Riscos e medos





A velhice não chega de uma hora para a outra. Sabemos disso. Ela vai se insinuando, e cada dia avança um pouquinho, mas a gente não percebe.
Até que, de repente, começa-se a notar sinais.
Já não se anda tão depressa, já não se lembra com presteza de determinados fatos, já não se tem muito entusiasmo por determinados programas.
E, o pior, começa-se a ficar com determinados receios.
Medo de cair. Daí a cautela ao andar na rua, para não se ser surpreendida por algum desnível, ou buraco.
Medo de ser assaltada. Cautela nas caminhadas, quando se tem que carregar bolsa. É melhor uma bolsa pequena, a tiracolo, cruzada na frente. 
E tantos outros cuidados ...
Mas, por outro lado, não se pode sucumbir aos receios. É preciso, também, estar alerta para evitar exageros.
Será que isso tem mesmo algum risco?
Será que dá para esquecer a idade e agir com segurança?
Tudo isso eu pensei ontem cedo quando, em São Paulo, resolvi me aventurar na 25 de março. Estava querendo comprar uns puxadores de louça para uma penteadeira antiga, vendidos por uma loja lá localizada.
A 25 de março é aquela loucura de gente, trânsito, esbarrões e tudo mais. Mas é um lugar fantástico em produtos e preços.
Há uns três meses que eu pensava em ir até lá, contudo a oportunidade não surgira.
O dia era aquele.
Resolvi. Estou sozinha, mas é assim que vou para lá. Se notar que estou me expondo, compro os puxadores e volto rapidinho.
Cheguei na loja às 8:15h. Maravilha. Descobri que nesse horário cedinho tudo está mais tranquilo. 
Comprei meus puxadores e saí para outras descobertas.
Nessa hora o sol já estava mais forte, e a rua com muito mais movimento. Coloquei meu chapéu, me servi da garrafinha de água e caminhei com firmeza.
Estava, é claro, com uma bolsa a tiracolo, cruzada na frente. Mas nem lembrei dos possíveis desníveis ou buracos na rua, e nem vi riscos. 
Mas vi outras coisas, muitas coisas.
Aleluia!

Foto daqui

Comentários

  1. Heloisa, que bom que deu tudo certo e venceste os receios. Isso dá uma sensação boa de poder,né/ Coisas simples, fazem bem. Mas temos mesmo que ter receios, as coisas estão danadas! Depois vais mostrar como ficaram com os novos puxadores/

    E as fotos são numas dunas em S.Catarina mesmo! bjs,chica

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  2. Heloísa, é bem assim... novos receios, novos anseios. E a gente vai caminhando. Também estou nessa fase, aliás já passei de ti, rsrsrsrs. Que bom que conseguiste comprar os puxadores e que tudo deu certo! Parabéns! Bjs, Marli

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    Respostas
    1. Marli,
      Obrigada pelo comentário. Mas, não entendi você ter dito que já passou de mim.
      Bjs.

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    2. Marli, Marli, você está brincando comigo. Já passei por você há muito, muito tempo.

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    3. hahahaha! Essa não!!!!! hahahaha Parabéns menina!!!!!! Isso não é para qquer um!!!!! BJsssssssssss

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  3. Muito bem, mãe, parabéns!
    Você sempre foi pra lá de corajosa, agora não seria diferente.
    Você está apenas revendo como é bom vencer algum receio. E, claro, como fez, dentro da margem de segurança! Porque os perigos realmente estão por todos os lados.
    Mas adorei a reflexão, muito bom o conhecimento prévio do que está por vir...
    E ver você elaborando tudo como sempre de forma muito saudável, positiva e vencedora!
    beijos,
    Pri

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  4. Oi, Helô,

    Há aquele ditado que diz que o melhor jeito de vencer o medo é enfrentando-o. Acho que mesmo gente jovem tem um pouco de receio de se meter no meio de "muvucas", rsrs. Mas o fato é que muitas vezes o nosso medo é um pouco exagerado, não é? Eu também gosto do setor daqui, em que se concentram os armarinhos, lojas de material de artesanato e festas. Fica bem longe de minha casa e também tem fluxo grande de gente.
    Que bom que a sua aventura valeu a pena, desconfio fortemente que você voltará mais vezes lá, rsrs.

    Um beijo

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  5. Ando assim também, Heloísa. São coisas da idade mesmo, melhor pra nós.
    Gostei muito do seu relato, tão enxuto e, ao mesmo tempo, tão detalhado.
    Todo cuidado é pouco, afinal. Realmente, os perigos estão por toda parte, mas não podemos ser refém do medo.
    Beijo!

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  6. Se, para a velhice e temos que preparar tudo. Siemprre eu pensei que a vida deve ser revertida, a partir dos anos cinquenta para acordar um dia a dizer, ir hoje e não me o joelho que estava brincando fere outro dia! Uy já não precisa de óculos, outra caminhada posso comer qualquer coisa que eu não tenho colesterol bom!. Isso seria fantástico, mas como não é porque não temos escolha a não ser jogar algumas colheres de chá de otimismo, coragem, positividade e alegria tomamos café da manhã, tentar ser agradável ao mundo em torno de nós e por isso vamos criar um ambiente pessoas alegres em torno de nós olhar-nos e ajudar-nos a ser mais felizes, bem you'm pintar o mundo cor de rosa como eu digo na minha casa. Um grande beijo

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  7. Olá, querida Helô
    Parece que estamos no mesmo barco...
    Sinto os mesmos medos que vc e tenho mais cautela com tudo...
    Excelente post e também penso duas vezes antes de ir pro tumulto...
    Bjm fraterno

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