Melhor idade?
“De repente, sem perceber, passamos para o outro lado”.
"Envelhecer não é para os fracos".
Essas foram frases que me chamaram a atenção no filme "Late bloomers – O amor não tem fim".
A primeira, não sei se foi dita com essas palavras, mas o sentido foi esse. Quem a disse foi a personagem Mary (Isabella Rosselini) quando, vivenciando algumas dificuldades da idade, fala para o marido, com quem vive há trinta anos, que eles envelheceram. A impressão que fica é que os problemas surgiram de uma hora para outra.
E é assim mesmo.
Não se percebe com exatidão essa troca de lado, mas de repente estamos subindo, ou descendo escadas com mais cuidado, de repente estamos nos apoiando para levantar de uma poltrona, de repente estamos olhando, com atenção, para os lugares em que pisamos, de repente estamos tomando remédios de uso continuado.
A segunda frase, que até teve uma tradução meio tosca (para envelhecer é preciso ser macho), foi dita por um amigo do principal personagem, ao relacionar uma série de limitações que passou a ter com o envelhecimento.
Sim, para envelhecer é preciso ser forte, de preferência. Só assim os limites serão enfrentados com tranquilidade, as perdas serão aceitas, a solidão não pesará e a alegria de viver será mantida.
O filme é muito interessante, e é classificado como comédia dramática.
É a classificação adequada para os filmes que abordam o quotidiano da vida. Sim, porque toda vida tem sua parte leve, alegre, e tem sua parte difícil, pesada.
Os atores estão ótimos. William Hurt faz o papel de Adam, um arquiteto premiado.
Isabella Rosselini foi escolhida para o papel, porque era uma das poucas atrizes quase sexagenária que não havia se submetido a qualquer cirurgia plástica de rejuvenescimento.
Penso que o filme não agradará aos mais jovens, porque ainda não pensam na inevitabilidade da velhice.
Mas os mais maduros, e aqueles que romperam a barreira dos 60 anos, riem bastante e se identificam, em muitas passagens, com os personagens.
E o filme, embora trate dos problemas da velhice com humor e leveza, também deixa claro, sabiamente, que a expressão melhor idade não é a mais adequada para essa fase da vida. Melhor, por que?
Concordo plenamente contigo.
ResponderExcluirMelhor idade? Não acho,não!!!
Também preciso cuidar por onde ando, um monte de senões...
Pena,né?
Mas vamos aproveitando!!! beijos,chica
Oi, Helô,
ResponderExcluirEste negócio de 'melhor idade' é uma dessas bobagens politicamente corretas que visa - como costuma dizer a minha mãe - "tapar o sol com uma peneira", rsrs. Todavia, eu estou cada dia mais convicta de que pelos menos uns 60% das perdas ocasionadas pela idade poderiam ter sido evitadas, se não vivêssemos de forma tão errada, rsrs. Sim, porque, da alimentação ao modo como somos ensinados a encarar os desafios, e mais ainda as tribulações, tudo é mais ou menos, digamos, contraproducente.
Já tive a sorte de conhecer pessoas realmente idosas (acima dos 80 anos) saudáveis, ágeis (mental e fisicamente) e muito produtivas. Mas, olhando de perto, percebi que tudo na vida da pessoa fora diferente, ainda que a partir de um determinado ponto (caso de uma pessoa que se tornou adepta da prática da Yoga depois dos 30 anos).
Quanto à Isabella Rosselini, dei à minha filha o nome dela (em 1994), de tanto que a admirava. Ela tinha sido, uns anos antes, a garota "Lancôme", provavelmente a mais festejada de todas, rsrs.
Beijoca e bom fim de semana, darling!
Não existe melhor, nem pior idade, na minha opinião, existe a idade em que a gente está, a idade do presente, do fazer agora, do não deixar pra depois, do se amar, se admirar, se cuidar, se querer...seja com 15, com 30, 50 ou 80...todas as idades te serão ótimas, basta você conseguir vivenciá-las com a maior intensidade que conseguir!
ResponderExcluirUm abraço,
quero ver esse filme de novo!
Puxa Helô, este filme deve ser ótimo.Só pelo trailer senti que a abordagem e olhar sobre o tema é bem interessante.Acho uma cretinice (desculpa se o termo foi feio,mas é assim mesmo que vejo)conceituar como melhor idade com tudo o que implica esta fase e olha que não acho que seja ruim e nunca achei.É um processo natural da vida.Encaro que se você se prepara com mente e corpo em plena saúde física e emocional é possível passar com mais leveza e equilíbrio por esta etapa, apesar dos pesares que vem no pacote. Porém vou mais além, a sociedade não respeita, não absorve e não dá suporte apropriado aos nossos velhinhos e isto é preocupante.
ResponderExcluirAgora te confesso que sempre penso que atravessar esta ponte se torna mais fácil acompanhada. Acredito, não sei se é ilusão ou não,que a dois deve ser mais suave. Será?
bjos
Pronta para assistir, Heloísa.
ResponderExcluirTambém não gosto de "melhor idade", nem de "idosa". O tempo nos dá muitas coisas, ao mesmo tempo que tira. Mas cada fase é uma fase, e temos que nos preocupar com a velhice ainda na juventude. Uma vida saudável provavelmente vai dar numa velhice idem. Mas não é regra. De todo jeito, com um amor e uma boa companhia sempre vale a pena.
Não ligo pra rugas, "brigo" com vontade de deixar meus cabelos embranquecerem sem tinta, "Tô nem aí" pra pneuzinhos, celulite, flacidez, (as estrias nunca me quiseram)e vivo da melhor maneira que posso, com todas as limitações que chegam. O importante é ter saúde, paz , amor.
Bom fim de semana!
Oi dona Heloísa, tudo bem?
ResponderExcluirÉ bonito alguém dizer que, dentre as coisas que traz de melhor consigo, que a idade seja uma delas. Vejo uma dimensão muito grande neste tipo de orgulho. Revisitar a si mesmo é sempre uma tarefa emocionante, e com muitos anos acumulados deve ser ainda mais comovente. A vida sempre tem razão.
Um forte abraço
Oi, Diego,
ResponderExcluirQue prazer em receber um comentário seu.
Beijo.
Dona Heloísa, o prazer foi meu.
ResponderExcluirUm beijo e um abraço.
Concordo com a Renta em seu comentário acima, acho que não existe melhor ou pior, só mesmo a idade em que se está, o momento que vivemos com intensidade, é o que basta!
ResponderExcluirÓtima semana para você querida
Bjuss!!!
Ótima crítica, Helô!
ResponderExcluirVou ver esse filme sim. Etou com 54 anos e entendendo que a idade é um benefício que Deus nos dá.
Bj e uma ótima semana,
Lylia
Helô, seu relato me deu a maior vontade de assistir o filme! A expectativa de todo mundo é envelhecer um dia, né? E adoro ver filmes com a Meryl Streep e a Diane Keaton se relacionando com o Alec Baldwin, jack Nicholson etc. Os filmes retratam mulheres bem sucedidas, de bem com a vida, praticantes de atividade física, saudáveis, maduras, inteligentes e que, apretemente, souberam envelhecer com serenidade. Espero ter maturidade e serenidade suficientes para aceitar que a vida é assim mesmo e admiro muito a Isabella Rossellini por ter uma aparência natural. E ela continua linda!!!!! Com certeza, alugarei esse filme. Obrigada pela dica!
ResponderExcluirMinha mãe é uma jovem senhora de 51 anos e nunca pensei que ela teria problemas com a chegada da idade, porque sempre foi bem saudável e ativa, mas agora ela está com problemas na coluna,tá com reumatismo e usando óculos, fora a menopausa né.
ResponderExcluirAcho que com a idade tudo fica beeeem mais díficil mas também adquirimos mais sabedoria e paciência para encarar as adversidades que continuarão surgindo.
Bjs!
Oi Heloisa passei para lhe dar um beijinho grande
ResponderExcluirA idade maior, não é melhor nem pior. É apenas a idade, uma idade. Cada pessoa sabe como vivê-la, aproveitar o que ela pode proporcionar.
ResponderExcluirNão se deve reclamar...APENAS VIVER!
Um beijo, Heloisa,
da Lúcia
Oi Heloisa! Estou em férias e ontem fui almoçar com minha mãe. É inacreditável mas conversamos exatamente sobre isso! Ela começou a dizer que o termo 'melhor idade' não é o mais adequado para a fase da vida que ela está passando. Ela tem 60 e poucos anos. Beijos, Paula
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