Artífice do bem
Se é difícil aceitar a morte de alguém que está em pleno vigor, de alguém que é símbolo da caridade, de alguém que não se esquiva da ajuda ao próximo, mais difícil, ainda, é aceitar sua morte de uma forma violenta.
E foi assim que partiu Zilda Arns, derrubada por um desastre da natureza, num local onde acabara de chegar para levar seu trabalho humanitário.
Foi ela a responsável pelo desenvolvimento da Pastoral da Criança, trabalho iniciado para combater a mortalidade infantil, principalmente pela desnutrição e que, com o tempo, passou a envolver projetos de geração de renda e de educação de jovens e adultos.
Esse trabalho vitorioso começou numa pequena cidade do Estado do Paraná, só com ela. Sim, só com ela. E em pouco tempo o resultado foi surpreendente: a mortalidade infantil que, num ano, era de 127 por mil crianças, baixou para 28 por mil. Foi um trabalho de formiguinha, um trabalho de educação, de nutrição, que envolveu muito amor e dedicação. Formando, aos poucos, muitos líderes das próprias comunidades carentes, e conseguindo adesão de muitos voluntários, foi atingindo todas as regiões do país e alcançando muitos outros, com a transferência da sua metodologia. E, se preciso fosse, com a presença da sua criadora, para motivar os possíveis líderes.
Tive a oportunidade de visitar, há alguns anos, a sede da Pastoral da Criança em Santos, e fiquei impressionada com a simplicidade do projeto, e com os resultados excepcionais do trabalho. Observei a confecção do suplemento alimentar distribuído para as crianças desnutridas, tive informações sobre a formação dada às pessoas das comunidades carentes, e que assim se tornavam agentes de transformação, vi a simples balança que acompanhava o desenvolvimento das crianças. Esses três fatores foram a alavanca inicial do projeto implantado por essa grande figura, que na sua simplicidade levou vida e saúde a milhões de crianças brasileiras.
Zilda Arns, uma vida que engrandeceu a humanidade.
Lindo o texto. Acabei de ver a repetição de um Roda Viva gravado com ela, em 2001, e realmente o trabalho de mobilizaçao de cidadania e voluntariado que ela criou para colocar a Pastoral para funcionar é incrível. E já alcançava outros países tb, além do Brasil. Uma perda tristíssima, mas tenho a impressão que o trabalho será ainda mais divulgado agora, e certamente a Pastoral ganhará novos voluntários, quem sabe mais recursos etc. Mas infelizmente já sem a força da fundadora, mas com sua semente totalmente do bem, para o bem.
ResponderExcluirbjs,
Pri
Sem dúvida, é uma grande perda.Ela era batalhadora, simples e muito GENTE. Pena! beijos,chica
ResponderExcluirRealmente uma gde. perda.....mas sua semente está plantada e tenho certeza dará muitos frutos.
ResponderExcluirBjs.
É de lamentar, a morte dela e de centenas de pessoas. Oxalá não volte a acontecer o mesmo!
ResponderExcluirHelô querida, foi muito triste mesmo a maneira como perdemos essa grande mulher que foi a Dra. Zilda Arns.
ResponderExcluirMas, com certeza, ela deixou sua marca entre nós, com o trabalho tão lindo e tão importante que realizou.
Tenho certeza de que muitos seguirão o exemplo dela, dando continuidade a todos os projetos que ela, com tanto empenho, iniciou.
Bjo grande,
Mari
É triste mesmo, uma santa. Fiquei abalada pois uma tia faz parte da Pastoral da Criança daqui de Porto Ferreira e posso acompanhar de perto o trabalho que essa grande mulher desenvolveu, tudo muito simples, mais com muito amor ao proximo. Que ela esteja ao lado de Deus, que com certeza está.
ResponderExcluirCom certeza amiga está mulher pode ser considerada um santa.
ResponderExcluirseu trabalho é um exemplo de vida pra todos nós.
abraços
lindo texto
Lindo texto, Helo, concordo plenamente com vc. Era aquela "pessoa do bem", simples, dedicada, disponível. Ano passado perdeu uma filha e uma neta em um acidente, se não me engano, única filha, tem mais quatro filhos.
ResponderExcluirContinuou sua luta incansável para uma infância melhor, e agora estava trabalhando com idosos também.
Bj,
Caríssima,
ResponderExcluirA morte de mais um ser humano que engrandece a nossa espécie e em ciscunstâncias tão drásticas, deixou a todos perplexos. Eu, particularmente, não entendo os tais mistérios de Deus, pois uma pessoa assim morrer dessa forma e aquele povo sofrido há tempos, receber mais um castigo, não deu pra entender!
A única esperança que temos é que sempre virão novas e maravilhosas almas para trabalhos como este. Assim seja!
bjs cariocas
Concordo plenamente com sua observação e aviso. D. Zilda vai fazer falta para a HUMANIDADE.
ResponderExcluirTenho uma cunhada que trabalha num dos projetos da Dra Zilda em Amparo, e ele conta que é um sucesso!
Lamento muito mesmo.
Bjus linda quinta pra vc.
Tenho a sensação de que o exemplo deixado por ela, à frente da Pastoral da Criança e outros projetos, agora, em virtude de seu falecimento, ganhará mais adeptos.
ResponderExcluirTive uma secretária que era voluntária no final de semana na Pastoral e sempre me falava sobre esse trabalho.
Uma grande perda...
Bjs.
Pelo que você escreveu dá para ver que o Brasil, e o mundo, perderam uma grande senhora, infelizmente de forma trágica. Que pena. Mas felizmente ela deixou uma obra que não vai terminar com a sua morte.
ResponderExcluirBjs
O Brasil cultua muitos heróis e poucas heroínas, essa mulher, sempre foi um grande exemplo, e exatamente por tudo que ela foi, deixará continuidade do seu belo trabalho, através das pessoas que trabalhavam com ela. Há coisas que não se sabe o porque, mas sempre haverá a resposta do "para que".
ResponderExcluirBelo texto Heloisa.
Ela vai fazer falta. O mundo rpecisa de mais pessoas assim.
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