Compartilhar o que é bom





A leitura dos jornais estava me fazendo mal. Passei a ler superficialmente, detendo-me em poucas matérias e poucos assuntos.
Assistir o noticiário na televisão, também se tornou insuportável.
E, daí, o facebook, cheio de maldades, agressividade, ódio mesmo, compartilhamentos de inverdades, incentivo de protestos, falta de cuidado e de responsabilidade nas comunicações.
Existe o lado do bom do encontro com amigas, que muitas vezes estão distantes. Existe o lado bom de poder seguir páginas do nosso interesse.
No mais, muita desinformação, muita falta de amor.
E maledicência pura. Em altíssimo grau.
Maledicência?
Será que essa palavra ainda existe nos nos nossos dicionários?
Será que é conhecida do “grande público”?
Nos meus tempos de infância, e juventude, sempre ouvíamos que nunca deveríamos ser maledicentes. Mas isso faz tempo.
Hoje, parece que, o que importa é falar mal.
É o oposto da norma “fazer o bem, sem olhar a quem”.
Agora, o que vale é “falar o mal, de um modo geral”.
Mesmo que esse comportamento não sirva para nada. Como, aliás, não serve.
E acompanhando a rede social diariamente, encontrava pouca coisa com que podia me identificar. 
Depois do tristíssimo evento ocorrido em Guarujá, o linchamento deflagrado por notícia divulgada no facebook, pensei seriamente em abandonar a rede. Já havia pensado nisso em outras ocasiões, mas ia continuando.
Contudo, refletindo um pouco mais, resolvi adotar uma participação diferente, iniciando uma campanha de Compartilhamento de Coisas ou Notícias Boas.
Esse projeto me obriga, diariamente, a procurar em jornais, e na web, notícias interessantes, e que merecem ser divulgadas e compartilhadas.
E isso está me fazendo muito bem. Tenho sabido de coisas que normalmente não aparecem nos jornais, ou que ficam bem escondidinhas, sem destaque algum.
Desde o início desse mês de maio, estou tendo a satisfação de encontrar notícias boas. Muitas que mostram a solidariedade das pessoas, outras que me deixam orgulhosa, outras que me transmitem bons programas, e as tenho compartilhado, com alegria, no facebook.
Algumas delas dizem respeito a campanhas simples e de alto valor, como a que publiquei hoje: doação de meias que não são mais usadas, para que sejam transformadas em cobertores para moradores de rua.
Outras trazem informações que nos animam, como o fato do Brasil ter reduzido a mortalidade infantil, antes da meta de 2015 da ONU.
Estou mais leve, encontrando notícias como essas. E espero que as pessoas que, eventualmente, as estejam lendo também se sintam bem. 
E, ainda, que se engajem na Campanha do Compartilhamento de Coisas/Notícias Boas. Embora seja uma gotinha d’água, talvez sirva para dar uma arejada na rede social.


Imagem daqui.



Comentários

  1. Adorei a ideia, muito boa a iniciativa, algo que realmente fará bem a você e ao mundo.
    Quem sabe a gotinha do bem não vai tomando corpo e a ideia e bons acontecimentos se multipliquem?
    Parabéns a você, como sempre!
    beijos

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  2. Vale mesmo muito essa ideia. Nada adianta ficarmos pedalando sobre o mau, o errado! Vale ver o outro lado e esse sim, nos dá alegrias e não nos faz perder o sono!! Adorei! bjs,chica

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  3. Concordo com você, Heloísa. Ler jornais, assistir os da TV, há muito abandonei. Eventualmente caio em tentação e abro alguma página, só para me aborrecer em seguida...
    Quanto ao Facebook, é um horror ler tudo que aparece ali, venho deletando muita coisa.
    Por mais que o momento presente no país esteja desanimador, não é falando que conseguiremos mudanças. Precisamos, antes de tudo, acreditar que poderemos reverter algumas situações, votando mais conscientemente e deixar de falar, para agir mais. Sem baderna, sem sangue.
    Beijo.

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  4. Identifico-me com tudo que você escreveu. Também sou partidária da divulgação de coisas boas, não por estar alheia aos problemas, o que é impossível, mas porque o bem existe, mas precisamos ter olhos para ver.
    Excelente iniciativa, Helô!

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  5. Querida Heloísa,
    Concordo com você. Aliás, você já sabe minha posição, já leu o que escrevi a respeito e sabe que eu realmente não multiplico tristezas no fb! E que não compartilho o que não sei. Graças a Deus, não sofro de fúria compartilhatória! E vamos caminhando amiga, olhando para os lados e vendo as coisas belas que nos cercam. Bjs
    Marli
    Blog da Marli

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  6. Helô,

    Uma das razões de a gente ter sido (ir vir sendo) bombardeadas por tantas notícias ruins foi justamente a criação da Internet. Quando a mídia soube que a Internet traria a possibilidade de a notícia chegar ao público instantaneamente, tratou de criar um diferencial, ou seja, de divulgar coisas "impactantes". Não é preciso explicar que o que causa "impacto" são as más notícias, não é verdade? Pessoalmente eu acho isso uma coisa revoltante. Primeiramente porque nos lança num ambiente negativo, cheio de violências e coisas indesejáveis. Isso, por si só já é terrível. Mas o pior é que perpetua os barbarismos divulgados e a gente começa a crer que não há nada de bom (ou mesmo normal) acontecendo. Achei a sua idéia muito boa, em vez de sair, tentar fazer a diferença. Isso é o que me mantém lá também, embora eu não venha sendo muito ativa, rsrs.

    Um beijo e boa tarde, querida!

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  7. Penso igual a vc, Heloísa, está complicado, mas vamos depositar gotas de esperança nesse nosso mundo, bjs

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  8. ¡Cuanta razón tienes Heloisa!, y es que parece que las cosas buenas no interesan a nadie, sólo las cosas malas y tremendistas. Acaba de haber elecciones a la Comunidad europea.Aqui en España ños partidospolíticos no decían las cosas buenas que habían hecho o iban a hacer, sólo hablaban de lo mal que lo hacen sus rivales. Es una gran pena. Aplaudo tu iniciativa. Un beso

    ¿Cómo estás de tu caida?

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    Respostas
    1. Pilar,
      Obrigada pela atenção. Estou melhor, e fazendo sessões de fisioterapia.
      Quanto ao comportamento dos partidos políticos, parece ser o mesmo em todos os países.
      Beijo.

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