Apaixonados?





Rotina, tédio, desinteresse, desejo de novas emoções?
O que pode levar um casal de convivência longa, e que mantém o carinho, de um para o outro, a se separar? 
É a pergunta que surge do filme Um Amor Inesperado, com os ótimos atores Mercedes Morán e Ricardo Darin.
Completam 25 anos de casamento, e o filho único muda-se da Argentina para a Espanha. E é nessa hora em que, sozinhos, na casa confortável que arrumaram ao longo dos anos, ficam inquietos e passam a refletir sobre a relação.
A provocação é iniciada por Ana (Mercedes Morán), que pergunta a Marcos (Ricardo Darin) se ele se mantém apaixonado. 
E que quer saber se o próximo evento do casal iria ocorrer somente quando se transformassem em avós. Pretendendo, quem sabe, perguntar se eles só vibrariam novamente, como casal, quando estivessem com um neto no colo.
Ou, então, demonstrando uma preocupação com o desenrolar da vida e com o próprio envelhecimento.
Haviam criado o filho. E agora?
Mostravam-se como um casal estável, e com sintonia (davam sinais de cumplicidade e pareciam rir muito, quando juntos).
Mas, o que faltava?
Poderiam estar apaixonados?
E assim, sem maiores discussões ou questionamentos, Ana e Marcos se separaram.
Quando perguntados sobre o motivo da separação, tinham dificuldade para responder.
Obtida a “liberdade”, iniciam um novo tipo de vida, cada um a seu modo. 
Busca de companhia, de novas emoções, e até de estabilidade.
Depois de três anos com muitas frustrações, e com poucas, muito poucas risadas (como confessam um ao outro), reencontram-se  e “fogem” talvez para uma nova realidade, fundada no companheirismo e nas lembranças de outros tempos.
E, com a aceitação mútua de não estarem apaixonados. 



A direção do filme é de Juan Vera.


Comentários

  1. Parece um filme bem interessante! Gostava de o ver.
    Bjn
    Márcia

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  2. Ainda não consegui assistir, mas tive ótimas indicações. O tema é palpitante! Deve ser tri legal! beijos,tudo de bom,chica

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  3. Que lindo! Adorei a sinopse e vou atrás do filme...

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  4. Olá, Helô,

    Vou querer assistir a este filme, pois só a sua resenha já me deu o que pensar, rsrs. Todos ansiamos por emoções, em nossas vidas, mas, pessoalmente, acho que a felicidade se encontra mais frequentemente nos dias de calmaria (que são justamente os que muito julgam tediosos). Em, minha opinião, as pessoas, de um casal, que conseguem continuar amigas, respeitando-se e tendo momentos tranquilos de companheirismo, já estão no lucro, e não devem pensar em separação.

    Beijo

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  5. Sua resenha está ótima, deu vontade de assistir, o tema é sempre interessante.
    Ainda acho, cá nos meus quase 57, casada por 15 anos, descasada há 14, que casamento é para os fortes e dispostos, é um projeto de vida, que deve ser muito bem conversado antes e durante.
    No fundo o que importa é as pessoas se sentirem plenas, que estão de fato juntas, estar só por estar é triste. A vida é muito curta para se iludir em relação ao amor.
    Adorei a sugestão e reflexões! Abraço!

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