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Mostrando postagens de outubro, 2009

Delícia caseira

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Embora eu goste muito de pão caseiro, há anos não coloco a mão na massa para fazer um. Lembro que, na última vez que me propus a fazer, não pude aproveitar do resultado. Estava na nossa casa de Itanhaém, onde temos cachorros, e a festa foi deles. Depois de sovar a massa, deixar crescer, modelar os pães, e colocá-los para crescer mais um pouco sobre um aparador, nossos lindos amiguinhos Boris (cocker spaniel) e Karloff (setter) entraram sem convite na cozinha, pegaram os pães, ainda crus, e foram saboreá-los no quintal. Fiquei “maluquinha”, e não deu para satisfazer minha vontade de comer pão caseiro naquele dia. Nem nos outros, pois desde então nunca mais me motivei a fazer pão com minhas mãos. Nos últimos tempos estou perseguida por essa ideia. É um tal de ouvir de pão feito em casa, de ver imagens lindas de pães diversos, de notar que está se espalhando a utilização das panificadoras domésticas, de tomar conhecimento de receitas com ingredientes variados, que sucumbi. Resolvi comprar

Vale a pena tentar

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Não sou muito ligada em televisão, e pouco fico diante da “telinha”. Mas existem alguns programas que despertam meu interesse, e eventualmente sento para assisti-los. Um desses programas é o Metrópolis, da TV Cultura, que gira em torno de programação cultural. Em um dia da semana passada, em São Paulo, eu estava assistindo o Metrópolis, quando seu apresentador falou sobre o espetáculo do “Café de los Maestros”, e informou que o programa iria disponibilizar ingressos para cinco telespectadores. Fiquei bem atenta. Quase no final, ele deu as regras: as cinco primeiras pessoas que telefonassem para a TV Cultura dando resposta correta à uma pergunta, receberiam dois convites para o espetáculo. Formulou a pergunta (qual a cantora brasileira que cantaria na estréia dos “Maestros”) e informou o número do telefone. Instantaneamente gravei o número, peguei o telefone e disquei para a TV. Fui atendida por uma voz eletrônica e tive a ligação direcionada para o programa Metrópolis. Ainda el

"Café de los Maestros" ao vivo

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Em janeiro desse ano publiquei um texto dizendo que havia tido "a oportunidade maravilhosa de assistir esse filme (documentário) especial, que apresenta os mestres do tango dos anos 40 e 50, anos esses conhecidos como a era de ouro do tango".  E não é que no último sábado, tive a oportunidade mais do que maravilhosa de ver os "maestros" ao vivo? Na platéia do Teatro Bradesco, em São Paulo, eu achava que estava vivendo um sonho, mas era realidade: no palco uma orquestra base, com piano, bandoneons e instrumentos de cordas, acompanhando e alternando-se com os músicos com 40, 50, 60 anos de carreira (em idade, os mais novos são septuagenários) . A emoção que o espetáculo provocou foi enorme, e chegou a suspender minha respiração ( e acho que de muitos mais) quando da apresentação de um bandeonista com 98 anos de idade. O teatro, que estava lotado, manteve-se em absoluto silêncio e imobilidade, como se estivesse diante de algo sagrado, acompanhando nota a nota a singel

Desacelerar

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Sempre fui tocadora de “sete instrumentos”, fazendo uma porção de coisas ao mesmo tempo. Como quero fazer tudo direito, acabo entrando num ritmo acelerado e cansando. Durante minha vida profissional, e ainda com os filhos em casa, talvez esse comportamento tivesse justificativa, mas o fato é que me acostumei à correria, e muitas vezes me pego correndo sem necessidade. É hora, portanto, de refletir sobre isso. E passando a prestar atenção na correria desnecessária, notei que leio os jornais aceleradamente. Nunca fiz o treinamento de leitura dinâmica, mas talvez esteja usando métodos dessa leitura, pois num instante percebo tudo que o jornal está dizendo. Bato os olhos em uma folha, registro os títulos e subtítulos, filtro o que me interessa. E assim por diante. Ufa! O mesmo na internet. Passo rapidamente de um site para outro, escrevo, pesquiso, ufa,ufa! Percebo que esse tipo de comportamento cansa, e preciso aprender a desacelerar. Estava justamente pensando nisso, quando

Almoço a dois

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Não é comum almoçarmos sozinhos aos domingos mas, hoje, filha e netinha foram para São Paulo antes do almoço, e estávamos sem outras companhias. Não tínhamos nada pronto, e nem contávamos com ajudante para a cozinha. Às 13 horas, a dúvida : Vamos almoçar fora? Será? Não, vamos almoçar em casa. Vendo o que tínhamos em casa, para um almoço gostoso e ligeiro, conseguimos o seguinte resultado: Salada criada na hora , com ervilhas tortas (cozidas rapidamente em água fervente e resfriada com água gelada), coração de alcachofra (em conserva), pedacinhos de tomate, atum (em água), pedacinhos de queijo de cabra e de nozes. Molho com mostarda, azeite, sumo de limão, azeite balsâmico e sal. Risoto de açafrão , feito da seguinte forma: 2 colheres (de sopa) de manteiga cebola picadinha (meia cebola das grandes) 2 xícaras de arroz arbóreo 1 litro de caldo de galinha 6 a 8 pistilos de açafrão meia xícara de vinho branco 2 colheres de queijo parmesão mais duas colheres de manteiga Modo de fazer – Desm

Boa base

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Durante minha viagem pela França, no mês passado, várias vezes senti vontade de fotografar meus pés. A foto que me fez reparar nisso foi no marco zero de Paris, bem na frente da maravilhosa Catedral Notre Dame. Ainda com a emoção sempre repetida da visita, focalizei meus pés e os do Berto, em ponto tão significativo, pensando talvez num futuro retorno ao local. Depois foram os pés sobre calçamentos antigos, sobre piso de mosaico, apoiados sobre a beira do lago das Tulherias, sobre as pedras de Les Baux de Provence, sobre ruas vizinhas às ruínas romanas em Arles. De volta, revendo as fotos, percebi que, inconscientemente, estava fazendo um registro-homenagem (por que não?) de parte tão importante do corpo : aquela que sustenta nosso peso, e que permite que andemos, que levemos nosso corpo em busca de novos caminhos, de novas belezas. Sim, temos que dar graças por podermos andar com nossos próprios pés. No caso, ele foram muito usados em nossa viagem, e espero que continuem, por muito

Treino precoce

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(Isadora e Bernardo, com suas mamães). Minha netinha já está exercitando o cultivo das amizades. O primeiro amiguinho que fez na escolinha em São Paulo (antes ela esteve numa escolinha em Santos) mudou-se para Santo Antonio do Pinhal, pequena cidade do interior de São Paulo, bem próxima a Campos do Jordão. E como eles estavam sentindo falta das suas brincadeiras, suas mamães combinaram um encontro para aproveitar o dia das crianças, e temperar a amizade. Os vovôs se integraram ao passeio, e aqui estou eu aproveitando um fim de semana prolongado em Santo Antonio do Pinhal, estância climática calma, cheia de verde, restaurantes simpáticos, lojinhas atraentes. (Clique para ver ampliada). Foi pena que não tivemos sorte na escolha da pousada e a tranquilidade da cidade não pôde ser aproveitada em sua inteireza. Como não conhecíamos a cidade, optamos por uma pousada no centro (Pousada Alemã), imaginando que um lugar com pouquíssimos habitantes obrigatoriamente seria sossegado. Desconhecíam

Temperos para a amizade

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Não é só o amor que precisa de cuidados para crescer e se manter. A amizade, também. Até pode ser que amizades antigas, estabelecidas nos primeiros anos escolares, consigam enfrentar bem os afastamentos. Mas, de qualquer forma, não podem ser consideradas como amizades vivas, daquelas que dão segurança para um pedido de ajuda, ou de socorro (ainda que afetivo). São relacionamentos diferentes, que ficam mais no campo da memória. Amizade verdadeira, que representa uma ligação forte, e que faz com que as pessoas envolvidas se sintam em sintonia, exige cuidados, atenção, demonstração de interesse e até preocupação. Exige, também, comunicação. Relacionamentos sem comunicação, acabam murchando, e até fenecendo. Se os amigos não se falam, não se interessam pelo que está acontecendo com o outro, não trocam gentilezas, a distância afetiva vai aumentando. E é justamente por isso, que acho que as amizades estabelecidas virtualmente têm todas as possibilidades de crescimento. Comunicação, não falta

Mimos para os idosos

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D ifícil é dizer, com exatidão, qual a idade em que a pessoa pode ser chamada de idosa. Mas, como é necessária uma classificação formal, convencionou-se a idade de 60 anos. No Brasil há uma legislação que garante, aos idosos, tratamento preferencial em diversas situações, e também redução no pagamento de ingressos para eventos culturais e de lazer. Graças a isso os maiores de 60 anos têm direito a atendimento prioritário nos estabelecimentos públicos e privados, o que significa que não precisam enfrentar filas. É verdade que isso nem sempre é respeitado, e o idoso, muitas vezes, precisa passar pelo constrangimento de “furar” a fila. O mesmo em relação aos estacionamentos que garantem vagas para os portadores de deficiências, e para os idosos. Quase sempre essas vagas são ocupadas, desrespeitosamente, por quem não as necessita, o que torna mais difícil a vida daqueles para quem elas eram destinadas. Essa é a nossa realidade. Temos um bom estatuto do idoso e se ele não é segu

Uma relação tão delicada

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Há alguns anos assisti, com minha filha, uma peça teatral exatamente com esse nome, “Uma relação tão delicada”, e que tinha no palco só duas atrizes: a Irene Ravache e a Regina Braga. A relação enfocada era a de mãe e filha, e não preciso dizer que nós duas saímos chorando do teatro. Somos igualmente emotivas, e derramamos lágrimas até em situações alegres. A Regina fazia o papel de filha, e a primeira parte da peça mostra toda sua insegurança quando a mãe saía de casa para trabalhar, ou passear, seu receio de que ela não voltasse, sua necessidade de amor. Na segunda parte, ocorre a inversão de papéis. A filha cresceu, a mãe envelheceu, e agora é a Irene que fica desorientada quando sua filha sai para trabalhar, ou passear, é ela que precisa de cuidados, de carinhos especiais. Sempre penso na mensagem dessa peça, e já percebo claramente essa lenta inversão de papéis. E hoje, aniversário da minha filha, esse tema me veio à lembrança. Parabéns, querida filha, e que esse elo tão