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Mostrando postagens de 2019

Natal

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Do Natal ingênuo, com a figura simpática, mas bem pouco vista do Papai Noel, ao Natal agitado, com a figura quase intimidante do Papai Noel. Na infância, a simplicidade. Uma lembrança, colocada sobre os sapatos ao lado da cama, indicava que o Papai Noel havia passado por ali. Um livro, um pequeno jogo, um tercinho com pedras bonitas. Uma simples lembrança trazia felicidade. E o Natal tinha a grande marca da religiosidade. O presépio na Igreja, o presépio montado com detalhes, e ocupando quase que uma sala inteira na casa de um tio. A Missa do Galo à meia noite. Depois, o Natal dos filhos, que também colocavam os sapatos ao lado da cama, esperando a passagem do velhinho do dia 24 a 25 de dezembro. E o bom Papai Noel escolhia os presentes, que poderiam ser cavalinhos, fogões com panelinhas, jogos, roupas, bonecas e até um balanço que, como não podendo ser colocado sobre os sapatos, ficava no quintal esperando que suas crianças acordassem.  O presépio m

Desafio alucinante

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Quando preenchi meu perfil, ao criar esse blog há quase doze anos, me descrevi como uma pessoa que gosta de desafios. Realmente, a vida tem me mostrado que o desafio, no plano das atividades, me motiva, me fortalece, me empolga. Nos últimos dois meses, resolvi enfrentar um novo desafio, o de usar máquina de costura e aprender a confeccionar bolsas de tecido. Minha máquina estava guardada há quase seis anos, depois de um curto período de uso. Ganhei da filha e neta no Natal de 2013, enfrentei o desafio de fazer dois ou três vestidinhos para a Isadora e guardei-a. Pouco entendia de costura e não encontrei ninguém para me orientar. No atropelo do tempo, com os anos se acumulando,  fui me distraindo com  outros trabalhos manuais. O último foi o resgate do bordado, que havia aprendido nos tempos do colégio. Pesquisei um risco, comprei o material e, consultando a memória e aulas virtuais, terminei meu bordado.  Pronto o bordado, a dúvida. Como utilizá-lo? Numa almofada? N

Éramos nove

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Éramos nove, cinco homens e quatro mulheres. Entre o mais velho e o caçula, 18 anos de diferença. Anos que fizeram diferença só durante algum tempo. Logo, todos convivíamos na igualdade. A diferença da idade, sumiu. Carlos era o quinto, vindo logo depois de mim.  Levado, enquanto criança, e corajoso, agindo muitas vezes como um "galinho de briga". Inteligente, trabalhador, dedicado, generoso, rígido, teve grande sucesso profissional. Lembro que no Natal do seu primeiro emprego, chegou em casa como um verdadeiro Papai Noel. Ainda era solteiro, mas com muitos sobrinhos. Para a mãe, trouxe uma máquina de tricô Lanofix, verdadeira coqueluche da época. Para a criançada, diversos tipos de brinquedos. Brincalhão, irreverente, ótimo piadista, provocava muitas risadas na sua plateia familiar. De repente, um AVC, quase o derrubou. Estava se recuperando, e despertando esperanças. Mas veio outro AVC, logo seguido por uma tragédia aérea que lhe levou o filho do mei

Novos ares em fim de semana

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Esse ano, que está quase no seu final, não me propiciou muitas oportunidades de viagens ou lazer. Exposições, limitadas quase que exclusivamente à  maravilhosa mostra das obras da Tarsila Amaral, no MASP. Poucas idas ao cinema. Nada de concertos, teatros, ou shows. Mas, de repente, antes do seu encerramento, eis que parece que os ares mudaram, e tive um agradável fim de semana em São Paulo, também com boas perspectivas para os próximos dias.  De sexta a domingo, o tempo foi suficiente para aquisições com vistas a um novo passatempo, almoço em restaurante peruano, teatro e, ainda, um Festival do Café. A sorte foi que, mesmo sem planejamento anterior, conseguimos participar de tudo, com facilidade. São Paulo oferece uma variedade enorme de programas, e é ótimo poder aproveitar as ocasiões. Foi o que fiz, aproveitando  para comprar material que me será muito útil em novos tipos de trabalho manual. Logo contarei sobre eles. O comércio, em São Paulo, é tentador.

Horário de verão

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Em janeiro do corrente ano, tomou posse, no Brasil, o novo governo federal eleito para nos governar por quatro anos. Em linguagem popular, é um governo que chegou “botando pra quebrar”. Em pouco tempo, deu uma remexida em tudo que estava estabelecido há anos, até mesmo no campo das relações pessoais. Parece incrível, mas conseguiu criar um clima de discórdia, de intolerância, de ódio, mesmo, que alterou profundamente relações familiares e de amizade, que antes aconteciam sem grandes choques. Revogou direitos trabalhistas e previdenciários, cancelou o programa Mais Médicos, reduziu o índice de aumento do salário mínimo, introduziu critérios bizarros para a escolha de ministros, valorizou a mediocridade. E, no meio de toda a mixórdia, acabou com o horário de verão. Desde 1985 o horário de verão era adotado, em grande parte do nosso território, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica. Os relógios eram adiantados em uma hora, durante parte da pri

Imitando ciabatta

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Um pão francês bem feito, fresquinho e crocante, é quase que inigualável. Mas, por vários motivos, entre os quais a presença de glúten, ele nem sempre encontra lugar na mesa. A substituição, contudo, não é fácil.   Só pesquisando bastante consegue-se uma boa receita para lanches e cafés da manhã. Meu último experimento na área dos pães sem glúten, foi usando farinha de grão de bico. O pão ficou bem saboroso e com boa consistência.  Embora não muito bonito. Cortei em pedaços e deixei congelado, para poder consumir no dia a dia. Ao descongelar, levei ao forno, borrifando um pouquinho de água para lhe dar crocância. E assim, com farinhas diferentes, deixamos o trigo de lado e vamos encontrando novos pães. Pois ficar sem pão, é difícil. Pão de grão-de-bico, sem glúten 1 xícara (chá) de farinha de grão de bico 1 1/2 xícaras (chá) de farinha de arroz 3/4 de xícara (chá) de polvilho doce 3 colheres (chá) de goma xantana 1/2 envelope de fermento bio

Difícil é improvisar.

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Há algum tempo, conseguia-se fazer programas com mais facilidade. No meu caso, não só porque a idade era menor, mas também porque era mais fácil conseguir-se lugares em espetáculos e até hotéis. Hoje, tudo tem que ser feito com muita antecedência.  Viagens, dependendo da época, precisam ser resolvidas pelo menos com três meses de antecedência. Caso contrário, passagens serão difíceis, ou muito mais caras, e hotéis preferidos poderão estar lotados. Espetáculos musicais, teatros, shows, também exigem planejamento. Ingressos devem ser comprados com antecedência. Às vezes, durante a semana, surge a vontade de fazer uma viagem de fim de semana, ou de ir a algum teatro ou show. Provavelmente, será difícil. Sem reservas, só por sorte. Parece que, com isso, a vida fica muito esquematizada. Ou se decide tudo com antecedência, assumindo compromissos que não se sabe se poderão ser cumpridos, ou se corre o risco de ficar de fora, na hora de se aproveitar o tempo. Isso porque a su

Desesperança

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Num dos dias do mês de setembro, o mês da prevenção ao suicídio, o jornal da minha cidade trouxe, em uma das chamadas de capa, o seguinte título: Idosos lideram índices de suicídio na região.   Fiquei abismada. A constatação, decorrente de pesquisa realizada por instituto conceituado, é assustadora. E, i nfelizmente, é real. Já ouvimos várias vezes que "envelhecer, não é para os fracos”. Sim, envelhecer, e viver a velhice, é difícil. Exige energia, coragem. São as perdas, de parceiros, familiares e amigos, são as limitações, de locomoção, visão e audição, as angústias das doenças e da dependência. É o isolamento social, a solidão, a falta de afeto. E, em grande número de casos, as dificuldades econômicas, justamente em fase em que as despesas com medicação e atendimento médico são consideráveis, e  em que o conforto, que representa gasto, é imprescindível.  Enfrentando todos, ou alguns desses fatores estimulantes de sentimentos negativos

Aprendendo com os jovens

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Não sei quando a gastronomia japonesa passou a ser adotada rotineiramente no Brasil. O que sei é que os imigrantes japoneses, no início do século XX, chegaram ao nosso país e mantiveram, entre eles, seus costumes e culinária. O que sei, também, é que nos meus tempos de menina e de jovem, não se ouvia falar em comida japonesa, e muito menos em restaurantes japoneses. Talvez, nas grandes capitais, já existisse algum restaurante com seus sushis, sashimis e que tais, iniciando a curiosidade, e a motivação dos locais, para a experimentação dos pratos até então considerados esquisitos. Aos poucos, contudo, o interesse pela comida japonesa foi aumentando, e se mantendo principalmente entre os jovens.   Não poderia ser diferente.   Os jovens, em tudo, descobrem o “novo”, não têm receio de provar e se atiram de cabeça a situações diferentes. E foi assim com a culinária japonesa. Provaram, gostaram e espalharam esse gosto por muitos. Eu, mesma, aprendi a gostar do

Quem me lê?

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Quem escreve, e publica, pretende que seus escritos sejam lidos. Porém, como conseguir leitores? Algumas divulgações entre pessoas próximas, têm certo resultado. Mas é um grupo pequeno e, quando se acompanha o número visualizações de determinados posts, o que se vê é que se tem um número bem maior de possíveis leitores. Há algum tempo, a plataforma do blog abria um espaço para inscrições de seguidores, com seus nomes e fotos. Nessa época, apareciam mais de trezentos seguidores do meu blog.  Que alegria. Como me encontraram? Será que todos ainda me seguem? Desconfio que não, pois as redes sociais absorveram grande parte daqueles que se interessavam por blogs. Uma coisa é certa. Depois que se publica um texto, ele pode chegar a lugares inimagináveis, e atingir pessoas de diversas formações e idades. Curiosa para saber qual o caminho percorrido pelos leitores até me descobrirem, fui pesquisar as estatísticas do blog . No setor "origens de tráfego” to

Pode falar?

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Em tempos em que a comunicação à distância é extremamente avançada, contraditoriamente ela se realiza, muitas vezes, com cuidados excessivos para evitar desconfortos. Há muitos anos, ligações telefônicas entre cidades  levavam horas para se completar. Havia a intermediação de uma telefonista que, ao receber o pedido de uma ligação interurbana, avisava o número de horas de espera pela ligação.  Com o progresso da tecnologia, vieram as ligações diretas. Já se conseguia, embora com custo alto, chamar-se instantaneamente alguém em outra cidade ou país, unicamente com o uso do teclado. Era uma alegria completar uma ligação, sem qualquer dificuldade, e poder ouvir a voz de alguém que estava distante. Com a internet, a evolução atingiu algo até então inimaginável. Ligações sem custo, conversas instantâneas com pessoas em qualquer distância, podendo-se não só ouvir a voz, como ver-se a imagem. Alegria dobrada. Mas, no dia a dia, sinto que a comunicação perdeu muito daquela sen

Surpresa embaraçosa

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Pelo interfone da entrada do prédio, me identifiquei ao porteiro, informando que iria ao apartamento da Dona Lourdinha. Prontamente ele liberou o portão, e eu e minha irmã Lourdes entramos no prédio. O funcionário nos esperava, avisando que podíamos subir. Perguntei: nono andar, não? E ele: sétimo andar. Comentei com minha irmã que sempre tinha um pouco de dúvida em relação ao andar. Subimos, as portas do apartamento já estavam abertas. Estranhei uma escultura logo na parede da entrada (decoração nova?), mas havia uma moça nos esperando e nos encaminhou para a sala. Ao entrar, não atinei para o local. Parece que havia me desligado de todo o entorno, enxergando somente um grupo de senhoras sentadas em sofás, num dos ambientes da ampla e linda sala. Comentei com minha irmã: Será que a Dinha ia receber algumas amigas e nada me disse, quando avisei que iria visitá-la? Bom, nessa altura, já havíamos dado alguns passos, e parado ao lado dos sofás. Olhei, e n

Tapa-buraco

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Os tempos estão tristes. Notícias desalentadoras, expectativas sombrias. Quero escrever, mas nem sempre surge uma ideia leve. De repente, parece surgir uma motivação. Faço uma receita nova de bolo, e logo penso: vou publicar. E não posso deixar de lembrar de fase relativamente recente do nosso país, em que muitos jornais publicavam diversas receitas de bolo em páginas destinadas a comentários sobre economia, política ou assuntos gerais. Às vezes, a receita entrava no meio de uma matéria, outras vezes ocupava um espaço reservado para texto menor, e era interrompida sem conclusão.   Eram os tempos difíceis da ditadura, em que a censura cortava tudo aquilo que entendia que não deveria ser divulgado. E os jornais, preenchiam os espaços com receitas de bolo. Pois bem. Vou apelar para receitas de bolo. Sempre coloquei, nesse meu espaço, receitas que considero interessantes. Pães, bolos, sobremesas doces de família.  Mas agora, elas vão assumir, de vez em quando, o p

Fazendo a festa

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Volta e meia minha netinha Isadora vem passar o fim de semana comigo. E, com ela, sempre estão presentes as ideias de comidas diferentes daquelas do dia-a-dia. Se eu perguntar qual será o cardápio, ela primeiro fala em comida japonesa. E foi o que aconteceu no último fim de semana.   Mas, daí, eu dei um corte: não, chega de comida japonesa.   Que tal um “fondue"? A sugestão foi aceita de pronto. Fomos atrás das nossas pouco usadas panelas de fondue e, em seguida, até o supermercado para a busca dos ingredientes. O jantar de sábado foi um sucesso.   Para facilitar, compramos para o fondue de queijo uma mistura pronta, de queijos suíços. Deu muito certo, e adorei o ritual do consumo ritmado dos pedacinhos de pão italiano, envoltos na massa quente de queijos. Para mim, já estava completo. Mas como estávamos com duas jovenzinhas, a Isa e sua amiga Elena, não poderia faltar o fondue de chocolate. As duas participaram de toda a ar