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Mostrando postagens de maio, 2020

Domingo

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Hoje é domingo. Na verdade, todos os dias estão com cara de domingo. Ou de segunda, ou de sábado, ou de outro qualquer. Todos parecidos. Mas para nos mantermos bem, precisamos de algumas diferenças.  Hoje é domingo.  Que tal colocar roupa de domingo?  Não. Isso era coisa de um passado distante, como o de quando eu era criança. Tínhamos roupa de domingo. Na minha casa, de muitas crianças, lembro que minha mãe deixava as roupas de domingo separadas, prontas para serem vestidas logo cedo, para que chegássemos na Igreja no horário da missa. Roupa de domingo, roupa de festa, roupa de sair, roupa de brincar. Para as crianças, isso era bem regrado. Pois, é. Hoje é domingo. Vou colocar uma roupa de sair. Vou passar batom e colocar brincos. Talvez um colarzinho. Vou fazer uma sobremesa. Vou colocar na mesa uma toalha de domingo. E, assim, mudar o visual da semana que, em busca da simplificação, é o mesmo em todos os dias. Vou colocar cálices para um vinho d

Mais um mês

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Quase um mês sem escrever por aqui. Um mês como os outros dois que o antecederam. Em confinamento, procurando enfrentar da melhor forma possível essa temporada difícil. E que se mostra com as dificuldades potencializadas, por conta do desgoverno nacional a que estamos submetidos. Sem dúvida, essa situação absurda da má política, deixa mais assustador o cenário trazido pelo vírus. Com isso tudo, embora procurando usufruir de tudo de bom que me rodeia, às vezes dou uma vacilada e fico meio abatida.  Respiro fundo, olho pela janela, penso nas coisas boas e aguardo o mal estar passar. Foi um mês produtivo na cozinha, na costura, e no lazer, pelo cinema. Muita música mas, não sei por que, pouca leitura. Estou na leitura do livro Carmen, do Ruy Castro. Seu problema é a letra muito pequena, que dificulta a leitura à noite.  Assisti duas séries inteiras, Anne com E (Netflix), e Homecoming (Amazon). Vi alguns filmes muito bons, entre os quais Sementes Podres (pena o nome) c

Mudança de hábitos

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O isolamento social, além de nos deixar sós, jogou-nos numa espiral de serviços. Cozinhar, lavar louças, lavar roupas, passar aspirador de pó, receber as compras, higienizá-las, guardá-las, enfim manter a casa em ordem, para que nos sintamos bem entre suas paredes. Um casal de octogenários, que teve que se transformar num "exército" de funcionários do lar. Na primeira semana, o fôlego estava maior e, quando percebi, além de toda a roupa pessoal e da roupa de cama e banho, eu tinha os panos de prato e três toalhas de mesa para lavar. Para as refeições, andávamos da sala para a cozinha, atrás de pratos e talheres para arrumar a mesa, descansos para pratos quentes, caixas de chá, galheteiro, açucareiro, porta-guardanapo e tudo que se costuma usar nas várias refeições do dia. Terminadas as refeições, voltávamos com tudo e guardávamos nos lugares. O jeito foi pensar em medidas que facilitassem nosso serviço nesse período tão difícil. Não queríamos terminar o di