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Mostrando postagens de outubro, 2008

Recados das crianças

"> Pelas brincadeiras, as crianças expressam facilmente seus sentimentos, temores e aceitações. Nos últimos dias minha netinha, que está com dois anos e três meses, passou vários recados dessa forma. 1. Ela adora tomar banho na minha banheira de hidromassagem e sempre tem a companhia de um patinho de borracha, para brincar. Logo no início do banho, ela me entregou o patinho, para que eu colocasse numa beirada da banheira.Eu lhe perguntei se não iria brincar com ele e ela respondeu:“Não, porque ele está bravo”. E eu: por que ele está bravo? Ela: porque a mamãe dele foi trabalhar. Daí, expliquei mais uma vez, que a mamãe dele precisa trabalhar para comprar comidinha e roupas para ele. 2. Quando eu a levo para a escola, ela na cadeirinha, no banco de trás, sempre vou conversando, ou cantando alguma música do seu repertório, para que o trajeto não pareça tão longo. Outro dia ela me pediu para que eu contasse a história do chapeuzinho vermelho, que ela adora. A história sempre é con

Faixa de segurança

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Em uma avenida, ou rua com trânsito, você tem coragem de colocar o pé na faixa e fazer sua travessia enfrentando o trânsito? Você acha que nossos filhos, netos, pais e avós sentem-se seguros quando atravessam por uma faixa de pedestres? Pois é. As faixas de segurança, ou faixas para travessia de pedestres, existem mas não são respeitadas. No Brasil parece que elas só funcionam bem em Brasília. São respeitadas tanto pelos condutores de veículos, como pelos pedestres. Desconheço se em outras cidades nacionais elas também sejam levadas a sério. É verdade que, entre nós, não só os motoristas desrespeitam as faixas como também os pedestres. Às vezes, esses estão a poucos passos de uma faixa de travessia, mas atravessam em qualquer ponto. Até dá para entender tal comportamento, pois tanto faz atravessar em qualquer ponto da rua como na faixa demarcada. Os condutores de veículos tratam as duas situações da mesma forma. Acho incrível o desrespeito que os motoristas têm para com os pedestres qu

Festa infantil III

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Como já escrevi anteriormente, sempre gostei de festejar o aniversário de meus filhos. A festinha era feita em casa e, quando pequenos, num sábado, ou domingo, na parte da tarde. Nesse caso, quando o dia do aniversário acontecia durante a semana, eu providenciava um bolo pequeno, porém com recheio e cobertura, para que a data não passasse em brancas nuvens, e para que o aniversariante pudesse apagar as velinhas no dia certo. No dia da festa a mesa era arrumada com capricho, o bolo recebia um enfeite, e os docinhos eram todos colocados sobre a mesa. Eram os docinhos comuns: brigadeiro, cajuzinho de amendoim, docinho de abacaxi, geleinha de pinga, maria-mole e beijinho de coco. Entre os salgados, havia sanduíches diversos e, às vezes, salgadinhos encomendados: bolinhas de queijo, empadinhas, coxinhas e rissoles. Um sanduíche que fazia muito sucesso era um redondinho de mini pão-de-cará, levemente untado com maionese e recheado com uma ou duas fatias finas de copa. O sanduichinho era emb

Ditados das avós

Interessantes eram os tempos antigos, quando os mais velhos sempre tinham um ditado, ou uma citação, diante das mais diversas situações. Logo no início da vida desse meu blog, em junho/08, postei um texto onde fiz referência a dois ditados muito utilizados por minha mãe. Diante de uma criança “insubordinada” (êta palavrinha antiga), lá vinham aqueles seu ditados: “É de pequenino que se torce o pepino” e “Haja alguém que nos governe” (quando os pais eram extremamente tolerantes). Quando uma criança insistia em querer fazer, ou ter, algo não permitido, lá vinha o ditado : “Pode tirar o cavalinho da chuva”. Isso encerrava o assunto. Minha avó Olga tinha um repertório ultra-extenso. Realmente, os ditados faziam parte do seu dia-a-dia. Cometeu alguma bobagem, ou deixou de fazer algo que deveria ter feito, disso resultando prejuízo? “Não adianta chorar sobre o leite derramado”. Está numa situação difícil, sem o vislumbre de qualquer saída? Isso é o mesmo que “estar no mato sem cachorro”.

Pão de minuto - de mãe para filha

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Vários foram os quitutes que aprendi com minha mãe, só de observá-la quando em ação na cozinha. Um deles, fácil de fazer, e delicioso de comer, é o “pão de minuto”. E o interessante é que, o “pão de minuto”, além de gostoso, tem uma conotação de mimo, de agrado, de carinho. Minha mãe fez muitos “pães de minuto “ para os filhos e netos, e eu tento manter essa tradição. Antes-de-ontem, para o lanche da tarde, resolvi fazer uns pãezinhos, que ficam ótimos para acompanhar um chá, café, ou suco, e podem ser saboreados, ainda quentes, com geléia (como eu prefiro), manteiga, ou goiabada. Na verdade, ficam bem de qualquer forma, mesmo sem qualquer recheio, principalmente logo que saem do forno. Como sobraram alguns, guardei num pote. Hoje no lanche, mostrando um pão francês e um integral fatiado, perguntei para minha netinha : que pão você quer ? E ela : não, vovó ! Quero o pão da vovó !!!! E para que vocês possam conferir a delícia, aqui segue a receita: 2 xícaras de farinha de trigo 1 colher

Cuidando das pernas

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Como na família temos tendência a problemas venosos, criamos o hábito de, sempre que possível, ficarmos com as pernas estendidas em banquetas ou pufes. Na frente da TV, ou lendo, se encontrarmos um pufe por perto, com certeza ficaremos na confortável posição das pernas estendidas. Esse hábito provoca, muitas vezes, atitudes gentis por parte das crianças, que se apressam a colocar um banquinho diante das vovós, ou da bisavó. Outro dia, entrando na sala onde minha netinha estava brincando, encontrei essa cena, que achei encantadora, "o bebê grande" sentado diante da televisão, com suas perninhas estendidas. Percebi, mais uma vez, a inevitável força dos exemplos. Precisamos, sempre, estarmos atentos a isso. Tomara que nossas crianças só recebam bons exemplos !

Dia das crianças

Criança é inocência, é amor, é alegria, é ternura, é esperança. O dia das crianças é importante para pensarmos o quanto elas dependem de nós, o quanto devemos amá-las de verdade, educando-as para a vida de uma forma ética, humanista, respeitosa. Que todas as crianças possam ser amadas dessa forma, e que cresçam com segurança e sensibilidade.  

Abraços

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Abraço é amor, é carinho, é solidariedade. Um abraço bem dado é, sem dúvida, o carinho que mais passa afeto. E não é só isso. Abraço é amizade, é perdão, é proteção. Vocês já perceberam com que segurança as crianças correm para receberem um abraço, quando nos abaixamos e abrimos os braços para elas? Há pouco tempo atrás, passeando por uma das principais ruas do centro de Santiago, Chile, tive a atenção despertada para um grupo de jovens carregando cartazes onde se lia “abrazos gratis”. Algumas pessoas passavam sem prestar atenção, outras olhavam com desconfiança, mas muitas se entregavam alegremente aos abraços. Junto com o abraço, vinha um pequeno folheto com a anotação de que o abraço é um grande remédio, que transfere energia e dá, a quem é abraçado, um estímulo emocional. Diz, ainda, que precisamos de quatro abraços por dia para sobrevivermos. Fiquei sabendo que o evento fazia parte de uma Campanha de Abraços Grátis. Naquele tempo, início do mês de maio desse ano, eu ainda não era

Doenças infantis

Há anos atrás, as doenças infantis eram bem definidas e apresentavam sintomas que permitiam um diagnóstico fácil. Algumas eram mais comuns, e muitas vezes as mães até incentivavam o contágio para que as crianças logo ficassem livres delas. Em certos casos, tendo uma vez a doença, ela não se repetiria. E, quanto mais cedo tivessem, melhor era, pois os riscos na adolescência, ou na idade adulta, seriam maiores. Assim, nossos filhos tinham caxumba, coqueluche (ou tosse comprida), catapora e, às vezes, rubéola (era menos comum). Sabia-se exatamente quais eram os sintomas, qual era o tempo de incubação, e qual o tempo de duração da doença. Muito freqüentes, também, eram as amidalites, que causavam febre alta. Com o tempo, quase todas essas doenças foram sumindo, graças ao desenvolvimento das vacinas. E daí, houve a explosão das viroses sem nome (pelo menos para os leigos). Vírus de múltipas espécies, que passam a causar problemas para nossas crianças principalmente quando elas começam a fre

Comemorando 50 anos

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Outro dia, conversando com uma amiga, ela me disse estar assustada porque logo irá completar 50 anos. Eu lhe disse que também levei um pequeno susto quando isso aconteceu comigo. Na verdade, penso que o susto se deve ao fato de nos acharmos muito jovens para completar 50 anos. Depois, vamos nos acostumando com os outros “enta”. Será? Confesso que já levei susto maior do que o dos cinqüenta. Como já comentei aqui em diversas outras ocasiões, tenho oito irmãos, e graças a isso fui levando sustos sucessivos quando os vi completar essa idade. Até o “caçulinha” já está nesse grupo. Contudo, embora o sobressalto que se leva quando se percebe o rápido passar do tempo, sempre comemoramos a data com muita alegria. Lembro bem das comemorações de 50 anos dos meus dois irmãos mais velhos, que envolveram um elemento de surpresa que muito nos divertiu. Combinamos, nas duas ocasiões, demais irmãos, cunhados e sobrinhos, de aparecer caracterizados nas reuniões festivas, sem que os aniversariantes soub