O Escafandro e a Borboleta


O Escafandro e a Borboleta, história real “escrita” por quem a viveu, é um livro que nos deixa perplexos: com seu teor, e com sua realização. 

Jean-Dominique Bauby era um jornalista jovem e bem sucedido (editor da Elle, em Paris) que, acometido por um grave acidente vascular-cerebral, ficou quase que inteiramente paralisado. O único movimento que conservou foi o do seu olho esquerdo.

Sua mente, contudo, permaneceu intacta. Ele pensava, raciocinava, sentia, e tinha lembranças. E usando do poder da sua mente, e do movimento do seu olho, ele incrivelmente conseguiu escrever esse maravilhoso livro.

Num trabalho de paciência e perseverança, que contou com a inestimável assistência de Claude Mendibil, Jean-Dominique redigiu mentalmente os diversos capítulos do seu livro, ditando-os para seus interlocutores por meio de piscadas do olho esquerdo.

Para que isso fosse possível foi organizada uma listagem das letras do alfabeto, colocadas em ordem decrescente da utilização na sua língua pátria, a língua francesa: E, S, A, R, I ..... 

Ele ia ouvindo as letras, uma a uma, e piscando na adequada. Com a repetição seguida das letras, e suas confirmações, eram formadas as palavras, as frases. Para a pontuação, ele permanecia com a pálpebra fechada por um tempo.

E assim, quase que milagrosamente, ele concluiu seu livro, falando sobre seus pensamentos, sobre suas lembranças, e nos mostrando quão grande é a fragilidade humana, quão efêmera é a vida, e como são preciosos os relacionamentos afetivos, as demonstrações de carinho e até os nossos mais simples atos de rotina.

Foi uma leitura sofrida, e que de tempos em tempos me exigiu uma pausa para respiração e recuperação.

 

Nota: Em 2007 foi lançado o filme O Escafandro e a Borboleta, baseado no livro homônimo, com direção de Julian Schnabel, e que foi ganhador do prêmio Globo de Ouro.

 

Comentários

  1. Helô, há pessoas que são extraordinárias, que não desistem da vida. E há outras tantas dispostas a ajudá-las a vencer tamanha dificuldade.
    Você, certamente, conhece a vida de Helen Keller, alguém que, com tríplice deficiência, formou-se, tornou-se conferencista e escritora. É outro exemplo incrível de superação.
    É bom que, através do blog, se possa divulgar assuntos como esse, pois de coisas ruins, já basta o que a mídia nos mostra diariamente.
    Bjs.

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  2. oi Helo
    assisti o filme... é bem profundo mesmo...história impressionante
    bjs
    Fe

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  3. Deve ser maravilhoso.Gosto de histórias de vida..Não o conhecia ,nem o filme!beijos,chica

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  4. Magnífico, Helô

    Querer é poder! Esse homem fantástico foi capaz de, como vc descreve, transmitir tanta coisa que até para os ditos "sãos" seria impossível e concluiu sua missão.

    Parabéns pelo post.

    Bjs no coração!

    Nilce

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  5. Oi, Helô!
    Eu vi o filme e adorei também, mas imagino que o livro seja melhor, mais completo, claro.
    Lembro-me que chorei demais, ao mesmo tempo que me fez refletir sobre como podemos ser fortes em espírito e lutar, sobrepor-se às dificuldades.
    Vale a pena ler o livro ou ver este filme, boa dica!
    bjs cariocas

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  6. Nossa, Helo! Que historia de superação... me interessei mesmo... deve ser mto interessante! beijos

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  7. Oi Helô, tem selinho pra vc lá no blog. Bjs!

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  8. Que exemplo de força e de coragem. Na vida é preciso vencer os obstáculos o tempo todo, mas algumas pessoas preferem desistir sem ao menos tentar. Imagino quantas vezes você se emocionou lendo esta estória...

    Beijos e bom final de semana

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  9. Oi Helô,
    O ser humano nos surpreende com tantas superações.
    A força de vontade é tudo nessa vida. Ainda mais quando encontramos pessoas dispostas a nos ajudar.
    Fique bem.
    Bjs mil

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  10. Sem dúvida um grande exemplo de vida :)

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  11. Olá, querida,

    Que bom que você se lembrou de mim! Eu estou fazendo um bolinho que me foi encomendado (imagine, só, rsrs), mas deixei tudo pra última hora, porque gosto que os meus bolos sejam servidos fresquinhos, daí já viu, né?
    Não, eu infelizmente ainda não li esse livro, nem vi o filme, embora tenha lido sobre ele na época do lançamento do filme. É a tal estória, a gente recebe lições de vida a todo instante mas - não sei porque - não consegue absorvê-las, pois rapidinhos voltamos para o nosso comportamento costumeiro, desperdiçando a lição que nos foi dada, não é verdade? A estória desse jornalista é muito parecida com a da jovem brasileira, Luciana Scotti, já ouviu falar dela? Ela sofreu um AVC aos 22 anos, tornando-se muda e tetraplégica. Ela também escreveu um livro (do qual eu li alguns capítulos, alguns atrás, aqui na Internet). O pouco que eu li do livro dela, me tem feito refletir bastante, desde então.

    Beijinho!
    (assim que possível, vou ler esse livro!)

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  12. Querida Heloisa, eu assisti ao filme. É lindíssimo e uma pancada ao mesmo tempo. Escrevi sobre ele no blog, o titulo da postagem era "Repensar a vida". Porque é isso que este filme/livro faz: nos põe para repensar a vida.

    Grandes beijos!

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  13. Helô, Não conhecia nem o livro nem o filme, mas a história é intensa, não?! Adorei!
    Beijinhos,
    Dani

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  14. Que dureza! E as vezes a gente se amola e se preocupa com coisas tão tolas perto dessa fragilidade da vida...
    beijos

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  15. OI Helô, eu já vi um documentário sobre ele, mas não lembro onde. E um exemplo de superação.bjuss

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