cogumelos que conhecia eram os chapéus de sol e os orelhas de pau, que cresciam no solo e nos troncos das árvores do nosso quintal.  Despertavam a curiosidade da criançada, mas nem se pensava na possibilidade de que pudessem ser comidos. Na verdade não eram comestíveis e, nessa época, nem se suspeitava que havia outros que fossem. Com o tempo, outros cogumelos passaram a ser conhecidos e foram, aos poucos, sendo introduzidos na alimentação. O número de espécies de cogumelos é enorme, mas os comestíveis são minoria. São ricos em nutrientes e muitos têm propriedades medicinais. E, o melhor, possuem pouco carboidrato, uma boa quantidade de proteínas e pouquíssimas calorias. O mais bonitinho para ser introduzido na alimentação é o Cogumelo Paris, também chamado de “champignon” quando em conserva. O Paris, ao lado, principalmente, do Shiitake, Shimeji e Porto

Festejando aniversário. NacoZinha Brasil.

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10 anos completados hoje. Essa é a idade do blog NacoZinha, da amiga Gina. É um pouquinho mais novo que o meu, que fez 10 anos no último dia 1º de junho.  Blog muito interessante, que vem fazendo sucesso durante todos esses anos com suas receitas variadas e, ainda, com suas postagens sobre gastronomia e viagens. Na parte das receitas, seu grande diferencial é o de sempre apresentar, como remate final da postagem, uma planta, ou flor, relacionadas de alguma forma ao prato salgado ou doce ali apresentado. Nunca encontrei a Gina pessoalmente, mas a conheço praticamente há dez anos, logo após o início do seu blog.  Em pesquisa rápida, localizei um comentário que fiz a um seu texto em 11/01/2009, talvez o primeiro, e muitos outros em outras épocas. Fiz algumas das suas receitas, e ela publicou em 04/11/2011 foto de um Pão Australiano feito com a minha receita, com referência expressa no seu post. Meu blog, o "Blog da vovó …mas "não só” , não é um blog de c

Velha, velho. Quem é?

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Meu texto anterior, “ Ainda há vida para os blogs?”, já estava pronto quando, por um acaso surpreendente, obtive a resposta: sim, ainda há muita vida para os blogs. E tudo por conta de um vídeo fantástico, sobre uma blogueira sueca. Fiquei extasiada com o vídeo e, mais do que depressa, entrei no seu blog, cujo nome, em tradução livre, seria “Blogue comigo! “(Bloggga med mig!). Rodei um pouco pelo blog até que, como título em uma das páginas, encontrei o seguinte: Jag har blivit 106, på väg mot 107. Corri para a tradução e lá estava: "eu me tornei 106, a caminho de 107”. Ou seja, a blogueira sueca Dagny Carlsson, que assina suas postagens como Bojan, havia completado 106 anos. Dagny, que pelo vídeo mostrou toda sua vitalidade física, é uma blogueira ativa, conectada ao mundo por seu computador e seu blog. O interessante é que começou a usar o computador quase aos 100 anos. Participou de um curso, para conhecer os segredos do aparelho, surpreendendo os

Ainda há vida para os blogs?

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Em julho meu blog completou 10 anos. Nos primeiros anos, minha produção foi intensa. Escrevi muito sobre família, comportamento, livros, filmes, lembranças. Com o tempo, o tema do envelhecimento também passou a merecer muitos textos.  Foi uma época em que a comunidade dos blogueiros/as era extremamente atuante e amiga. Em pouco tempo formava-se um grupo, com uns seguindo os outros, comentando as publicações, estabelecendo laços de amizade.  Segui, e fui seguida, por blogueiras de Portugal e da Espanha, e por blogueiras brasileiras espalhadas pelo Brasil e até pelo mundo. Era uma atividade envolvente e enriquecedora. Nessa época publiquei quase 600 textos, que acabaram compilados em seis volumes impressos. De repente parece que foi se formando uma onda de desânimo, que só agora percebo com clareza. Na ocasião pensava que o desinteresse era só meu. Passei a escrever menos e a  partir de agosto/setembro de 2014 minhas publicações foram ficando mais espaçadas. Até que em julho d

Crescimento e mudanças

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Em julho de 2015 escrevi “E ela está crescendo” e em dezembro, do mesmo ano, publiquei "E o tempo passou" . Nos dois textos falo sobre a Isadora, e mostro fotos para acompanhar seu crescimento. Em dezembro/2015, com 9 anos e meio, ela já estava da minha altura. Mas as fotos permitem ver sua cara de menininha. Crescida, porém menina. De repente o tempo deu um salto, justamente na época em que pouco escrevi, e a menininha que motivou a criação do "Blog da vovó … mas não só", tornou-se uma mocinha. As fotos acima, da Páscoa de 2017 e 2018, mostram isso. A altura? Passou em muito a minha. Com o crescimento e a transformação, vieram, também, outras mudanças. Há algum tempo já não queria ser fotografada, só depois de muita insistência. Agora, até com insistência ficou difícil conseguir. Mas para podermos manter os registros, contamos com as “selfies”. Ela é especialista nesse tipo de foto, adora usar meu iPhone, o que permite, por tabela, que eu consi

Caminho novo.

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Voltei ao meu blog e estou atrás de inspiração. Há alguns anos, parece que os assuntos fluíam melhor. Assuntos diversos, alguns leves, outros sérios, mas todos permitindo um desenvolvimento tranquilo.  De repente, talvez como consequência das grandes mudanças nos relacionamentos sociais, e dos escancarados problemas da sociedade, fiquei com dificuldades para me expressar.  Discórdias, agressividade, intolerância tornaram-se constantes nos relacionamentos sociais e, sem dúvida, me tollheram na escrita. Parece que só os temas desagradáveis conseguiam brotar. Ideias leves, até surgiam. Contudo, o desânimo decorrente do sentimento de impotência diante da situação difícil em que estamos mergulhados, me desmotivou.  Mas, a cada dia, sinto que é importante lutar contra isso. Preciso encontrar um novo caminho, deixar o  desânimo para trás, sair em busca dos assuntos interessantes, das boas reflexões. Lembrar e vivenciar tudo de bom que acontece, tudo que pode nos trazer esper

Lembranças do meu pai

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A lembrança mais antiga que eu tenho, é de um fato ocorrido quando eu tinha pouco mais de dois anos. Estava brincando no quintal da nossa casa, com uma amiga mais velha, quando ela se pendurou numa jardineira (floreira), que enfeitava uma das janelas da casa, e a jardineira despencou. Na queda, a jardineira raspou minha perna direita e provocou uma fratura. Nessa época, já éramos cinco irmãos e o caçula tinha alguns meses. Minha mãe providenciou para que meu pai fosse chamado no seu trabalho, e logo depois ele estava chegando em casa. Colocou-me no seu carro e levou-me ao médico. E é justamente essa a minha lembrança mais antiga : eu sendo levada ao médico, por meu pai. Um mês antes da minha fratura, meu irmão Beto (Gilberto) havia “quebrado” o braço. Lá foi meu pai, levá-lo ao médico. E muitas foram as outras ocasiões em que ele precisou socorrer algum filho, por motivo de acidente, ou as ocasiões em que levou um grande susto. O Sérgio estava assistindo futebol,

Liberdade em dois tempos

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O bairro da Liberdade em São Paulo permite passeios muito agradáveis. Sua feira, aos domingos, suas lojas e mercados repletos de mercadorias e produtos japoneses, seus restaurantes, cafeterias,  suas festas anuais, entre as quais o imperdível Festival das Estrelas (Tanabata Matsuri). Pena que, nem sempre, se tenha a oportunidade de passar algumas horas por lá, aproveitando tudo de bom que ele nos oferece. Nessa semana, fui para São Paulo com a minha netinha e lá fiquei por três dias. Acompanhei-a para uma entrevista sobre o  site Ler é Divertido , que ela lançou festejando seus 12 anos.  Nos outros dias, fizemos alguns programas, apesar do frio e da chuvinha fina.  Almoçamos na Casa das Rosas, visitamos o Sesc da Avenida Paulista no intuito de ir até o mirante que, pelo tempo ruim, estava sem visitação. No último dia a Isa, como gosta de ser chamada, sugeriu uma ida à Liberdade. Há muito tempo não íamos juntas até o local e curtimos muito o passeio, que acabou sendo

Frio no inverno ... da vida

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Era janeiro, auge do verão, roupas leves, vestidos de alça.  Minha mãe fazia anos no dia 19, data sempre comemorada com os filhos, muitos dos netos e alguns bisnetos. E, também, muitas vezes com a presença do seu irmão Rodolpho, 5 anos mais velho que ela, que morava em Bebedouro, mas passava o verão no Guarujá, facilitando sua vinda a Santos. Minha mãe viveu 97 anos, e meu tio Rodolpho, praticamente 100. Acho que, até os 97, ou 98, ele manteve a rotina de visitar sua irmã no dia do aniversário. Chegava contente, no seu corpo elegante, e vestindo calça hoje chamada de alfaiataria, camisa clara e paletó ou um suéter de “cashmere”. Esse agasalho de “cashmere" me chamava a atenção. Nós, com nossas roupas reduzidas, tentando fugir do calor e ele, muito confortável, com um vestuário de meia estação. Agora, entendo melhor. A velhice, entre outras mudanças, traz a dificuldade de adaptação térmica, e aumenta muito a sensibilidade ao frio. A percepção do calor fica