Aventura em Hamburgo
Foram três dias para “conhecer" Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, e que fica no norte do país. Fica no ponto onde o Rio Elba encontra o Rio Alster e abriga o segundo maior porto de toda a Europa.
Os dois rios, Elba e Alster, os numerosos canais de navegação, canais de interligação e pontes dão à cidade um charme especial. Em determinados locais, faz lembrar Veneza.
Depois fiquei sabendo que muitos a chamam de Veneza Germânica, ou Veneza do Norte, em virtude do número enorme de pontes. Na minha visita rápida não tive oportunidade de ver muitas pontes, mas é certo que consegui sentir, em determinados pontos, um certo ar de Veneza.
A cidade me marcou pelos seus lagos, formados pelo Rio Alster, em torno dos quais fica a área central de Hamburgo: o Alster interior e o Alster exterior. No sábado à tarde havia muita vida nos lagos e ao redor deles, com veleiros, barcos a remo e pedalinhos.
Para manter a tradição de cruzar com noivas, quando em viagens distantes, também vi uma em Hamburgo. (1)
Consta que a vida cultural na cidade é intensa, com muito teatro (capital do teatro da Alemanha) e música. Senti não ter conseguido ingressos para assistir a um espetáculo musical no fantástico prédio da Filarmônica do Elba, a Elbphilharmonie. O prédio com fachada de vidro, foi construído sobre o maior armazém da região, datado de 1875. No dias em que lá passei havia um festival de música erudita, com ingressos esgotados há muito tempo. Por conta das filas enormes não conseguimos, nem mesmo, visitar o prédio.
Foi muito interessante nossa visita ao lindo e enorme prédio da Prefeitura, Rathaus, construção cheia de detalhes, na praça Rathausmarkt, e também aos seus arredores.
Abaixo, fotos do interior da Prefeitura.
Um outro passeio emocionante, por remeter à crueza e ao absurdo da guerra, foi a visita ao Memorial São Nicolau.
Abaixo foto da estação de metrô que nos levou ao Memorial. À esquerda, a torre que se manteve em pé, após o bombardeio.
No lugar havia uma igreja, bombardeada durante a 2ª guerra mundial. Sobrou pouco: a torre e parte das paredes. Pode-se subir na torre por elevador, para apreciar vista de parte da cidade.
Hamburgo sofreu grande devastação com a 2ª guerra mundial mas, conforme historiadores, conseguiu se recuperar totalmente.
Ainda em Hamburgo, fizemos uma visita ao Museu da Emigração, o Ballinstad, construído numa área muito bonita, carregada de história, pois nela houve, até 1934, uma espécie de vila que abrigava aqueles que estavam se preparando para emigrar.
Por ela passaram os 5 milhões de emigrantes alemães, que seguiram para países do continente americano. Já contei aqui sobre essa visita que teve motivos sentimentais. (2)
No dia em que fomos ao museu, um domingo, todo o centro de Hamburgo estava fechado para a realização de uma maratona. A única espécie de transporte era o metrô. Ou os trens.
E lá fomos nós para a Estação de Metrô/Trem. Bilheterias fechadas, máquinas com informações todas em alemão.
Dúvida total.
Como chegaríamos ao destino pretendido? Como achar o melhor caminho?
Como comprar os bilhetes?
Nessa hora, surgiu um casal de “anjos”, que nos socorreu na compra dos bilhetes e nos acompanhou até a plataforma de onde sairia nosso trem. Trocamos algumas palavras em inglês. Nossos jovens salvadores tinham ido a Hamburgo para assistir o concerto da véspera, na Elbphilharmonie, e estavam retornando a Frankfurt, onde residem.
Que sejam, sempre, muito felizes. E que, em caso de necessidade, sempre encontrem quem os ajude.
Em Hamburgo ficamos hospedados no Scandic Hamburg Hotel, cujo tema relaciona-se a uma importante característica da cidade: a água.
Na recepção as paredes receberam vários tons de azul, e no bar há esculturas em formato de onda. Os tapetes têm motivos marinhos. O elevador é azul, e o som é suave, lembrando barulho de água.
Os quartos têm decoração diferenciada, alguns com pinturas relacionadas ao tema, com a devida identificação do artista.
Abaixo, foto do nosso quarto.
Ficamos no 7º andar, com direito ao uso do lounge, espaço onde se pode tomar o café da manhã e fazer pequenas refeições, já incluídos na diária.
À tarde o lounge sempre oferecia um prato quente, pães, sanduíches, vinho tinto, branco e suco de laranja. Uma ótima opção para quem não sai à noite para jantar, e quer uma refeição leve.
Foram três dias intensos e agradáveis, que nos mostraram que, embora avançados na idade, ainda mantemos a coragem de viajar sozinhos, até em países de língua absolutamente ininteligível.
Mas também reforçaram o entendimento de que nessa idade, para evitar estresse, sem dúvida é melhor estar acompanhados.
1. Clique aqui para ver o texto sobre noivos. https://blogdavovohelo.blogspot.com/2013/06/felizes-para-sempre.html
2. E aqui para saber o motivo da minha ida a Ballinstad. https://blogdavovohelo.blogspot.com/2018/09/meu-bisavo-alemao.html
3. A foto que inicia o post, assim como a foto da Elbphilharmonie, são da web.
4. Uma abordagem mais turística e com mais fotos, você encontra clicando aqui. https://helofoto.blogspot.com/2018/09/hamburgo-alemanha.html
Muito bom diário de bordo Tia! Viajei junto ao ler este Post! Beijos
ResponderExcluirObrigada, querido sobrinho. A viagem foi corrida, mas deixou sua marca.
ExcluirGostei de ler e ver lá no teu outro blog. Gostei da ideia de reativares o mesmo! Valeu! bjs, chica
ResponderExcluirObrigada, querida e fiel amiga. Beijos.
ExcluirOlá Heloísa: gostei de ver as fotos desta cidade que ainda não conheço. Este verão estive em Amesterdão, que é também muito bonita. Tão bom podermos viajar e alargarmos os nossos horizontes, não é?
ResponderExcluirBjn
Márcia
Sem dúvida, Márcia. Viajar é muito bom. Bjs.
ExcluirQue passeio bacana, ainda mais com motivos sentimentais tudo tem um significado mais profundo.
ResponderExcluirAmei as fotos es saber um cadinho do lugar.
Abraço!
Obrigada, Dalva. Bjs.
ExcluirMuito bom! Adorei esse elevador azul e o casal gentil!
ResponderExcluirPri, foram pontos importantes da viagem. Beijo.
Excluirnossa, uma cidade que gostaria muito de conhecer. e como vc é boa fotógrafa. amo vidas culturais intensas, acho que vi não? dois mestres de butoh que falei no blog recentemente vivem em berlim. adoraria ver muitos eventos culturais. e é sempre muito bom que ver há sempre muita gente interessada em cultura. beijos, pedrita
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