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Mostrando postagens de agosto, 2019

Surpresa embaraçosa

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Pelo interfone da entrada do prédio, me identifiquei ao porteiro, informando que iria ao apartamento da Dona Lourdinha. Prontamente ele liberou o portão, e eu e minha irmã Lourdes entramos no prédio. O funcionário nos esperava, avisando que podíamos subir. Perguntei: nono andar, não? E ele: sétimo andar. Comentei com minha irmã que sempre tinha um pouco de dúvida em relação ao andar. Subimos, as portas do apartamento já estavam abertas. Estranhei uma escultura logo na parede da entrada (decoração nova?), mas havia uma moça nos esperando e nos encaminhou para a sala. Ao entrar, não atinei para o local. Parece que havia me desligado de todo o entorno, enxergando somente um grupo de senhoras sentadas em sofás, num dos ambientes da ampla e linda sala. Comentei com minha irmã: Será que a Dinha ia receber algumas amigas e nada me disse, quando avisei que iria visitá-la? Bom, nessa altura, já havíamos dado alguns passos, e parado ao lado dos sofás. Olhei, e n

Tapa-buraco

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Os tempos estão tristes. Notícias desalentadoras, expectativas sombrias. Quero escrever, mas nem sempre surge uma ideia leve. De repente, parece surgir uma motivação. Faço uma receita nova de bolo, e logo penso: vou publicar. E não posso deixar de lembrar de fase relativamente recente do nosso país, em que muitos jornais publicavam diversas receitas de bolo em páginas destinadas a comentários sobre economia, política ou assuntos gerais. Às vezes, a receita entrava no meio de uma matéria, outras vezes ocupava um espaço reservado para texto menor, e era interrompida sem conclusão.   Eram os tempos difíceis da ditadura, em que a censura cortava tudo aquilo que entendia que não deveria ser divulgado. E os jornais, preenchiam os espaços com receitas de bolo. Pois bem. Vou apelar para receitas de bolo. Sempre coloquei, nesse meu espaço, receitas que considero interessantes. Pães, bolos, sobremesas doces de família.  Mas agora, elas vão assumir, de vez em quando, o p

Fazendo a festa

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Volta e meia minha netinha Isadora vem passar o fim de semana comigo. E, com ela, sempre estão presentes as ideias de comidas diferentes daquelas do dia-a-dia. Se eu perguntar qual será o cardápio, ela primeiro fala em comida japonesa. E foi o que aconteceu no último fim de semana.   Mas, daí, eu dei um corte: não, chega de comida japonesa.   Que tal um “fondue"? A sugestão foi aceita de pronto. Fomos atrás das nossas pouco usadas panelas de fondue e, em seguida, até o supermercado para a busca dos ingredientes. O jantar de sábado foi um sucesso.   Para facilitar, compramos para o fondue de queijo uma mistura pronta, de queijos suíços. Deu muito certo, e adorei o ritual do consumo ritmado dos pedacinhos de pão italiano, envoltos na massa quente de queijos. Para mim, já estava completo. Mas como estávamos com duas jovenzinhas, a Isa e sua amiga Elena, não poderia faltar o fondue de chocolate. As duas participaram de toda a ar

Melhor amiga

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13 de agosto.   Essa data me remete ternamente para o passado, e lembro da minha melhor amiga dos primeiros anos do ginásio. Éramos duas meninas tímidas e magrinhas, que se conheceram aos 10 anos, tiveram convivência diária no colégio, durante três anos, e depois se separaram por circunstâncias da vida. Karen, minha melhor amiga desses anos longínquos, ficou marcada na minha memória, e é lembrada todos os anos, no dia do seu aniversário. Eu morava em São Paulo, na Rua Eça de Queirós, e a Karen residia na Rua Joaquim Távora, na Vila Mariana. Nossa casas eram separadas por algumas quadras, e estudávamos no Colégio Bandeirantes, também na Vila Mariana, a poucos metros de distância da minha casa. Nos meus dois primeiros anos de São Paulo, estudei no Colégio Madre Cabrini, no semi-internato. Passava o dia inteiro na escola. Quando terminei o curso primário e sem idade para ir para o ginásio, precisei fazer um ano do curso de admissão ao ginásio, já no Bandeirantes

Beleza com Tarsila

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A exposição de Tarsila do Amaral no Museu de Arte de São Paulo (MASP), encerrada em 28/07/2019, recebeu, durante três meses, mais de 402 mil visitantes. Afortunadamente, eu estava nesse número. O que posso dizer, é que a exposição foi   maravilhosa. Tarsila, figura central da primeira fase do modernismo brasileiro, deixou uma obra expressiva, que pode ser classificada em três fases: Fase Pau Brasil, caracterizada pelo uso de cores fortes e temas nacionais; Fase Antropofágica, inspirada no surrealismo e cubismo, e Fase da Pintura Social, marcada pelos temas cotidianos e sociais do país. As filas para a entrada no museu estavam imensas, e nessa hora percebe-se como é importante a legislação que dá o direito preferencial aos idosos.  Dificilmente eu ousaria ficar horas na fila, para conseguir visitar a exposição. Não ousaria, porque minhas pernas não suportariam tal esforço. Como eu, com certeza muitos outros idosos, só se animam a sair de casa porque sabem que

Frio e reconforto

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Sempre fui friorenta. E se estiver com os pés frios, não há agasalho que me aqueça. Meias quentes, são indispensáveis. Se for para fora de casa, além de bota e casacos, não dispenso echarpe, e até cachecol, para aquecer o pescoço.   Conforme o frio, cabeça coberta. Tudo isso, vivendo em Santos, cidade com inverno ameno, mas que incomoda pela sua umidade. Contudo, como já não tenho muitas obrigações fora de casa, fico livre do risco de passar frio na rua. E aproveito, caseiramente, para curtir aquilo de bom da estação: caldos quentes, chá e chocolate fumegantes. Se for à tarde, na companhia de amigos, melhor ainda.   Mas, mesmo quando só, mantenho o ritual do chá. Muitas vezes acompanhado por bolo. Hoje, uma segunda-feira fria e cinza, o reconforto chegou na forma de um chá quentinho, acompanhado por um delicioso bolo de maçã. Vamos provar?                             Bolo de maçã 2 maçãs grandes, descascadas e picadas 2 colheres (sopa)