Doces da família
Hoje, de sobremesa, fiz “Ovos nevados” e, como não poderia deixar de acontecer, lembrei-me dos doces da minha infância. Nesse blog já falei sobre “Marca da família”, já citei ditados antigos, muito usados por minha avó materna e por minha mãe, e volta e meia falo sobre fatos do passado. É verdade, nós somos resultado do nosso passado, das nossas vivências, das nossas experiências. Assim, não há como esquecer o passado. Nós somos o passado, e também o presente, que logo se faz passado. Percebo, então, que meu blog ao objetivar debates sobre a vida está tratando de memórias.E aqui entram os doces da minha infância, conhecidos e provados na mais tenra idade, e que até hoje fazem parte da minha vida. São os deliciosos “doces da família”.Aprendi a fazê-los observando minha mãe ao prepará-los : Ovos Nevados, Sagu com Vinho, Creme de Leite, Torta de Bananas, Bolo Majestoso, Manjar Branco, Arroz Doce, Doce de Abóbora, Vienenses, Gromelão ....
Que delícias!
Ovos Nevados - sobremesa ultra-delicada, com claras batidas, cozidas às colheradas no leite, e servidas como que boiando num creme de gemas. Esse mesmo creme, acompanha o sagu com vinho. Esse dois doces têm um sabor fantástico, quando servidos bem geladinhos.
Creme de Leite - era o nome dado ao doce hoje chamado de Pudim de Leite. Naquele tempo não havia leite condensado, o que exigia um grande número de ovos para que se obtivesse a consistência de pudim. E mais, naquele tempo também não havia batedeira elétrica. Minha mãe batia “na mão” toda aquela quantidade de ovos. Era preciso muito amor, não?
Torta de Bananas - era especial e adorávamos quando ela surgia na sobremesa. Era feita numa travessa bem grande, para que pudesse ser dividida em doze pedaços. Nossa mesa, quando completa, tinha onze pessoas : meus pais, eu e meus oito irmãos. No final da refeição, comumente no almoço de domingo, minha mãe ia servindo um pedaço para cada um, começando pelo mais novinho, e terminando nela. Nessa época, meu pai não era muito amigo de doces. Passou a se interessar por eles muito mais tarde (seria na 3ª idade?).
Bolo Majestoso - embora a pompa do nome, é um bolo muito simples, porém delicioso. Próprio para acompanhar chá, ou café, o bolo chegava na mesa de um lanche, e não saía dela. Não ficava nem um pedacinho para o dia seguinte.
Manjar Branco - feito com leite de coco (natural), com calda de vinho ou de ameixas em calda. Sempre estava presente nas mesas de aniversário.
Arroz Doce - levemente colorido com gemas e salpicado com canela. Doce de abóbora com, ou sem, coco ralado.
Vienenses - pequenos bolinhos (de pão-de-ló), recheados com creme e envoltos com fina camada de açúcar.
Gromelão ! O nome é esquisito, mas o doce nada mais é que o rocambole, recheado de goiabada, ou creme, salpicado com açúcar e enfeitado com riscos de açúcar queimado (feitos com a lâmina de uma faca, bem aquecida).
Doces sabores da infância, que me acompanham até hoje e que, como “doces da família” deverão continuar a deliciar muitos, por muito tempo.
Que delícias!
Ovos Nevados - sobremesa ultra-delicada, com claras batidas, cozidas às colheradas no leite, e servidas como que boiando num creme de gemas. Esse mesmo creme, acompanha o sagu com vinho. Esse dois doces têm um sabor fantástico, quando servidos bem geladinhos.
Creme de Leite - era o nome dado ao doce hoje chamado de Pudim de Leite. Naquele tempo não havia leite condensado, o que exigia um grande número de ovos para que se obtivesse a consistência de pudim. E mais, naquele tempo também não havia batedeira elétrica. Minha mãe batia “na mão” toda aquela quantidade de ovos. Era preciso muito amor, não?
Torta de Bananas - era especial e adorávamos quando ela surgia na sobremesa. Era feita numa travessa bem grande, para que pudesse ser dividida em doze pedaços. Nossa mesa, quando completa, tinha onze pessoas : meus pais, eu e meus oito irmãos. No final da refeição, comumente no almoço de domingo, minha mãe ia servindo um pedaço para cada um, começando pelo mais novinho, e terminando nela. Nessa época, meu pai não era muito amigo de doces. Passou a se interessar por eles muito mais tarde (seria na 3ª idade?).
Bolo Majestoso - embora a pompa do nome, é um bolo muito simples, porém delicioso. Próprio para acompanhar chá, ou café, o bolo chegava na mesa de um lanche, e não saía dela. Não ficava nem um pedacinho para o dia seguinte.
Manjar Branco - feito com leite de coco (natural), com calda de vinho ou de ameixas em calda. Sempre estava presente nas mesas de aniversário.
Arroz Doce - levemente colorido com gemas e salpicado com canela. Doce de abóbora com, ou sem, coco ralado.
Vienenses - pequenos bolinhos (de pão-de-ló), recheados com creme e envoltos com fina camada de açúcar.
Gromelão ! O nome é esquisito, mas o doce nada mais é que o rocambole, recheado de goiabada, ou creme, salpicado com açúcar e enfeitado com riscos de açúcar queimado (feitos com a lâmina de uma faca, bem aquecida).
Doces sabores da infância, que me acompanham até hoje e que, como “doces da família” deverão continuar a deliciar muitos, por muito tempo.
Nossa, que assunto mais delicioso!!! Não há nada mais latente na minha infãncia que os doces que minha avó Xica fazia (e ainda faz) nas festas e reuniões de família.
ResponderExcluirMinha gravidez de Laís foi regada a muita torta de limão com raspas e suspiros, divina!!!
Bjosssssssssss
Que delícia, também me lembro desses doces tão gostosos, parece que os doces sabores nos remetem a doces momentos que vivemos no passado!
ResponderExcluirVamos tentar faze-los também no presente, para que essas delícias (e outras mais novas) possam se eternizar.
Bjos açucarados, querida amiga.
Arlette.
Querida Helô,
ResponderExcluirSeus "doces de família" me trouxeram à lembranças os doces que faziam minha avó Alice (que eu sempre chamei de mamãe, pois como pode uma criança crescer sem dizer palavra tão doce? ) e minhas tias mais velhas..
Os ovos nevados eram ilhas de gostosura, perdidas num mar de delícias.
O manjar branco poderia, com justiça, ser chamado de "manjar dos deuses"...
E por aí vai. Felizes somos de ter boas e doces lembranças das famílias em que fomos criadas. As minhas primeiras crianças- meus filhos - conheceram algumas dessas gostosuras, que aprendi a fazer. Depois, a vida foi ficando mais complicada, mas procurei satisfazer o gosto dos netos ( e hoje dos bisnetos), já diferentes dos nossos..(brigadeiros, que não tivemos na nossa infância, por exemplo, os brigadeiros, que já encantavam meus filhos e que até hoje fazem sucesso.....)
Sobre as festas juninas, mal acabaram as dos meus filhos, começaram as dos meus netos, que o meu povo aqui sempre andou depressa...Acabada a fase dos netos, já estavam os bisnetinhos a dançar suas quadrilhas, de bigodes e barbas pintados nas lindas carinhas!
É isso, querida, o tempo voa quando temos essas criaturinhas queridas a nos solicitar e queremos estar sempre disponíveis para elas. Isso traz, de fato, um sentimento de realização.....que sinto em você. Beijos, M.Cecília
Além desses doces serem deliciosos, ainda trazem o sabor especial da infância em família, o sabor único do carinho das vovós, aquele desmedido, que faz tudo para agradar, para cuidar, como o da vovó Helo e outras vovós e vovôs da Isadora! Viva as boas lembranças e mais docinhos à mesa! Embora, hoje, infelizmente, sei que nós, mamães, regulamos os doces aos nossos filhotinhos. Pelo menos eu sei que controlo...bjs, pri
ResponderExcluirHelo,
ResponderExcluirseus "doces de família' me adoçaram
o presente e me levaram rapidinho`a
curtir as nossas origens...o pudim de aipim com coco e queijo da minha
mamãe era imbatível!!!!
E,pr falar em 'origens'... eu estarei participando no Festival Cultural "Caros Amigos' a ser realizado dias 18,19.e 20 de julho
aí em Santos -Centro Histórico- com duas obras da mostra comemorativa dos 50 anos da Bossa
Nova .Viu?!!...estou voltando às origens... na terrinha...
Vá lá dar uma olhadinha. Mais informações no site www.carosamigosdesantos.com.br
Beijossssssss
Lucia Helena
Esses doces realmente são muito bons. Eu acrescentaria ainda o arroz doce e o creme leite com a crosta devidamente queimada em cima. São muito bons e tenho certeza que voce os faz muito bem.
ResponderExcluirHelô,
ResponderExcluirLendo o seu texto sobre doces... Fiquei pensando nos doces da minha infância...
Minha vó Rosa sempre fazia sagu com vinho, mas sem o creme de gemas no meio... Eu gostava... Na casa dela, para os netos, sempre tinha creme de chocolate (tipo de um mingau, mas gelado) ou gelatina... E às vezes o sagu...
Na minha casa, minha mãe fazia manjar branco (com calda de ameixas), o famoso bolo de chocolate... Tinha também a torta de morangos feita em junho, julho... quando era época da fruta... E torta de morangos sem morangos para o Nando, que não gostava...
E muito pavê de bolacha champagne ou de sonho de valsa... Acho que era uma sobremesa fácil ( e gostosa!!) e tinha quase todos os domingos em casa...
Também tinha uma torta de banana, feita com bananada e uma massa de torta mesmo... Os biscoitinhos de goiabada feitos quase sempre no Natal...
Tudo muito bom!!!
beijos
Bem que a senhora poderia disponibilizar o segredo desses doces...
ResponderExcluirQue tal da torta de banana?
Mas se não puder, entendo... Há alguns segredos que são superbem guardados.
Um grande abraço!
Queridas comentaristas,
ResponderExcluirRealmente, os doces que comíamos na infância sempre nos trazem boas e "doces" lembranças. E o interessante é que são facilmente associados a carinhos, a amor.
Marlla,
Não há problema quanto às receitas.1. A torta de banana pode ser feita de duas formas : ou com banana frita, ou cozida em açúcar queimado. Se for com banana frita, você deve usar a banana-da-terra, ou a banana prata, cortadas em fatias ao comprido. Vai fritando aos poucos na manteiga e colocando numa travessa que possa ir ao forno (refratária). Se for com banana em calda, você deve utilizar a banana nanica. Faça um pouco de açúcar caramelado e coloque a banana para cozinhar.
2.Depois de colocar a banana na travessa, cubra com um creme feito com leite, gemas, açúcar e maisena. A proporção é : para um copo de leite, uma gema, uma colher de sopa de açúcar e uma colher de sopa (rasa) de maisena. Levar ao fogo e mexer sempre, até ferver e engrossar. Colocar gotas de baunilha.
3.As claras que sobraram, devem ser batidas em neve. Depois de batidas, ir colocando, aos poucos, duas colheres de açúcar por clara. Fica um suspiro, que cobre todo o doce. 4. Daí, levar ao forno médio, por pouco tempo, só para dourar o suspiro.
É uma delícia. Pode ser servido quente ou gelado (é mais gostoso, ainda). E o melhor, é fácil e rápido.
Beijos
Receita anotada!
ResponderExcluirMuitíssimo obrigada, D. Helô!
A senhora é ótima!
Não sou muito boa na cozinha mas vou fazer e direi o resultado.
Bjos!
Querida tia...
ResponderExcluirComecei a sorrir quando li este texto. Me lembro de minha família indo para casa de sua mãe, tambem conhecida como minha avó... e de sobremesa.. "MANJAR BRANCO" com calda de vinho!!.
naquela época!! ECA.... eu era fan de pudim de leite condensado, tudo com leite condensado.. e manjar branco parecia pudim de agua com coco.
Mas me lembro da alegria do meu pai comendo isso.... e me lembro que a ultima vez que fui a sua casa, me apaixonei pelo manjar branco com calda de vinho!! ahh... lembranças da infancia....