Não lembro se aprendi os primeiros pontos de tricô com minha mãe, ou com minha avó. Mas os outros segredos, tais como colocar pontos na agulha, diminuir, aumentar aprendi com minha mãe. Os primeiros pontos de bordado, também aprendi com ela: ponto haste, nózinhos, alinhavo ...
Naquela época isso era muito comum. E, quem não aprendia em casa, não tinha como escapar do aprendizado no colégio: havia no currículo escolar a disciplina de trabalhos manuais. Gostando, ou não, tendo jeito, ou não, as meninas tinham que bordar.
Nossos trabalhos eram feitos no chamado “pano de amostras”, um retângulo de um tecido bom (acho que linho, ou cambraia de linho) e, no fim do ano escolar, esse “pano” estava repleto de pontos diferentes de bordado, cadeia, crivo, ponto sombra, caseado, richelieu, bainha aberta etc. Além dos pontos, também fazíamos casas de “pano”, e com caseado, e pregávamos botões e colchetes.
Na ocasião, em plena adolescência (nossa, já fui adolescente) eu não gostava desse tipo de trabalho. Com o tempo, passei a dar valor, e tive minhas épocas de tricô, crochê, ponto cruz, mosaico.
Acho o trabalho manual um ótimo lazer. Distrai e dá muito prazer, tanto durante o processo, como no final.
E é muito bom ver o resultado. Agora, mesmo, estou feliz com um casaquinho que acabei de tricotar para minha netinha.
E fiquei tão animada, que já comecei outro trabalho. Ponto por ponto, e logo a blusinha estará pronta.