47 dias
Sim, estou dentro de casa há 47 dias.
Até sinto que o tempo está passando rápido. Nem bem a semana começa, e percebo que estamos chegando na sexta-feira. Talvez pelas muitas atividades que passaram a fazer parte do meu dia-a-dia.
Estou bem. Consegui me afastar quase que totalmente do noticiário, pesadíssimo não só pelos dados de saúde, como pelos acontecimentos políticos causados por uma cambada de irresponsáveis.
Com a distância das notícias, a tensão diminui. Até lembrei do ditado antigo: o que os olhos não vêem, o coração não sente.
Mas hoje acordei meio balançada, meio melancólica, como disse para o Berto.
Olhei pela janela e vi o mar lindo, paisagem que me acalma, me faz feliz. Só que, dessa vez senti vontade de poder sair, de passear um pouco, de caminhar na beirada do mar.
E, esquecendo o propósito de viver o dia da melhor forma, sem preocupação com o futuro, pensei na possibilidade de ter que esperar muito tempo, um tempo que não tenho como avaliar, para poder descer do meu apartamento e sentir que sou livre.
Nessa hora, do quarto, pedi para o Berto colocar uma música bem boa, para escutarmos.
Estava acabando de me arrumar. Procurei dar uma caprichada no cabelo, já sem corte, passei um batonzinho e fui para a sala.
O som estava lindo.
Felicidade, foi-se embora ....
Nunca, nem que o mundo caia sobre mim ....
Convidei o Berto para dançar. Rodamos durante três músicas. Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos.
Abraçamo-nos.
Eram 8:30h.
O Berto foi lavar a louça, e eu, arrumar o quarto.
meu pai deve estar esse tempo em casa tb. eu q estou fazendo tudo o q ele precisa, inclusive as refeições. tb ando perdendo a noção do tempo. já q com as atividades daqui e de lá acabo tendo muito o q fazer. eu continuo vendo, não consigo ficar sem ver inúmeras matérias, avaliações. mas meu pai tem visto bem menos pra ficar menos ansioso, se é q é possível. tenho essa angústia tb, de qt tempo será, e tenho tentado pensar só no dia de hj, no máximo no dia de amanhã, pq angustia pensar em meses. eu estou com preguiça de ir lá preparar o almoço, mas logo já vou. se cuidem. beijos, pedrita
ResponderExcluirEstar em casa nos faz ,SE QUISERMOS, fazer coisas bem diferentes da rotina! Adorei a hora da dança! beijos, lindo fds! chica
ResponderExcluirNão há como deixar de se afetar pelas circunstâncias atuais. Mas a gente precisa relevar o lado ruim, para poder atravessar esse tempo. Eu não consegui deixar de acompanhar os noticiários e os bla-bla-blas dos políticos. Mas hoje eu consigo ver a coisa com certo distanciamento. Tudo na vida passa e esse momento sombrio haverá também de passar.
ResponderExcluirBeijo
Ay Hello, todos estamos igual, realmente es una situación surrealista, sólo comparable a cuando vimos en directo a un avión estrellarse sin más en las torres gemela, repito surrealista. Pero al mal tiempo buena cara y felices de poder estar en nuestra confortable casa con salud, me horroriza pensar en la gente que ha perdido su trabajo, que seguramente estaban pagando hipotecas de pisos diminutos en los que apenas pueden respirar. Aquí mañana ya dejan salir a los niños menores de 14 años acompañados de un mayor, sólo una hora y no más lejos de un kilómetro de su domicilio. Creo que para los abuelos lo peor es no poder abrazar a nuestros nietos, aunque los veamos tres veces al día gracias a la nueva tecnología, no es lo mismo. Cuántos años tiene ya tu niñita ¿13, 14?, bueno seamos pacientes y esperemos que la vida se normalice poco a poco.
ResponderExcluirPor cierto yo también hacía en el colegio trapitos de costura, pero este de vainicas lo hice hace apenas un año, ja, ja, estoy volviendo a la infancia. Cuidaros mucho, un beso grande