"Além do corpo" . Superação em grau máximo






De onde vem a força de determinadas pessoas que, portadoras de limitações graves, atingem graus de superação inimagináveis?
Pensei nisso ontem, ao ler matéria sobre uma arte-educadora que, há dez anos, é vitima da síndrome do encarceramento, como seqüela de um gravíssimo acidente vascular cerebral. É quase que totalmente paralisada, mas conservou a cognição e a memória. E, com o movimento dos olhos e leve movimento do queixo, mediante um cartão com as letras do alfabeto, e um programa especial de computador, ela se comunica, e desenvolveu sua tese de doutoramento em arte e educação. Deu ao seu estudo o nome de "Além do corpo", desenvolvido em três anos.
Ana Amália Tavares Barbosa, essa lutadora incrível, defendeu ontem sua tese na USP (Universidade de São Paulo), recebendo, com “distinção e louvor”, o titulo de doutora em arte e educação.  
Com o título, veio o reconhecimento de ser a primeira tetraplégica, muda e disfágica (não mastiga, nem engole) a obter tal vitória na Universidade de São Paulo.
Penso, mesmo, que talvez seja a única no Brasil e, quiçá, no mundo a se doutorar em condições tão adversas.
Ao ter sua tese aprovada, Ana Amália, comunicando-se com os olhos, usou a palavra daqueles que enfrentam desafios e atingem seu objetivo: “Consegui”.
E sua mãe, falou lindamente:
“Estou nervosíssima e muito orgulhosa. Ela deixou de ser vítima da vida para conduzir a própria vida”.
Afinal, que força é essa?


Esse caso me lembrou o do livro “O escafandro e a borboleta”, escrito por Jean-Dominique Bauby, também portador da síndrome do encarceramento.
Falei sobre ele em post publicado em 30/06/2010.



Comentários

  1. É de arrepiar isso,não?E comoveu a todo,acredito!

    Que garra, determinação, raça!! Maravilha que serve de exemplo para muita gente que está com uma unha do pé quebrada e já se sente "doente"...rs


    beijos,tudo de bom,chica

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  2. Que força é essa?
    É mesmo essa a pergunta a fazer, Heloísa. Eu não conhecia essa síndrome, realmente estou muito impressionada com o feito dessa senhora, com as limitações enormes que ela tem. É mesmo incrível como pessoas com deficiências tão graves conseguem superar, e ainda fazer mais e melhor que outras pessoas na posse de todas as suas faculdades. É mesmo uma força que só quem passa essas situações deve saber onde vai buscar.
    Impressionante.

    Beijinhos

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  3. Olá Heloísa,
    Outro dia estava vendo uma reportagem de um ex BBB (não me lembro o nome), um cara lindo que sofreu um acidente de carro e ficou na cadeira de rodas. Sabe, fiquei arrepiada em ver o depoimento dele e a determinação de fazer remo.
    Essa força e essa superação é algo que me move muito a fazer determinadas coisas quando estou desanimada ou quando começo a reclamar de alguma coisa. Graças a Deus, temos saúde e um corpo perfeito para fazer qualquer coisa.
    Eu tiro meu chapéu para situações assim.
    Linda postagem.
    Bons fluidos

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  4. Helô,
    Realmente fantástica a superação desta mulher e que exemplo maravilhoso para todos nós!
    Li estas palavras abaixo noutro dia num blog e enviei-as pro meu filho que conseguiu excelentes notas este mês na faculdade, acho que tem muito a ver com isso também:

    "O importante não é o obstáculo que nos derrubou.
    O importante é a força que nos fez levantar e mudar a história de nossas vidas."

    beijos cariocas

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  5. Oi, Helô,

    A moça deu um super exemplo de força e determinação e o seu feito é mais que inspirador. Para mim esta é mais uma prova da prevalência do espírito sobre o físico.

    Beijo, bom fim de semana e bom dia das mães!

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  6. Não há como entender, Heloísa. São pessoas especiais. Escolhidas.
    Beijo!

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