Viver só
Normalmente, o idoso não tem nenhum compromisso diário que
permita, aos outros, perceber sua ausência, quando ele falta.
Às vezes, fica vários dias sem sair de casa, e sem receber visitas. Nem sempre
recebe telefonemas, ou entra em contato com amigos ou parentes.
E, de repente, ele tem um mal súbito, que o impede de pedir
socorro.
Cai, e fica ali, no chão, sofrendo, e aguardando que alguém se lembre
dele e telefone, ou apareça na sua casa, e estranhe o fato dele não atender o
telefone, ou a porta.
E foi o que aconteceu com uma conhecida. Octogenária,
vivendo sozinha, foi encontrada no chão, por dois sobrinhos que haviam
estranhado o fato dela não atender o telefone. Ela havia sofrido um AVC, e ali
estava esperando socorro, parece que há oito horas.
Penso que isso deve ser mais comum do que imaginamos.
É
triste, muito triste, mas de solução difícil.
Nem sempre, o idoso que vive só, tem meios
de manter uma empregada diária, ou uma cuidadora.
E também é quase impossível manter segurança pelas 24 horas,
a não ser que pudesse contar com as ajudantes dia e noite.
Viver em casas de repouso?
Viver em comunidade? Como seria bom se tivéssemos
comunidades como o cinema nos tem mostrado (E se vivêssemos todos juntos, O Quarteto).
O fato é que o problema existe e, se a solução é difícil, é preciso tentar minorar os riscos.
E
daí que pensei como seria bom um trabalho junto aos condomínios.
Seria importante o
zelador saber quais são os idosos que vivem sozinhos no prédio, para poder
ficar atento a eventuais problemas.
E o síndico poderia implantar um tipo de
comunicação interna, para que os condôminos pudessem saber quem mora ao seu
lado que, às vezes, poderá ser alguém que vive sozinho. E que, eventualmente,
precisará ser socorrido numa maior dificuldade, ou mesmo ajudado em alguma coisa bem simples.
Ainda
outro dia li sobre esse tipo de ajuda simples que pode ser prestada por um
vizinho, e que pode ser tão importante para um idoso. Por exemplo, ao sair para
ir até a padaria, oferecer-se para lhe comprar um pão fresquinho.
Enfim, para tentar minorar o problema, é preciso descobrir uma forma de desenvolver a
solidariedade entre aqueles que vivem em condomínio e que, muitas vezes, nem
conhecem seu vizinho de porta.
Será isso uma utopia?
Helô,
ResponderExcluirConheço alguns casos assim. Num deles, a pessoa teve um AVC, em 2 outros casos as pessoas faleceram sozinhas. É triste demais sentir-se desamparado.
Sua sugestão é humanitária, não utópica. Faz um bem enorme para quem doa e para quem recebe.
Bjs.
Muito boa a ideia e me parece bem viável, pois com o mínimo de boa vontade nos condomínios é de fácil aplicação.
ResponderExcluirVale uma campanha, contato com administradoras etc! Aliás, coloca link para Facebook aqui no blog, assim já compartilhamos direto!
beijos
É assim mesmo Helo, uma decisão difícil , mas necessária! Estou com problemas com minha mãe e sogra, com cuidadora e enfermagem, mas vamos indo. Aqui no interior, os vizinhos são mais presentes, oque é muito bom! Bjs,
ResponderExcluirNem um pouco utópica a sua ideia, Heloísa. Perfeitamente viável e necessária, além de tão simples, como vc mesma disse.
ResponderExcluirNão gosto da ideia de viver sozinha, às vezes fico em casa, quando marido vai para o sítio, e penso muito no quanto é desnecessário. Ainda mais que, por segurança, colocamos cadeados nos portões, então aí é que ninguém pode entrar, visto que não há acesso para eles (os cadeados) pelo lado de fora.
Enfim, é uma situação difícil para quem tem parentes mais velhos que insistem em viver sozinhos. (muitos podem viver com filhos ou parentes, mas não querem).
Também há aqueles que realmente não têm parentes ou se os têm, estes não os querem por perto.
Eu detestaria ter que viver com filhos. Mas prefiro, à ideia de ficar sozinha.
Beijo!
Bom dia, Helô!
ResponderExcluirEsta questão merece mesmo ser examinada e uma solução há que ser encontrada. É uma questão complexa, pois muito do isolamento do idoso reflete o individualismo dos nossos dias. Nada contra isso, uma vez que eu mesma, desde jovem, tendo a preferir estar só, rsrs. Mas a gente tem de considerar todos os aspectos de nossas escolhas, não é verdade?
Um beijo!
Heloísa, esses fatos fazem mesmo pensar. Tua ideia é bem boa. Aqui no prédio, temos vizinhos que raramente vemos.
ResponderExcluirMas sempre perguntamos uns pelos outros e assim temos essa noção que está ou não bem a coisa ! A solidariedade deve existe. Minha mãe, por doença. teve que ir para uma clínica de recuperação e idosos. não saiu mais.
Mas também nelas há problemas e muitos. Se ela não tivesse uma boa aposentadoria pra pagar todo o custo(ALTÍSSIMO!)como seria?
Teria que morar com filhas e ela nunca quis.Nunca se misturou! Sempre se manteve no seu mundo, nem os netos eram bem recebidos lá. Hoje, recebe as visitas lá e tem assistência 24 horas, por conta particular, pois a da clínica não é suficiente. Vemos cada caso que nem imaginas e basta olhar pela porta, no mesmo corredor... Assim, só com muita solidariedade mesmo pra resolver, pois alguns lá estão jogados, chamando pela enfermagem e assim ficam, sujos, fedorentos. Uma pena!
beijos,chica
Heloísa, eu moro no Japão e aqui temos muitos idosos, a prefeitura tem uma lista dos idosos que moram sozinhos e eles colocam funcionários que vão de moto, fazer visitinhas.
ResponderExcluirTodos o prédios daqui tem uma caixinha vermelha, geralmente na cozinha e banheiro, quando alguém precisa de socorro abre a caixinha e um alarme toca no prédio, bem alto e todos escutam, eles já estão acostumados a socorrer, e sempre ajudam, aqui eles são muito unidos e se preocupam muito com os idosos, a prefeitura oferece médicos e tratamento especial para idoso, ele pode passar o dia todo no hospital, uma vez por semana e ali eles ficam numa boa e até cabeleireiro dentro do hospital tem, para levantar a auto estima deles, estou falando de hospitais público e não particular, estou falando da classe mais pobre, pois aqui também tem pobreza.
Fica com Deus, Bjs
Acho o máximo seu blog,seus relatos ...,parabéns!
ResponderExcluirBom dia,um abençoado domingo e ótima semana.