Livros e e-books

Livros são nossos companheiros constantes. Depois de lidos, precisam ser guardados e, ainda que de vez em quando sejam doados, vão se acumulando e exigindo novos espaços.

Nas viagens, dependendo da duração, sempre carregamos um ou mais volumes.

E foi justamente por conta de uma viagem longa, com vários dias de navegação, que me rendi ao livro digital (e-book). Teria que carregar uns três livros, e o peso seria, sem dúvida, um complicador.

Para que se possa ler um e-book, é preciso ter um leitor de livro digital e eu optei por um Kindle, artefato pequeno (12x17 cm), leve, capaz de armazenar um número incrível de livros: penso que algo em torno de 1000 livros.

Sua tela iluminada, que tem ( 9x12,2 cm) não tem reflexo, permitindo a leitura em lugares escuros ou muito claros. O tamanho das letras é regulável, característica que, aliada à iluminação não reflexiva, torna, a leitura confortável em qualquer ambiente. 

A compra de livros é simples, embora limitada aos títulos oferecidos pela empresa titular do Kindle. Escolhido o título, a aquisição se dá pela internet e, em pouco minutos o livro está no seu aparelho, pronto para ser lido.

Pelo seu tamanho, meu leitor de livro digital cabe em qualquer bolsa, podendo ser transportado com a maior facilidade.

É perfeito?

Substitui o livro tradicional?

Não, não substitui o livro tradicional. 

São realidades diversas, usadas em condições diversas. Mas que podem, com certeza, conviver tranquilamente.

Se o livro de papel é muito pesado, difícil para ser mantido na posição de leitura, ou se foi editado com uma letra muito pequena, o livro digital ganha a parada. É muito bom poder escolher o tamanho da letra, principalmente quando se tem mais de 50, 60, 70 anos, e é muito bom não precisar ficar em busca da melhor posição para carregar o peso do livro, durante a leitura.

Agora, se o livro que está sendo lido é daqueles que precisa, às vezes, de um retorno para páginas já lidas, talvez para reforçar o entendimento, ou para esclarecer dúvida, o livro de papel é vencedor. Aquela coisa gostosa de folhear um livro, para reler algumas passagens, só é possível num livro de papel.

Um ponto negativo do livro digital, é que ele não pode ser emprestado. Mas penso que pode ser presenteado, desde que a pessoa tenha um leitor de e-book. 

Um dos pontos positivos é o acesso rápido, a um livro de interesse, de qualquer local em que se esteja. O e-book é, praticamente, um livro portátil. Ao contrário do livro tradicional, que para ser acessado precisa ser buscado numa biblioteca, livraria, ou na estante da nossa casa.

Assim, e-book e livro tradicional são instrumentos de leitura semelhantes, porém realidades diversas, cabendo a cada um escolher aquele com o qual tiver melhor adaptação.

Ou, melhor ainda, ficar com os dois.