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Mostrando postagens de 2009

Família e Natal

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Éramos 77 pessoas, reunidas em torno de um pequeno presépio e da pessoa que, ao dizer um "sim" aos 18 anos, deu origem a uma descendência  expressiva: nove filhos, vinte e seis netos e, por enquanto, trinta e três bisnetos. Éramos muitos, e de todas as idades. E entre a mais velha, minha mãe, e a mais novinha, quase 95 anos de diferença. Norma, 95 anos e 11 meses. Maria, 1 ano e 2 meses Estávamos todos juntos para nosso tradicional almoço de Natal, que até poucos anos tinha sempre uma palavra firme daquela que nos deu origem. Era a ocasião em que ela aproveitava para se dirigir aos seus filhos, netos e bisnetos, e falar da importância da família, e sobre o sentido do Natal. Já contei sobre nossas lindas reuniões de Natal, aqui . Agora, no seu silêncio quase que total, ela assiste a tudo com tranquilidade, encantando-se com os pequenos bisnetos, e com o brilho dos enfeites. Muita alegria, muita correria das crianças, encontros dos primos que, por residirem longe, pouco se vêem

Piano "al mare"

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Adoro música, e adoro tocar piano. O incrível é que, embora adore tocar, e tenha piano em casa, passo meses sem sequer levantar a tampa do meu piano. Mas há ocasiões em que a vontade de tocar é insuperável, e isso aconteceu nessa sala maravilhosa do navio em que estivemos no último fim de semana. O piano: meia cauda. O lugar: lindo, com mar em toda a volta. Estávamos conhecendo os vários ambientes do navio, e chegamos a esse. Os outros passageiros deveriam estar na piscina, ou em outros lugares agitados. Lá, o silêncio, eu e meu marido. O piano me chamou, e eu sentei. Enquanto eu tocava, chegou um passageiro, que ficou me ouvindo e até filmou e tirou fotos (que já me enviou por e-mail). Foi tudo de improviso. No meio, meu marido cantarolou. Se eu soubesse, teria dado um tom mais adequado para ele. Se eu soubesse, também teria me arrumado melhor para a audição (até escuto minha mãe dizendo: precisa arrumar o cabelo). Foi um momento lindo da viagem. Meu marido fez trê

Fim de semana "al mare", com brinde!

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Brincadeiras na piscina, passeios pelos "decks", música ao vivo em ambientes diversos, repouso gostoso e até festa de aniversário. Sim, reunimos nosso núcleo familiar para festejar "al mare" o aniversário da Adriana, minha querida enteada-filha. Até nossa pequenininha Isadora participou do brinde (na última foto ela está atrás dos copos): muita felicidade, e muitas alegrias para a Adriana. Foram três dias deliciosos, com a família e rodeados de mar por todos os lados. Lindo demais. Abaixo, estamos aguardando o embarque e a partida de Santos. Só tivemos uma parada, em Búzios, e o resto do tempo foi aproveitando bem o navio. Protetor solar, caprichando bem no rostinho. Aqui, a menininha na piscina externa. Nessas fotos, na piscina interna (do solarium). E eu, que não apareço na piscina porque estava batendo as fotos, aproveitei a delícia do passeio até para tocar bastante piano, numa sala maravilhosa, no 12º andar do navio. O piano, de meia cauda, numa posição fantást

Estou indo logo ali

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Meu panetone de linhas retas.

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Meu blog não é um blog de culinária, mas de vez em quando entra na cozinha. E, embora também não seja especializado somente em falas e casos da vovó, nessa época de Natal ele está meio centrado em comportamentos de vovó. Ora, nesses dias, dez em cada dez vovós estão pensando em coisas gostosas para o Natal, e eu estou entre elas. Então, excepcionalmente, estou "entrando na cozinha" duas vezes em seguida. Desde que comprei minha máquina de fazer pão, eu vinha pensando em fazer um panetone. Já fiz o pão tradicional, o pão de centeio, o pão de nozes, todos muito bons, mas estava faltando o panetone. Agora, chegou a hora. Juntei todos os ingredientes, fui colocando na máquina na ordem certa e, maravilha das maravilhas, consegui um panetone também muito bom. É preciso deixar anotado que o panetone caseiro é bem diferente dos panetones aos quais estamos acostumados, principalmente das marcas mais conhecidas. É um panetone mais massudo, comparável, talvez, a um pão italiano.

Ricota, para quem gosta

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Adoro partilhar coisas boas, e no último domingo fiz uma sobremesa que ficou tão gostosa que vale a pena mostrá-la. Além de gostosa, é simples de fazer, e fica bem bonita. Mas tem uma coisa: só quem gosta de doce de ricota é que vai apreciá-la. Como eu gosto bastante, e sou adepta da Cozinha Fácil, acho que vou repeti-la no Natal. Quem me inspirou para essa receita foi a Carmencita , que sempre traz boas idéias para a cozinha. Fiz umas pequenas alterações, e aqui está meu resultado: Pudim de Ricota 500 gramas de ricota (usei uma que pesava 480 gramas) 1 lata de leite condensado 1 lata de leite (coloquei o desnatado) 3 ovos extras raspas de casca de dois limões frutas cristalizadas picadas Amassar a ricota com um garfo. Colocá-la no liquidificador com o leite condensado, o leite e os ovos. Bater bem. Juntar as raspas de limão e as frutas cristalizadas (mais ou menos 100 gramas) e misturar. Colocar em forma de anel, que possa ir ao microondas, untada com manteiga. Cozinhar em potência al

Festa de Natal

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Tenho lido várias manifestações, em diversos blogs, sobre os sentimentos que o Natal desperta nos autores/autoras dos blogs. Para alguns, a festa de Natal é algo mágico, que traz bons sentimentos e boas lembranças. Para outros, é algo que incomoda, que desperta críticas e até mau-humor. E para outros, ainda, é uma festa que provoca desconforto, e até tristeza, porque os faz lembrar de pessoas que não podem festejar, porque já partiram. E entre aqueles que não se sentem bem no Natal, há muitos que têm crianças em casa. Alguns, conseguem superar seu desconforto e, em nome das crianças, acabam entrando no clima natalino. Outros, argumentando que a festa de Natal, de um modo geral, não é uma festa autêntica, não se empenham em realizá-la, ou procuram fugir de eventual confraternização familiar. Dizem que os abraços trocados nem sempre são sinceros, que os votos expressados são vazios, que aqueles que estão ali confraternizando costumam se estranhar durante o ano, que troca de

Caprichos da Internet

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Hoje cedo ao ligar o computador, fiquei feliz ao encontrar 11 comentários para moderar. É certo que, quem escreve gosta de ser lido, e os comentários são o alimento para o blog, como já escrevi aqui . Pois bem, comecei a expandir os comentários, um a um, para em seguida publicar todos. De repente, puft .... Como num passe de mágica, todos os comentários sumiram, sem que eu tivesse dado qualquer clique. Fiquei atônita. Ainda pensei na possibilidade de terem sido publicados automaticamente, ou então de terem sido remetidos para a caixa de entrada do meu endereço eletrônico. Isso porque, há algum tempo o blogger funcionava assim: os comentários eram enviados inicialmente para o e-mail cadastrado. Nada. Sumiram mesmo. E agora? Meus comentaristas iriam pensar que eu havia rejeitado suas colocações a respeito dos meus textos? Antes do apagão, tive tempo de ler, e gravar na memória pessoal, os comentários da Sílvia e da Lúcia e, assim, pude me dirigir diretamente a elas, para contar o ocorr

Fila inevitável

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Por esses dias, uma amiga perdeu seu irmão e teve que enfrentar a morte de surpresa, pois embora ele não fosse jovem era relativamente saudável. Ao comentar sua partida, ela me disse que procurava ficar conformada, por ser esse nosso destino. E que todos nós estamos numa fila que não para. Ele tornou-se o primeiro da fila, e partiu. Fiquei pensando nessas palavras e achei a colocação interessante. Morte, normalmente, é algo em que não costumamos pensar. Ou, pelo menos, algo em que não gostamos de pensar. Sabemos que se há vida, também há morte. Mas isso, num plano bem abstrato. Normalmente não nos imaginamos caminhando para ela. Contudo, ao pensar em fila, consegui visualizar essa caminhada de uma forma mais concreta. Ainda que não possamos saber qual a nossa posição na fila, sabemos que estamos nela, e que ela está sempre andando. Difícil? Sem dúvida. Difícil e inevitável. Então, é preciso que se tenha consciência disso. E é essa consciência que nos ajuda a viver melho

Cinema saboroso

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Já falei, em outras ocasiões, que adoro um bom programa de cinema.  DVD, só se não tiver outra alternativa, pois gosto do ritual de ir ao cinema, e de assistir o filme sem qualquer interrupção, tipo campainha de telefone, ou alguma outra espécie de chamada. Nesse último fim de semana vi um filme muito agradável: bons atores (especialmente a atriz principal), bom roteiro, filme leve e “gostoso”. Tão gostoso que muitos que o assistem saem do cinema direto para um “bistrô”, para passarem da degustação visual para a real. O filme foi Júlia e Julie, que gira em torno da biografia de duas mulheres, que embora separadas por grande diferença de tempo e de espaço, acabaram unidas pelas aventuras na cozinha. Júlia era uma americana que, por motivos profissionais do marido, foi viver na França no final da década de 1940. Havia deixado seu trabalho e estava em busca de algo diferente. Cedo, acabou por descobrir toda a riqueza da culinária francesa e, querendo transmitir isso às mulheres amer

Natal

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Natal chegando, é hora de preparar a casa para a festa do amor. Sim, esse é o sentido da festa, embora muitas vezes esquecido. O dia da festa é só um, mas deve servir para nos lembrar que o espírito do Natal deve sempre fazer parte da nossa vida. Os festejos e enfeites são grandes, coloridos, iluminados, talvez para que não esqueçamos da importância do amor, da tolerância, da preocupação com o próximo, da solidariedade. Desci minhas caixas de enfeites (muitos dos quais me acompanham há bastante tempo) e esperei a chegada da minha ajudante mais importante. Daquela que não me deixa esquecer a importância do amor para a vida. Amor desinteressado, amor incondicional. Primeiro, a arrumação do pequeno presépio, símbolo central da festa. Depois, a montagem da árvore. Minha ajudante estava bem compenetrada e ficou sozinha, por um tempo, montando a árvore do seu jeito, até onde alcançava. Muitas bolas num só lugar, todos os laços juntos. Depois, fomos dando uma pequena arrumação, mas o certo é

Passeando pela cozinha

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Sempre gosto de dar umas voltinhas pela cozinha, experimentar novas receitas, dar uma enfeitada nos pratos. Num desses últimos passeios, o resultado foi um almoço bem gostoso. Teve como prato principal um Bacalhau a Gomes de Sá, e de sobremesa o famoso e delicioso Suflê de Goiabada da Carla Pernambuco (Restaurante Carlota). Para o bacalhau, fiz uma pequena pesquisa e acabei optando pela receita da Elvira . Seu "bistrot" sempre tem receitas saborosas. Usei sua receita, dando o meu jeitinho. Na véspera já iniciei a operação para dessalgar o bacalhau, mas antes tirei sua pele (é mais fácil tirar com ele seco). Deixei as postas de molho em água gelada e conservei a vasilha dentro da geladeira. Troquei a água umas 4 ou 5 vezes. Daí, de posse da receita, comecei o preparo. Usei: 4 postas médias de bacalhau (já dessalgado) 800 gramas de batata 2 cebolas grandes 3 dentes de alho 1 xícara de azeite extra-virgem 3 ovos 1 folha de louro 1 punhado de azeitonas

Horizonte amplo

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Quando eu crescer, vou trabalhar na NASA. Essa foi a resposta que o menininho de dois anos deu para o seu supermédico pediatra , quando ele lhe perguntou o que seria quando crescesse. O médico ficou muito surpreso. Disse que era a primeira vez que ouvia aquela resposta  e que seus pequenos clientes, quando indagados, diziam que seriam médicos, professores, motoristas, ou que teriam a mesma profissão dos pais. Mas naquele caso, seu pequeno cliente estava optando por algo que não era comum.  O mais inusitado é que isso ocorreu numa época em que a NASA estava dando seus primeiros passos. Era bem desconhecida, principalmente das crianças, que ainda viviam num mundo mais de brincadeira de quintal. A televisão não tinha a força e penetração dos dias atuais. Assim, a resposta foi surpreendente, e não dá para adivinhar o que a criança imaginava ao manifestar sua vontade, muitos anos atrás. Trabalhar na NASA (agência espacial americana) talvez para ir até a lua, para ver o desconhecid

Conversa de vovó

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Na volta da escola, brincando no jardim. Dizem que conversa de vovó só interessa à vovó e à mãe da criança. Acontece que "Blog da vovó" que se preze precisa sempre estar atualizado em relação à netinha, e acho que está na hora de fazer alguns registros. Na última semana passei alguns dias em São Paulo, fazendo companhia para a Isadora, pois sua mamãe estava viajando a serviço. Foi uma ótima oportunidade para observar mais uma vez, e bem de perto, seu desenvolvimento e sua rotina. Ela está cada vez mais graciosa, esperta e ... linda. Não dá trabalho. É claro que ocupa e, algumas vezes, cansa. Afinal, só tem 3 anos e 4 meses e tem comportamento adequado à idade. Vai bem para a escola, come bem, dorme bem, mas com um detalhe: só quando está quase caindo de sono. Eu preferiria que ela fosse dormir na hora por mim escolhida, mas não é bem assim. Antes de dormir, sempre pede para que se conte histórias, que por ela seriam muitas. Eu dizia que contaria só duas, e nessas horas me s