Filhos

Meu filho e minha filha, logo após o "primeiro" corte do cordão umbilical.














Quando são pequenininhos, ficamos grudadas neles. Sabemos, contudo, que isso não vai durar muito. Só não sabemos que o tempo passa mais depressa do que poderíamos imaginar.
Eles vão nos dando sinais de que um dia ficarão longe dos nossos olhos. Os passos são dados um a um, vão se acumulando, até que num passo maior eles ficam fora do nosso alcance.
E eu, que sou chorona, fui derramando lágrimas em quase todos esses passos.
Chorei quando meus filhos saíram do meu quarto, onde dormiram nos primeiros meses, passando para o quarto deles. Chorei quando foram pela primeira vez para a escola. Chorei quando saíram de casa para cursar faculdade fora de Santos (por algum tempo eu conservei a porta do quarto deles fechada, para não perceber muito a ausência). Chorei várias vezes quando, depois de visitá-los, voltava da cidade onde moravam para a minha.
Chorei no aeroporto, quando meu filho, aos 20 anos, resolveu passar uma temporada longa no exterior. Cheguei a pensar que talvez ele não voltasse para o Brasil, mas ele retornou.
Porém, passados alguns anos, ele resolveu estabelecer-se fora.
E agora, depois de dois anos de ausência, meu filho que mora numa cidade tão distante que, falando-se em tempo, está sempre um dia na nossa frente, vai chegar para nos visitar.
Há uma semana, quando ele confirmou o dia da sua chegada, fiquei tão ansiosa que tive dificuldade para dormir. E estou totalmente sôfrega (palavra que ele adora usar) para reencontrá-lo.
É verdade. Embora o cordão umbilical sofra inúmeros cortes durante a vida de uma mãe, ele nunca termina.

Comentários

  1. Olá, vovó Helô, me emocionei muito ao ler esse texto..pq tudo que está escrito nele é a mais pura verdade, vamos passando por fases ao longo da vida, onde temos que lidar com a distância, a saudade, enfim várias emoções.
    Hoje como já sou mãe, entendo perfeitamente a minha mãe,como ela agia em diversos momentos da minha infância e adolescencia, e que ela sempre quis mesmo era me "proteger" do mundo, rs.
    mto bom o texto msmo..

    Um beijão pra vc..

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  2. Os laços que temos com os filhos vão, realmente, MUITO além do cordão umbilical, é um encontro de almas eterno... Tão lindo, tão emocionante e pra sempre...

    Vovó Helô, que boa notícia que vc vai juntar sua prole! Estou feliz por vc!!!

    Bjocas cariocas

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  3. Vovó Helô, Acho que realmente nunca terminados por completo, de cortar o cordão, e, na verdade não quero cortar nunca. Já sinto saudade da Giovana na barriga... Quando voltei a trabalhar, ligava pra babá o tempo todo. Nossa, como foi difícil ter que deixar aquela coisinha indefesa em casa. Agora ela já está com quase 2 anos e vou colocá-la no colégio, mas só no dia 01/09, porque vou estar de férias e quero acompanhá-la. Imagino ela entrando, me dando tchau, feliz da vida com a novidade. E, eu, indo embora chorando, porque meu bebê está crescendo. Como passa rápido. Beijos pra vc e mate bem a saudade do seu filhote.

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  4. Chorei agora.
    Eu tb sou chorona.
    Eu, como filha, longe de casa e dos pais, percebo que as mudanças são naturais da idade e da necessidade.
    Mas sinto falta de tudo. Deles, principalmente.
    Beijos.

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  5. Heloisa gostei mto desse post..
    Na minha opinião,o primeiro momento que a mãe sente que seu filho está "saindo de seus braços"é qdo ela vai para a escolinha pela primeira vez..
    Esse é o primeiro de mtos outros que virão:a primeira vez que se interessa por alguém,a primeira vez que pega um carro etc..
    Aquela frase que diz:Nossos filhos não são nossos mas do mundo é uma verdade....mas que é duro é...

    Bjo

    Qdo o Gustavo vai chegar???

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  6. Não consegui ontem postar com sucesso meu comentário no seu blog.

    Portanto, faço-o agora:

    "Heloísa, conhecendo-a sempre tão firme e serena, não pensei que chorasse a cada ruptura do cordão.

    Porém, para as mães(e avós, e bisavós ...) sensibilidade e força são atributos que se completam.

    É mesmo curiosa a matéria-prima desse fio que transcende o tempo e a contingência das gerações e une vidas a milhas de

    distância, outros mares, outras terras, outros continentes...

    No próximo domingo suas lágrimas serão só de alegria ao ver e abraçar de novo o Gustavo!

    Beijos,


    Eliana

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  7. Oi Vovó Helô,

    Muito obrigada pelos posts! Vou adorar acompanhar e sempre que puder, entro direto no blog.
    Já sou fã de carteirinha do da Pri, que foi o primeiro blog do qual participei. Acho que trocando idéias a gente só tem a aprender!!!
    Estava lendo sobre a ligação com os filhos e acho que este cordão continua, mesmo que invisível, para o resto da vida! Eu já sinto falta de várias coisas, mesmo meu filho estando com 02 anos... e sei que ainda vou chorar mto (espero que mais de felicidade) com as etapas que irei passar ao lado do Vítor.

    Um grande abraço,
    Paula

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  8. Ola Tia....
    Ai, nem me fale.. to me identificando.... Eu chorava no primeiro m~es de escolinha do meu filhote. Catava o celular e voltava pra casa chorando no ouvido do pai da criança... hahahaha. Recentemente, meu filhote com quase 13 anos, fomos fazer teste de ingles. FOMOS, pois entrei junto com ele. Fiquei quietinha como uma mosca. mas que dava vontade de falar.. é isso ai filho!! nao.. vc sabe essa, nao fique nervoso.... afe... eu tava mais "sofrega" hahah que todos.
    Mas nao pense que sou tao manipuladora ou maezona assim, só entrei na sala por que ele permitiu!! EU PERGUNTEI ANTES!!!!! hehehe

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  9. Olá, Heloísa!!Aqui estou eu novamente, para dizer que nós vovós somos todas iguais...nossos netos são as melhores coisas do mundo e não há ninguém melhor, nem mais bonito....
    Grande abraço e continúe contando fatos de sua vida .
    Um abraço!

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  10. Helô, é mais que verdade. Que coisa mais linda seu post! Obrigada por me indicá-lo.

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