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Mostrando postagens de julho, 2009

Bodas de ouro

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Há uns anos atrás, eu achava incrível ouvir que um casal estava completando bodas de ouro. Era algo difícil de acontecer, não por terem ocorrido dissoluções do casamento, mas sim pelo fato de que um dos dois não conseguia alcançar os 50 anos de casado. Partia antes disso. Hoje, com a longevidade, está quase que corriqueiro que os nascidos na década de 30 e primeiros anos da década de 40 completem bodas de ouro.  Contudo é quase certo que essa situação mudará, pois as separações e divórcios estão aí dificultando os casamentos longos, e logo voltará a ser difícil, novamente, a participação em comemorações de 50 anos de casados. Mas, enquanto isso, vamos festejando com vários casais, e agora vou ter a oportunidade de festejar os 50 anos de casamento de um dos meus irmãos. 50 anos de amor e companheirismo, iniciados quando muito jovens. Ele, com 23 anos de idade, recém-formado em Direito, e ela, minha cunhada-irmã, com 21 anos, completados na ante-véspera do casamento, universitária de let

Agir por prazer?

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Ao ler o que Dulce Critelli* escreveu na Folha Equilíbrio (23/07/09) sobre dois jovens que, embora com enormes limitações físicas, mantêm projetos e até encontraram uma atividade que os ocupa, e os realiza, pensei, como ela, no grande número de pessoas que não sabem o que fazer da vida. Pessoas entediadas, pessoas que não aceitam trabalho porque não é esse seu sonho, ou porque o salário é pequeno, ou porque vão esperar uma oportunidade melhor, mas sobretudo, como diz a articulista, porque só querem fazer aquilo que lhes dá prazer. Algo que dê prazer. Realmente, não sei quando começou a fase do prazer como meta de vida. É evidente que o prazer é importante, mas também é evidente que podemos criar os estados de prazer. Podemos aprender a sentir prazer, podemos aprender a gostar de situações que nos eram indiferentes ou, até, que nos desagradavam. Para isso, é imprescindível querer, é preciso ter vontade. Se alguém consegue trabalhar na área pela qual é apaixonado, ótimo. Mas se não tem o

A bênção, vovó.

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Há alguns anos era costume pedir “a bênção” para os pais, avós e até padrinhos. O pedido de bênção acompanhava o cumprimento, ou era o próprio cumprimento. Quase sempre pedia-se, ou tomava-se, a bênção beijando a mão dos pais, avós e padrinhos, antes de beijar-lhes o rosto. Em resposta ao pedido, ouvíamos “Deus o (a) abençoe”. Talvez até fosse um pedido mecânico, realizado pela força do hábito, mas tinha sua beleza. Mostrava que víamos essas pessoas com amor, mas que reconhecíamos, nelas, um poder fortemente ligado a Deus. E esse poder consistia em interceder a fim de que nos fossem concedidas graças e forças especiais, importantes para nossa caminhada pela vida. Fui muito abençoada, e acho que as invocações a Deus feitas por meus pais, avós e padrinhos, tiveram grande peso nesse processo. Com o passar do tempo os costumes mudaram mas, sem dúvida, continuamos mental e espiritualmente a pedir “a benção” a nossos pais (quando ainda os temos), e a pedir a Deus que abençoe nossos filhos e

Amor à vida

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No último dia 13/07, li uma notícia na Folha de São Paulo com o seguinte título: Por bisnetos, Alencar pede que os médicos o ‘segurem’. No texto, consta que ele dissera, aos médicos, o seguinte: “Vocês vão ter que me segurar, porque vou ter dois bisnetos.” Os médicos perguntaram se seria para acompanhar o batismo, e ele respondeu: “Não, para a formatura”. Logo que li essa notícia, guardadas as proporções e respeitadas as diferenças, lembrei de um fato ocorrido comigo há pouco mais de três anos. Estava numa consulta médica, e fui aconselhada a fazer uma cirurgia, que já vinha adiando há seis meses. Não era de urgência, mas um dia teria que ser feita.  Então, falei para o médico que não poderia marcá-la, pois minha filha estava esperando nenê. Daí, ele me perguntou: podemos marcá-la para logo depois do nascimento?  E eu: não, vou esperar ela crescer um pouco.  Quanto? Alguns meses?  E eu: Não. Mais tempo. Acho que só quando ela for para a escola. Estava ansiosa aguardando a chegada da mi

Amigos

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Meu irmão caçula é o próprio “bom companheiro”. É amigo dos irmãos, é amigo dos sobrinhos. Por onde passa faz amigos e, melhor, sabe manter as amizades. Tem amigos do curso primário, do ginásio, do colegial. Tem amigos da faculdade , e amigos que fez no exercício da sua profissão. Tem amigos da pescaria, amigos da gastronomia. Amigo, é o que não lhe falta. E, volta e meia participa de encontros diversos, com os vários grupos de amigos. Lembrei muito dele, não por semelhança, mas em contraposição ao tema de um filme que assisti nos últimos dias: “Meu Melhor Amigo” (Mon meilleur ami), dirigido por Patrice Leconte. Em uma confraternização de colegas, um comerciante de antiguidades (Daniel Auteil) é questionado por não ter amigos e alertado de que, quando morrer, não terá quem carregue seu caixão. Ele nega, dizendo ter muitos amigos. Então é desafiado, em aposta, a apresentar seu melhor amigo num prazo de 10 dias. Se não conseguir, perderá um valioso vaso grego que possui. A partir disso,

Surpresa

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Hoje, logo cedo, abri meu correio eletrônico e encontrei uma mensagem da minha filha. Mensagem linda, e logo percebi que era um texto para blog. Depois de 7 meses sem escrever no seu blog, ela resolveu recomeçar, bem de surpresa. Meu blog existe por causa do dela. Antes, eu desconhecia essa ferramenta fantástica da internet, que tanto prazer tem me dado. Estamos sempre juntas no meu blog, e agora estaremos, também, no Blog Nós Duas e Outros. Pois bem, como fiquei muito feliz, e como gosto de dividir a alegria que sinto, estou dando a notícia de que o blog Nós Duas e Outros  voltou, e deixo, aqui, um convite para que vocês o visitem.

Palavras que calam

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Há palavras que são como folhas ao vento. Soltas, desaparecem. E logo acabam esquecidas. Outras, são palavras que calam, repercutem, deixam suas marcas. E quando essas palavras são de carinho, afeto e amor, deixam marcas indeléveis, que vêm se somar a tudo de bom que já vivenciamos, mostrando-nos quanto a vida pode ser positiva, e quanto podemos ter de momentos felizes com as pessoas que nos rodeiam (real e virtualmente). E foi tudo isso que senti ao ler os inúmeros comentários ao meu post sobre o 3º aniversário da minha netinha. Comentários cheios de ternura, amizade e amor, carregados de uma energia fantástica, com repercussão direta na vovó, filha e neta. A cada instante vejo como a palavra é importante, e como a forma de expressá-la pode despertar, em nós, os melhores sentimentos. E foram esses sentimentos de felicidade, gratidão e amor que me motivaram a escrever esse texto para agradecer a todos, e a cada um especialmente, pelas lindas palavras dirigidas a mim, à Priscila e à gra

3º aniversário

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Hoje minha menininha está completando 3 anos. Desculpe, Pri, sei que ela é sua menininha, mas é uma delícia chamá-la assim. E acompanhei tão de perto seu crescimento, que acabo chamando-a da mesma forma que chamava você: minha menininha, boneca, bonequinha, pequerrucha, luluzinha. Aquele nenê bonito e rosado, de olhos grandes e vivos, é hoje uma menininha linda, esperta, sensível, carinhosa e feliz, muito feliz. E é uma das grandes razões da nossa felicidade. Por estar bem no meio das férias escolares, o aniversário da Isadora foi comemorado antecipadamente, no último dia 4 de julho. E isso facilitou a presença dos seus coleguinhas da escola na festinha realizada no salão de festas do seu prédio. Muitas brincadeiras no pula-pula (cama elástica), na piscina de bolinhas, no escorregador, no cantinho de brinquedos. O tema da festa foi “Chapéuzinho Vermelho”, história que ela adora, e não se cansa de escutar. Antes de apagar a velinha, Isadora foi vestida com a roupa do “Chapéuzinho Vermel

Dores do crescimento

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Crescer dói? Sim, crescer dói. Às vezes, como já comprovado cientificamente, o crescimento traz até dores físicas, principalmente nas pernas. Mas as dores de crescimento a que estou me referindo não são as físicas. São as emocionais, que muitas vezes têm início quando a criança ainda é bebê. Com certeza o bebê sofre quando, por ter crescido um pouco, passa a dormir em quarto separado dos pais. Sofre, também, a dor da separação, quando começa a frequentar a escolinha. E como essas, são várias as dores que sentirá, tudo porque está crescendo. E as mamães também sofrem. Com as separações, e quando percebem que seus filhos estão sofrendo. Minha netinha passou, há pouco tempo, por um pequeno sofrimento. Para ela, contudo, deve ter sido uma dor bem grande. Ela era apaixonada por chupeta, e já saiu da maternidade querendo chupar. Colocava toda a mãozinha na boca, e a solução foi lhe dar uma chupeta. Até contei sobre isso aqui . A partir de então, a chupeta era fundamental para que dormisse.

Encontro amigo

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Vínhamos tentando há algum tempo, e ontem conseguimos. Até então, líamos reciprocamente nossos blogs, conversávamos pelo telefone e até pelo “skype”, quando pudemos nos conhecer oral e visualmente. Aos poucos fomos deixando de ser "amigas virtuais". E hoje passamos juntas agradáveis horas da tarde. Aproveitando minha estadia em São Paulo, Lúcia, do blog Lucia Campos Virtual , e eu, combinamos um programa de cinema e de bate-papo num café. Parecíamos velhas amigas. Nós duas ficamos com a impressão de que já nos conhecíamos há bastante tempo. Lúcia é uma pessoa muito interessante e interessada. É sensível, experiente, e atual. Depois do cinema, fomos a uma cafeteria e trocamos descontraidamente impressões sobre o filme e sobre a vida. Assistimos a um interessante filme francês, Horas de Verão (L’Heure d’Été), que trata de relações familiares em duas ocasiões: a festa de aniversário da matriarca e, logo após, quando da sua morte. É um filme sobre lembranças, valores, família, no

A Partida

Vida. Morte. Passagem. Amor. Família. Rito. Delicadeza. Música. Perdão. Tudo isso no maravilhoso filme japonês “A Partida”, que coleciona prêmios (inclusive o Oscar do melhor filme estrangeiro). É de uma delicadeza sem limite e, embora muito denso, deixa-nos absolutamente leves. Pensativos, porém leves. "A Partida" é desses filmes que não se pode deixar de assistir. Com a morte, ele nos dá lindas lições de vida.