Notícia alvissareira



A leitura de jornais usualmente é pesada, e até deprimente.
Notícias desanimadoras, tragédias e problemas sem fim.
Já ameacei deixar de ler jornais, mas é difícil romper um hábito adquirido desde a infância. Assim, depois do café da manhã, começo o meu dia lendo jornais.
Às vezes, aparece algo alentador. E foi o que aconteceu na última semana, quando li, na Folha de São Paulo, sobre o projeto que vai alterar o ensino no município de São Paulo.
Fiquei extremamente animada com a notícia, e com o que esse programa pode representar para o futuro das crianças e, obviamente para a sociedade.
E do que se trata?
Simplesmente de novas regras na avaliação do ensino e dos alunos. E com possibilidade de um maior nível de exigência, com vistas a um melhor aprendizado.
O que ocorre é que hoje só é admitida a repetência no 4º e no 9º anos do ensino fundamental, o que permite que alunos praticamente analfabetos sejam retidos somente no quarto ano. Isso, evidentemente, é um descalabro, e dificilmente haverá recuperação para quem passou pelas séries básicas sem estar plenamente alfabetizado.
O mesmo acontece no segundo ciclo do ensino fundamental. A aprovação, do 5º ao 9º anos é automática, e muitos chegam ao último ano do ensino fundamental sem o devido preparo.
Com o novo projeto de educação, será possível a repetência em praticamente todas as séries do ensino fundamental, quando o aluno não apresentar a evolução necessária.
Mas não é só isso.
Com o novo sistema educacional haverá o resgate de práticas antigas: a lição de casa, o boletim mensal, com notas de zero a dez, a realização de provas bimestrais e os relatórios de acompanhamento. Achei esses pontos muito positivos, edesconhecia que essas práticas tão importantes, como lição de casa e provas de avaliação, eram facultativas.
Haverá, também, um maior apoio aos estudantes, com a criação de recuperação intensiva nas férias e durante o período letivo, e criação de dependências nos 7º e 8º anos, caso o aluno não tenha bom resultado em uma matéria.
Consta, ainda, que esse programa também trará melhorias na infraestrutura do ensino, e na preparação e aperfeiçoamento dos professores.
Torço para que esse projeto, cuja implantação está prevista para o próximo ano letivo, realmente  se transforme em realidade pois, tudo que for feito para melhorar o ensino, merece aplauso.
Palmas para a Prefeitura de São Paulo.

 

Comentários

  1. Bom dia, Heloísa!
    Uma boa notícia é sempre o que eu persigo e esta é mesmo das boas, tudo o que tange a educação em nosso país, merece respeito, o cuidado de ler e se interessar.
    Tomara que estas medidas deem certo e que possa se espalhar por outros estados. Não existe nada mais importante para se mexer e endireitar em nosso país do que a Educação.
    Como já dizia o primeiro ministro inglês, Toni Blair, Education, Education, Education em primeiro lugar.
    grande abraço carioca


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  2. Aplausos mesmo pra esse iniciativa. Já é hora de retornar às velhas práticas! beijos,chica

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  3. Olá, querida, boa tarde,

    Nos últimos anos eu também tenho considerado a idéia de abandonar os jornais. E pela mesma razão, rsrs. Até já pensei que qualquer um que passar a publicar um jornal ou revista que noticie mais coisas positivas (verdadeiras, claro), do que negativas, tem alta chance de fazer sucesso, pois todos estamos mais do que saturados de toda a negatividade da vida, né? rsrs.
    Quanto à boa notícia, fiquei também surpresa com as informações sobre a não obrigação, com relação ao dever de casa, e mais ainda com a "proibição", em determinadas séries, da reprovação dos alunos com desempenho insuficiente. Onde já se viu isto? Só no Brasil, certamente!
    É interessante constatar que os métodos educacionais antigos são ainda os mais eficientes, e que as "modernidades" são provavelmente a maior causa de termos uma educação tão precária! Torço para que as mudanças tragam bons resultados.

    Um beijo!

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  4. Uma boa notícia, mesmo, Heloísa.
    Acho a reprovação de ano uma ação dolorosa mas é necessária, se o aluno realmente não tiver proveito. A recuperação, pela própria escola, ao longo do ano, é uma boa. Esta atitude, da prefeitura de SP é louvável.
    Tomara que "puxe" outras prefeituras, em outros estados e/ou cidades, para um comboio forte cruzando as terras do Brasil.
    Beijo!

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  5. Palmas si paraa la prefeitura, aquí en España también hemos pasado por años de demasiada benevolencia con los alumnos y ahora ellos están pagando las consecuencias cuando llegan a la Universidad, esperemos que poco a poco se vaya solucionando este probema quye va en detrimento de la educación. Un beso Heloisa

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  6. Não sabia desse projeto. Estamos voltando ao passado, bem, pelo menos na minha época era assim: repetia-se a 1ª, 2ª, 3ª série (do primário) e por aí vai. Importante, porém, levar em consideração que um indivíduo não deve ser apenas INSTRUÍDO mas EDUCADO também. Conheço gente bem instruída, mas sem um pingo de educação. É preciso mobilizar a sociedade para iniciativas no sentido de educar. Abraço, Paula

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