Medicina humanitária





Quando se fica doente, o que mais se quer, além do carinho dos próximos, é receber cuidados e atenção para se manter a esperança da cura.
É saber que alguém nos atenderá e prestará sua ajuda, para que logo possamos nos sentir bem.
Fico pensando na quantidade enorme de pessoas, que vivem nos mais afastados rincões, a grande maioria em extrema pobreza, pessoas essas que adoecem, que sentem todas as dores dos seus males, e que não têm como manter a esperança da cura.
Não têm alguém que as atenda, que as escute, que as ajude.
Será que para terem algum alento, é preciso uma estrutura complexa, e completa, de atendimento?
Lembro da minha infância, quando éramos atendidos, em problemas de saúde, por médicos que não se serviam de qualquer exame, e faziam diagnósticos por contato pessoal. 
Lembro, também, dos médicos homeopatas, clínicos gerais, que atendiam e cuidavam de doentes, com dedicação e competência, mas com muita simplicidade.
E penso, novamente, nos nossos milhares de irmãos, espalhados por esse nosso país enorme, que sofrem sem qualquer tipo de atendimento.
Precisam de conforto. Precisam de atenção. E de esperança.
Não temos médicos em número suficiente, e eles se encontram concentrados nos centros urbanos.
Ora, vivemos num mundo globalizado e, em muitos aspectos, praticamente sem fronteiras. Há um intercâmbio grande de profissionais de várias áreas, o que torna perfeitamente admissível que profissionais de outros países possam exercer a medicina em lugares carentes de atendimento.
Pode-se até fazer um paralelo com os Médicos sem Fronteiras. Atendem onde a necessidade é imperiosa, com recursos, ou sem recursos.  
Sendo assim, por que privar as pessoas necessitadas de um atendimento médico, ainda que esse atendimento se realize sem “sofisticação”, sem aparelhagem, mas com um contato pessoal interessado, e muita humanidade? 

(Ilustração daqui).


Comentários

  1. Heloísa, tens toda razão. Esse tipo de medicina, ainda que sem sofisticação, não pode acabar. Faz bem, é uma paliativo às dores tantas que vemos por aí. E, tantas vezes, algumas pessoas só de ver e falar ,receber um tratamento carinhoso de um doutor, fica mais feliz e sente-se melhor. beijos,lindo domingo e semana,chica

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  2. Estoy plenamente de acuerdo contigo. pienso que para hacer la carrera de medicina ante todo se tiene que tener mucha humanidad, es tan importante para un enfermo una palabra de cariño de boca del profesional que le cuida como la atención médica.
    Sólo envidio a los reyes por que ante un problema angustioso de salud en su familia tienen a su disposición a los mejores especialistas y por supuesto atendiéndoles con toda la edicación y amabilidad. Qué pena que los pobrecitos que viven en lugares apartados no puedan disfrutar de lo mismo.
    Mi reconocimiento a todos esos médicos anónimos que se pierden por los lugares más apartados para impartir la medicina.
    Un beso

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  3. Estoy plenamente de acuerdo contigo. pienso que para hacer la carrera de medicina ante todo se tiene que tener mucha humanidad, es tan importante para un enfermo una palabra de cariño de boca del profesional que le cuida como la atención médica.
    Sólo envidio a los reyes por que ante un problema angustioso de salud en su familia tienen a su disposición a los mejores especialistas y por supuesto atendiéndoles con toda la edicación y amabilidad. Qué pena que los pobrecitos que viven en lugares apartados no puedan disfrutar de lo mismo.
    Mi reconocimiento a todos esos médicos anónimos que se pierden por los lugares más apartados para impartir la medicina.
    Un beso

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  4. Disse tudo que eu penso! Ainda ontem discuti isso com o meu marido (dentista, que tem atuado no meio "médico" há muito anos). Eu disse a ele que concordo com o jornalista que afirmou que os médicos brasileiros parecem querer ver o "circo pegar fogo", pois não se dispõem a serem alocados nos lugares remotos e carentes, e ficam contra uma medida do governo que tenciona resolver o problema. Ele discordou de mim e fez umas tantas alegações, como a de que existem muitos profissionais atuando nesses lugares de forma precária, enfim, post impecável!

    Um beijo e boa semana!

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  5. Muito bom seu post e propício para o dia de hoje em que a nossa PresidentA baixou medidas neste sentido, principalmente colocando agora um piso salarial dos bons para os médicos brasileiros que se dispuserem a ir para estes longínquos rincões.
    Ainda há pouco, ouvia pela CBN o comentário de um diretor de hospital no interiorzão de S.Paulo que tem um déficit de 70 profissionais médicos e ele oferece um salário até maior do que o governo oferece, 17 mil é o salário que ele está oferecendo e necas!
    Bem, quanto à medicina apresentada hoje, deixa muito a desejar, para tudo, antes de mais nada, vamos aos exames, não existe mais aquele médico que só de olhar, auscultar e com sensibilidade e conhecimento, dizer o que você deve fazer. Eu mesma venho enfrentando uma via crucis desde que voltei da minha última viagem à Europa quando lá cai doente.
    O médico que atendia à nossa família chamava-se Dr.Simões e era desses, maravilhosos e competentes. Quanta saudade e que Deus o tenha em sua misericórdia!
    um grande abraço carioca



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  6. Olá Heloísa,
    Tem toda razão. A sensibilidade dos médicos alcança até a alma de algumas pessoas tão carentes.
    Para muitos, é Deus no céu e o médico na terra. Principalmente nos lugarejos onde o carinho e o atendimento ainda se faz de outra forma. Uma forma mais humanizada.
    Beijos mil

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  7. O que me espanta muito, também, é ver os hospitais particulares cheios, com atendimento absolutamente automatizado e médicos extremamente impessoais. Quero dizer que até o sistema de saúde privado está lastimável.

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