Faixa de segurança




Em uma avenida, ou rua com trânsito, você tem coragem de colocar o pé na faixa e fazer sua travessia enfrentando o trânsito? Você acha que nossos filhos, netos, pais e avós sentem-se seguros quando atravessam por uma faixa de pedestres?
Pois é. As faixas de segurança, ou faixas para travessia de pedestres, existem mas não são respeitadas.
No Brasil parece que elas só funcionam bem em Brasília. São respeitadas tanto pelos condutores de veículos, como pelos pedestres. Desconheço se em outras cidades nacionais elas também sejam levadas a sério.
É verdade que, entre nós, não só os motoristas desrespeitam as faixas como também os pedestres. Às vezes, esses estão a poucos passos de uma faixa de travessia, mas atravessam em qualquer ponto. Até dá para entender tal comportamento, pois tanto faz atravessar em qualquer ponto da rua como na faixa demarcada. Os condutores de veículos tratam as duas situações da mesma forma.
Acho incrível o desrespeito que os motoristas têm para com os pedestres que estão atravessando uma via pela faixa a eles destinada. Parece mesmo que, quando um condutor de veículo enxerga alguém numa faixa de segurança, imprime maior velocidade ao seu carro. Talvez para assustar o pedestre, que pode ser uma pessoa idosa, ou até uma mãe empurrando um carrinho com seu bebê.


Será que esse comportamento decorre do desconhecimento em relação ao uso da faixa? Penso que uma boa campanha educativa, para toda a população, poderia trazer bons resultados. É preciso uma conscientização geral. Todos precisam saber que as faixas não são enfeites. E, para facilitar o bom uso, as faixas deveriam existir em um número adequado, precedidas por avisos, para que os motoristas fossem se preparando para eventual parada quando observassem alguém na travessia.
Depois, basta seguir a lei. O Código Nacional de Trânsito é muito claro. Mesmo nas faixas onde existe semáforo, o pedestre, que ainda não tiver concluído sua travessia, deve ser respeitado quando ocorre a mudança da sinalização luminosa. Isso quer dizer que, embora liberada a passagem dos veículos, se existir alguém atravessando, a preferência é sua.
Se isso valesse de verdade, eu não teria assistido, outro dia, ao comportamento vacilante e aflito de duas senhoras bem idosas. Elas tentavam atravessar uma via de movimento, numa faixa com sinal semafórico muito rápido. Quando elas haviam dado poucos passos, o sinal abria para os carros e elas retornavam para a calçada. Não sei como conseguiram atravessar, mas acho que, num esforço muito grande, tiveram que “apertar o passo”. Penso que nem elas, nem os motoristas, sabiam que a preferência era delas. Ou então, elas sabiam, mas não se sentiam seguras.
Não seria ótimo se nossas crianças, e nossos velhinhos, pudessem atravessar uma rua com segurança?

Comentários

  1. Heloísa,

    Obrigada pela visita. Sabe que eu trabalhei na Folha de 1993 a 2000 e de 2001 a 2004 no Valor Econômico. Qual o nome da sua filha?

    O negócio do ovo cru é, teoricamente, o risco de salmonella. Mas nunca vi um caso perdi de mim na minha vida. Hoje eu uso ovos bem frescos de galinhas criadas sem hormônios e com alimentação orgânica. Acho que dá para confiar!

    Você já é avó? Muito legal seu blog!

    Abraços.

    Cláudia

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  2. Oi, Claudia,
    Adorei sua visita e comentário.
    Sim, sou vovó de uma menininha linda. Minha filha, que também trabalhou na Folha de São Paulo, chama-se Priscila.
    Apareça sempre.
    Beijos

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  3. Olá Heloisa,
    Super pertinente o tema... depois de lê-lo, fiquei mais atenta aos abusos e realmente é chocante! Também já havia notado que a postura de quem dirige, quando se está na condição de pedestre é outra! Parece que o bólido veículo quando está na mãos de uns, torna-se realmente uma arma! Beijo grande e parabéns pelo texto!
    Ana Luiza

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  4. Helô querida!
    Como passou-me este post despercebido?!
    Talvez eu não a conhecesse ainda pela blogosfera, afinal foi de 2008.

    Então, a coisa por aqui por Niterói é assim, todos desconhecem o que quer dizer uma faixa de pedestres e só param se o tráfego parar, aí param e mesmo assim, muitas vezes, em cima da mesma, como este carro lindão aí da foto do seu post.
    É gente com grana para ter um carro assim e gente dura com carros caindo aos pedaços. Todos, sem exceção, agem igualmente.

    Mas, tem um lugar que ainda param para pedestres na faixa e eu estou indo pra lá agora, daqui há pouco.
    Chama-se Petrópolis e fica em cima da montanha, lugar não muito afeito aos doidões que gostam de correr ou de praias. Por lá, ainda vemos pessoas idosas atravessando tranquilamente nas faixas e quase todos são gentis com os pedestres.

    Mas, aqui, a coisa é tão diferente!

    Ótimo post! Deveria re-editá-lo.

    beijinhos cariocas

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