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Mostrando postagens de março, 2010

Apelidos

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Quando falei sobre o casamento dos meus pais, disse que meu pai também era conhecido por Miúdo. Algumas das minhas comentaristas estranharam esse apelido, visto que, pelas fotos, elas percebiam que ele era alto. É verdade, meu pai era um homem alto e, para sua época, muito alto, pois tinha 1,84m. Já havia falado sobre esse apelido anteriormente, atribuindo-o à sua ascendência portuguesa, pois em Portugal miúdo significa criança. E ele o recebeu em sua casa, provavelmente de seus pais, quando era uma criança. Cresceu, mas continuou a ser chamado de Miúdo, por seus irmãos e primos. Essa questão de “apelidos” é interessante. Há famílias em que os apelidos são a regra. A família do meu pai era assim. Todos tinham apelido. Seus pais, meus avós, eram Chiquinho e Nicota (Maria das Neves). Seus irmãos eram Mana (Maria Amélia), Miloca (Amélia), Nenê (Francisca), Sinhá (Maria Luiza) e Chico.  Além de Miúdo, meu pai (primeiro filho homem) também teve o apelido de “sinhozinho” (que durou pouc

Vovó “sortuda”

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Além da sorte de ter a netinha que tenho, agora também estou com “sorte em sorteios”. Passeando pelo blog “Elaine, suas idéias e mais tantas outras” , da meiga Elaine, e vendo seus trabalhos tão caprichados, fiquei sabendo que   ela estava promovendo um sorteio para comemorar o 1º aniversário do seu blog. A Elaine é uma jovem com mãos de fada, criativa de um artesanato direcionado para crianças. Faz estojos para giz de cera, tiaras, presilhas, lembrancinhas, e criou um espaço próprio, o “Meu Jardim” para que os interessados possam conhecer, “colher” e “levar para casa” aquilo que os tiver encantado. E para festejar o aniversário do seu blog, ela “cultivou e ofereceu” um “conjunto de chef infantil”. Ao ver mimo tão delicado, logo imaginei a Isadora vestindo um conjuntinho como aquele, e me ajudando nas nossas aventuras culinárias. Fiz minha inscrição. Passado um tempinho, veio o resultado: eu havia ganho o conjuntinho. Muita sorte! E a Elaine, com toda sua delicadeza, pergun

Vou ficar com a vovó!

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"Minha" menininha veio passar o fim de semana em Santos e, na hora de ir embora, falou para sua mamãe: vou ficar com a vovó. Delícia! E não é por falta de agarramento com sua mamãe, não. É que ela sente saudades, da mesma forma que sua vovó sente, e gosta de ficar bem pertinho. Quando surge a oportunidade, deixa São Paulo para depois. Então, vamos aproveitar. Linda !

Com que roupa eu vou?

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  Há alguns anos (ou serão muitos ?) quando queríamos um vestido novo usualmente seguíamos um roteiro: escolhíamos o modelo, normalmente num figurino, comprávamos o tecido e levávamos para uma costureira. Depois de duas, ou três, provas, o vestido estava pronto para ser usado. Feito sob medida, e bem acabado. Havia muitas lojas, e muita variedade de tecidos. Para roupas informais, e para grandes ocasiões. Do algodão e do organdi, até o tafetá de pura seda, e as rendas “guipir” e chantilly”. Entre nós havia várias indústrias de tecidos, como a Tecelagem Bangu e a Nova América. De repente, as Tecelagens foram fechando (ou falindo?), as lojas de tecido diminuindo, a qualidade do tecido mudando (tudo muito sintético), e as costureiras quase que sumindo. As confecções tomaram conta do mercado, e hoje muito raramente um vestido é feito sob medida. Se precisamos de um vestido, temos que seguir um roteiro bem diferente: ver nas lojas, ou butiques, aquilo que eles têm em estoque.

Casa sobre a rocha

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                                                   Há pessoas que fazem sua casa sobre a areia, e outras que a fazem sobre as pedras. Com o tempo vêm os ventos, as tempestades, as enxurradas. A casa construída sobre a areia não resiste. Mas a casa construída sobre a rocha, tem uma base firme. Sofre os efeitos do tempo. É atacada por ventos fortes, por tempestades, mas fica firme. Foram essas palavras, que se encontram no Evangelho de São Mateus (cap. 7, vers. 21/29), que deram a tônica da cerimônia religiosa das bodas de ouro do Beto e da Isa. José Gilberto e Heloisa Maria. Beto e Isa, meu irmão e minha cunhada, que se uniram no dia 19 de março de 1960, sob a proteção de São José, patrono da nossa família, e padrinho de batismo do noivo.                                      Em 1960 e em 2010. E no último sábado (20/03/2010) os dois, com os três filhos, genro, nora e os quatro netos, se reuniram com os parentes próximos e amigos para festejar seus 50 anos de casamento. Foi uma f

Quero mais!

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Há algum tempo ( 12/07/2008 ) escrevi sobre “doces da família”, que são os doces que conheci e provei na minha mais tenra infância, e que até hoje fazem parte da minha vida. São doces que aprendi a fazer observando minha mãe. Quando os faço para sobremesa, tenho dois prazeres: o do paladar, e o da memória. Entre esse doces há um que ocupa um lugar muito importante, e que provoca exclamações de alegria, e pedidos de "quero mais", sempre que é colocado na mesa. É um doce de textura muito delicada, que derrete na boca, e deve ser servido bem geladinho. Estou falando dos Ovos Nevados, que fiz como sobremesa num dia da semana passada, para compartilhar com minha mãe e um dos meus irmãos e cunhada, meus convidados para o almoço. Não tenho a receita anotada e, por isso, é interessante registrá-la. As quantidades dos ingredientes podem ser alteradas, proporcionalmente, mas dessa vez fiz assim:   Ovos Nevados   6 ovos De 4 a 5 copos de leite 4 ½   colheres (de sopa

Dia do "sim"

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16 de março de 1932. Ela com 18 anos, ele com 27. Os dois eram fiéis e assíduos frequentadores da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ela, “filha de Maria”, e ele, “congregado mariano”. Mas a cerimônia religiosa do seu casamento não foi realizada na Igreja, e sim numa casa ampla e bonita, de frente para o mar, onde moravam os padrinhos da noiva.  Não sei se naquela época era comum a realização de casamentos nas casas das famílias dos noivos. O que sei, por ouvir contar, é que, no caso, a casa dos padrinhos foi escolhida, porque uma ex-namorada do noivo havia ameaçado atrapalhar a cerimônia na Igreja.  Aliás, parece que essa mesma moça, ao saber do noivado do seu ex-namorado, jogara-se na frente do carro dele. A sorte é que naquela época, no longínquo ano de 1931, o trânsito era muito tranquilo, e os poucos carros existentes em Santos andavam em baixa velocidade. Foi só um susto. A cerimônia do casamento foi linda, e selou o futuro dos dois jovens : a paternidade e a maternidade

Caprichos do Blogger

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                                                                                   ( Cenas da Provence ) H á algum tempo escrevi sobre os “caprichos da internet” , contando como alguns comentários que eu havia recebido haviam desaparecido da “face do meu computador”. Conclui, na ocasião, que era algum capricho do blogger. Hoje passei, novamente, por um capricho do Blogger. Quem sabe ele até possa ser inocente, e tudo decorra de alguma inabilidade minha. Mas acho estranho, porque tudo vem funcionando normalmente até que, num determinado instante, o blog deixa de me obedecer. Não consigo alterar a posição das fotos, não consigo manter o formato e tamanho das letras, não consigo que a inicial maiúscula mantenha o tipo das demais. Eu estava atualizando meu blog de viagens, o blog Fotos: lazer e memórias , quando os caprichos começaram. Esse blog das memórias das minhas viagens é trabalhoso, e não tem a dedicação que eu gostaria de lhe dar. Mas hoje resolvi pegar firme, para tir

Berço precioso

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Ele chegou na minha casa há pouco mais de 41 anos, junto com a minha transformação em mãe. Foi muito usado por meu filho, e um pouco por minha filha.                                              (Gustavo aos 3 meses) Q uando ela nasceu, seu irmãozinho ainda dormia em berço, e ela usou outro, também de grande valor afetivo pois era um berço da família. Mas, quando ele foi desocupado, ela também o aproveitou. Crianças crescidas, berço guardado. De repente, por esse milagre da vida, chegou a esperada netinha. Nasceu em São Paulo, e logo foi para seu lindo bercinho, todo branco, e com todo o visual que não existia quando sua mamãe e seu titio eram nenês. Antes da sua chegada, a vovó já havia se lembrado do antigo bercinho, e o vovô tinha se encarregado de levá-lo ao marceneiro para um trato. Ficou como novo, e foi montado em Santos para aguardar a visita da netinha. Completando um mês, a Isadora fez sua primeira viagem para Santos, e logo foi colocada no antigo bercinho. Ela, que até então

Eu e meus desafios

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  Pouco tempo antes de viajar, no ano passado,  assisti a diversos filmes franceses, com áudio e legenda em francês. Queria ir acostumando meu ouvido com a língua que escutaria por certo tempo e, por conta disso, vi ótimos filmes . Também tive três ou quatro aulas, para recordar alguns pontos importantes. E elas foram de grande valia para facilitar a comunicação durante a viagem. Meu “francês” é o francês do colégio, daquele tempo longínquo em que aprendíamos latim, francês e inglês. E durante todo esse tempo, ele foi usado poucas vezes. Mas está bem acomodado na minha memória. Tanto que, no final dos 20 dias na França, eu estava conseguindo me comunicar razoavelmente bem. Voltei da viagem, e ele voltou para seu cantinho, pronto para ser usado quando necessário. Agora resolvi entrar na maratona do inglês. Viagem à vista, é hora de "cavocar" a memória e trazer à tona meu inglês, que também é do "tempo do onça". Nunca fiz qualquer curso intensivo, nem passei

Prazer da leitura

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U m livro bom pode nos dar um prazer enorme. E foi isso que senti ao ler o “Homem Comum” de Philip Roth. Há algum tempo havia lido uma matéria sobre livros, onde Philip Roth era citado como um dos melhores autores norte-americanos contemporâneos, se não o melhor. Para conhecê-lo escolhi “Homem Comum”. Nele, o autor narra de uma forma simples, e absolutamente primorosa, a vida de um homem comum : sua família de origem, seus amores, seus filhos, seus erros, seu sucesso profissional, o auge do seu vigor físico, sua decadência, suas doenças e, sendo um homem comum, sua morte. Aliás, o livro começa com a narração do seu sepultamento. Não, não é uma leitura mórbida. É somente uma leitura sobre a vida de “um homem comum”, contada admiravelmente por esse autor consagrado. Li o livro de um fôlego só. É um livro pequeno, mas de “conteúdo e valor” imensos. Agora vou atrás de suas outras obras pois, depois dessa descoberta, não dá para deixar de aproveitar de algo tão prazeroso. P

Meu irmão Carlos

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Ele dizia que não iria querer festa de aniversário, nem qualquer tipo de comemoração. E me pediu que dissesse isso para sua filha, Fernanda, ou para a Regina, sua mulher, caso percebesse algum planejamento. Sem dúvida isso decorria de uma tristeza que o pegou de supetão, tirando seu ânimo e afastando seu comportamento brincalhão. Há aproximadamente três anos ele sofreu duas perdas enormes, daquelas que, se colocadas numa escala, ocupam um lugar bem no topo. Por conta disso, não queria comemorar. Seu apelo, contudo, não foi atendido. Como suas netas trigêmeas, filhas da Fernanda e do Peter, completariam 6 anos no dia 29 de janeiro, e seu aniversário de 70 anos ocorreria no dia 30, foi muito fácil preparar a festa “de surpresa”. Os filhos, noras e genro, e sua mulher, programaram uma comemoração completa. Convidaram os irmãos, sobrinhos, primos e amigos que o acompanharam na sua trajetória de vida, para comemorarem juntos seus 70 anos. E ele foi convidado para um almoço de an

Dia de brindar

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D epois de cinco dias em São Paulo, ocupados principalmente com oftalmologista e colírios em horas certas, chegamos em Santos há pouco. E chegamos a tempo de brindar a data : aniversário do Berto, marido e verdadeiro companheiro, com quem dá para ir até o "fim do mundo". Parabéns, meu querido, muitas alegrias, saúde e paz nesse novo ano. (A foto do brinde não é de hoje mas é fresquinha, pois foi tirada no último dia 16.02.2010).