Apelidos


Quando falei sobre o casamento dos meus pais, disse que meu pai também era conhecido por Miúdo. Algumas das minhas comentaristas estranharam esse apelido, visto que, pelas fotos, elas percebiam que ele era alto.

É verdade, meu pai era um homem alto e, para sua época, muito alto, pois tinha 1,84m. Já havia falado sobre esse apelido anteriormente, atribuindo-o à sua ascendência portuguesa, pois em Portugal miúdo significa criança. E ele o recebeu em sua casa, provavelmente de seus pais, quando era uma criança. Cresceu, mas continuou a ser chamado de Miúdo, por seus irmãos e primos.

Essa questão de “apelidos” é interessante. Há famílias em que os apelidos são a regra. A família do meu pai era assim. Todos tinham apelido. Seus pais, meus avós, eram Chiquinho e Nicota (Maria das Neves). Seus irmãos eram Mana (Maria Amélia), Miloca (Amélia), Nenê (Francisca), Sinhá (Maria Luiza) e Chico. 

Além de Miúdo, meu pai (primeiro filho homem) também teve o apelido de “sinhozinho” (que durou pouco tempo).

Apelido é algo muito forte. Quando pega, atravessa a vida da pessoa, originando situações curiosas. Um exemplo é o da minha tia Nenê. Com certeza, recebeu esse apelido logo que nasceu. Acontece, que não perceberam que ela deixou de ser um nenê risonho e corado, e assim continuaram a chamá-la. Transformou-se numa senhora (que viveu quase 80 anos) e que, até o fim da sua vida foi chamada de Nenê (pelos parentes), e de Dona Nenê socialmente.

Há apelidos óbvios (Zé, Beto, Beth, Carol), outros por motivo de algum traço físico, e ainda outros derivados de algum tipo de comportamento do seu portador (Risadinha, Beijoqueiro). Há apelidos que servem para ridicularizar, e outros para acarinhar.

E também existem os apelidos transitórios, geralmente dados no tempo do colégio. Eu mesma, tive um apelido transitório, dado pela turma de amigos de um primo. Eu era a "magrinha". Já imaginaram que maravilha? Na época eu não gostava nem um pouco, mas hoje seria música para meus ouvidos.

Mas esses apelidos caricaturais, tanto quanto os apelidos diferentes, como Miloca e Nicota, Picuxa (conheci uma), Tico-tico (famoso repórter de tempos atrás),  parece que já não existem.

Talvez seja influência da correria da atualidade, pois quase todos os apelidos, de hoje em dia, correspondem à primeira sílaba dos nomes próprios. Ou será isso uma tentativa de democratização?

Assim, temos o apelido “Ma”, que serve para chamar Marcelo, Mauricio, Maria, Marta, Marina e qualquer outro nome que se inicie pela sílaba “Ma”.

“Ro” pode ser Roberto, Roberta, Romeu, Rosilda, Rosângela, Rodrigo ...

“Re” serve para Regina, Renato, Rebeca. O nome inicia por “Lu”, "Fe" ou "Ju"? Provavelmente seu portador será chamado pela primeira sílaba, principalmente pelos amigos.

Há alguém por aí que seja conhecido por apelido?

Ilustração daqui.

Comentários

  1. rsrsr, legal apelidos, minha tia se chama Maria da Gloria mais todos conhecem como Quinha, nada à ver né? Ser chamada de magrinha é um previlêgio né? A tem também Dondora (Isadora) rsrsrs
    Beijos

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  2. Adoro apelidos carinhosos, em casa minhas filhas são Helô / Lolô - Mimi / Lella; marido sempre me chamou de Má, quando ele me chama de Maira até arrepio, lá vem bomba, rsrsrs.
    Agora sinto saudades tb. da época da escola qdo. era a "Olívia" da Olívia Palito, na época eu detestava, rsrsrs.

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  3. Gostei do post, bem divertido e descontraído, eu sempre fui Danny, minha mãe é Aparecida mas detesta, só gosta que chamem de Cida, meu cunhado é Luis Carlos e só chamamos de Calo, meu marido Rogério ainda hoje é chamado pelas primas de Delo, minha Tia Emilia só chamamos de Mila e minha vó que se chama Senhorinha, é chamada por seus irmãos e parentes de Sura, rs.
    Quando eu tava na escola me chamavam de testuda (porque será???) eu odiava, na escola todos somos muito maldosos e geralmente apelidamos a pessoa de acordo com o que ela tem de defeito, tomara que a Nathalia não passe por isso, rs.
    Beijos "Helô" e mande beijos pra "Pri" e pra "Dodora".

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  4. Eu, Rejane, só me conheço por chica...

    Desde pequena e quando entrei pra universidade, estranhei que me tratavam de Rejane. è estranho e aqui em casa, todos temos...beijos,chica

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  5. Helô,
    Lá em casa tínhamos apelidos sim, tipo: Naninha para minha irmã Rosane, Zizinho para meu irmão Luis e eu sempre fui Bethinha ou Beth.
    Chamo meu filho de Totó ou Danzinho e o marido de Mazinho.
    Tenho mania de diminuir os nomes, omo já fiz com o seu, acho que é uma forma de manifestar meu carinho com alguém, se bem que há pessoas que não consigo achar um apelido, não sei porquê?!
    bjs cariocas

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  6. Tia Heloisa querida,
    Muito legal seu "post". Minha irmã e meu cunhado até hj se chamam carinhosamente por Tico e Tica. Minha cunhada me chama de "marreca". Ai em Santos ninguém sabe o nome do Sérgio, mas se falarem Bacalhau não haverá dúvida a quem se refere. Ah, já ia me esquecendo eu chamo a sua Pri de Priscilius, ela me chama de Barilius (bari de barriguda) e nossa amiga comum é Anilius.

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  7. Helô,

    Em casa não tínhamos apelido, meu pai detestava. Dizia ele: quebramos a cabeça pra colocar nome bonito nos filhos para os outros tratarem por apelidos?
    Rsrsrs, acho que meu pai tinha razão neste sentido, porém há nos apelidos aquele sentido implícito de carinho, não é mesmo?
    Então, conheci o Wagner e na casa dele todos os 8 irmãos tem apelidos. Ele mesmo é o Gigio, tem também a tia Nenê daqui, o Totinho, o Tonico, a Peta e por aí vai...
    Meus filhos não tem apelidos, mas vez ou outra nos dirigimos a eles de forma diferente como Picuxa, Bíbi, Neguxita, Neguxito, etc...

    Bjs, Elaine

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  8. Veja só, quando pensei em um nome para o meu filho, fugi daqueles que poderiam incorrer em apelidos, ele foi então registrado como Martin (como o Luther King)e não é que no ensino médio, ganhou o apelido de Moka? E até hoje não sabe explicar porque, mas não se incomoda,usado naturalmente apenas pelo amigos e que leva até hoje na faculdade.

    Meu pai tem apelido para todos os filhos, mas só ele os usa, o meu, é inconfessável...
    Delicioso o seu post.
    beijinho

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  9. Aqui em caa todos temos apelidos, mas não chega a ser regra só sermos tratados por eles.
    No blog, adotei o apelido de família...
    Bjs.

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  10. HELOISA QUANDO CRIANÇA SÓ TINHA APELIDOS QUE DESTACAVA AQUILO QUE TINHA DE MAIS FEIO!
    HOJE TENHO UM APELIDO QUE ME FOI DADO POR UMA CRIANÇA POR Ñ SABER FALAR DIREITO:DISSERAM PARA ELE LEVA ISSO PARA AQUELA LOIRA DAI ELE ME CHAMOU DE LÔLA PRONTO PEGOU TODOS ME CHAMAM LÔLA!!!JÁ SE VÃO MUITOS ANOS DESDE ESSE DIA...
    BJIM

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  11. OI, querida
    Eu fui a única da família que não tive apelido. Meus irmãos tiveram...
    Quando cresci,na Faculdade, fui chamada de "Rô", como vc postou... e até hoje minha amiga do coração me chama assim, é só ela...
    Bjs, "Helô"

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  12. Heloísa, eu sou Isabel, mas as pessoas chamam-me Bela, Bélinha ou Bé. É raro alguém me chamar de Isabel! E é pena porque eu gosto muito de Isabel :)
    Bjs

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  13. Helô, querida, boa tarde!

    Eu fui uma das que destacaram o apelido 'Miúdo'. Mas fiz isso por mera curiosidade, rsrs, já que também tive uma tia-avó (e um primo) que ganharam o apelido 'Nenê', do qual jamais se livraram. Na casa dos meus pais também todos tínhamos (e ainda temos!) apelidos e alguns deles são simplesmente aleatórios, rsrs.
    Mudando de assunto, já atualizei a leitura do seu blog e, nisso, vi a sua fofíssima netinha, que também é sortuda, pois ganhou um conjunto de chef lindinho!.
    Beijinho e feliz Páscoa!

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  14. Eita que esse negócio vai longe. Lá em casa são duas Cláudias, duas Anas, dois Luizes, dois Augustos, duas Augustas, duas Marias. Então já viu: todo mundo tem apelido.

    Meu pai é Luiz Augusto e minha mãe, Maria Augusta. Eram: Dudu e Gustinha.
    Eu, Cláudia Maria, minha irmã Ana Cláudia. Eu era a Dinha, ela, a Cacá ou Aninha.

    Tem a Ana Karla, minha segunda irmã, que ficou sem apelido, pois a Cacá tinha logo dois.

    Tem a Luíza Augusta, minha terceira irmã, e o Luiz Augsuto meu irmão caçula. ERa a Lulu e o Luizinho.
    Os apelidos nasceram para nos diferenciar. Ô família sem criatividade na hora de nomear os filhos!

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  15. Helô, minha avó materna era chamada de Bá. Todos pensavam que o nome dela fosse Bárbara, só que quando ela foi se casar, descobriu que o nome na verdade era Juracy. Rsss. Mas, ela já era chamada há 16 anos de Bá, e assim ficou até seu falecimento, aos 90 anos.

    Lá em casa eu sou "Patinha", que deveria ser o diminutivo de Patrícia, mas, tem um certo duplo sentido por eu ser sempre a boazinha.

    Beijos

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  16. Acho que já te contei que as irmãs chamavam a minha avó de Gegena (Violeta Ephigênia era o nome dela) e eu não gostava. Elas chamavam:

    - Gegena!

    E eu protestava:

    - Nâo é Gegena. É vovó!

    Beijos, querida Heloisa. Feliz Páscoa para você e sua família!

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  17. Heloisa
    FELIZ PÁSCOA PARA VOCÊ !!
    Deus Abençõe a sua Vida
    Hoje e Sempre !
    Beijinhos

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  18. Helô, eu costumava em casa apelidar(carinhosamente) minha mãe, meu pai e minha irmã de acordo com os momentos, por exemplo minha irmã era perua mirim, e esses apelidos vinham pra alegrar nossas horas juntos. bjusss

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  19. Mimha mãe é mestre em colocar apelidos, e alguns são engraçados demais. O meu pai ela chamava de Quéu, que segundo ela era um diminutivo carinhoso de "Querido", e meus filhos sempre o chamaram de Vô Quéu, e alguns sobrinhos também o chamavam assim.
    Beijinhos de Feliz Páscoa!

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  20. Olá, Amiga.

    Que seja um lindo DOMINGO DE PÁSCOA em comunhão com DEUS e com a FAMÍLIA.

    Beijinhos

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  21. Helo
    Que delicia de post!
    Nossa na minha familia tb tem um montao de apelids. Minha avó materna é a rainha dos apelidos, uma delicia!
    Obrigada peloslindos comentários no meu blog, estamos tao felizes com o Pedro!
    Penso que um dia vc vai conhece-lo pessoalmente, qdo eu for para SP te aviso, quem sabe né?
    Mil beijoe feliz páscoa para vc e sua familia!

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  22. Tia, que post maravilhoso. amei!!

    Bom, meu pai é Nozão(Joanor) pois meu irmao é Nozinho(Joanor junior). Minha irma é Tellinha (Regina Stella).. e eu... bem... em casa eu fui Tatu quando criança, bruxa, gorda(pois na época, apensar de nao ser gorda, era mais gostosa que minha irmâ que era magra), Lu...

    HOje em dia, cada um me chama de uma maneira, o que eu acho muito engraçado.

    Meu pai me chama de Lú,ou Lucia, minha irma me chama de LUCIANA( por causa de uma prima minha, a cuca), tenho 2 amigas que me chamam de Lulu, Uma me chama de Lucinda, outra de Lucia mesmo!!!! E assim vai.
    EU me auto denominei Tchu na internet e assim tem sido.
    A Minha familia, do SEU LADO, ainda me chama de LUCINHA!!! mesmo as primas que sao mais novas do que eu!! hahahaha

    Mas o que eu mais gosto mesmo é de ouvior TIA LUCIA dos meus sobrinhos e qualquer coisa que meu filho me chame!!! hehehehe

    EU adoro apelidos e os uso o tempo todo. Chamo as pessoas de lindinhas, fofuras, fófis, fofoleca, CHamo meu pai de " Seu Djanas!!" Minha irma eu chamo de reggae-maria ou de Reginette.

    Meu filho, lindo, amado, adorado, eu chamo de fofo, carunchinho, gotosinho, filhotinho, dieguinho, bunitinho.. apeasr dele ja estar com 14 anos e detestar esses MICOS de mãe!!

    UFA!!!!

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  23. meu apelido tb é Miúdo, todos me chamam assim, com quem não conheço fico um pouco com vergonha.
    carlos.hn@hotmail.com

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  24. Eu tive apelidos na infância, adolescência e até mesmo adulta, depois acabaram. Lembro de alguns como afetuosos, que vinha de pessoas que gostei muito, outros nem tanto, principalmente dos tempos de escola.

    Minha tia/madrinha se chama Maria Margarida, mas desde que me conheço por gente a chamo de tia Fiinha, certa vez fiquei na casa dela p cuidar do cachorro enquanto ela viajava...Ligararam a cobrar do Rio de Janeiro, era a dona Maria, posso completar a ligação?
    A moça aqui:-Não mora nenhuma Maria aqui! :D
    As vezes a ficha demora a cair.
    que fofos e divertidos os saquinhos!

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  25. Heloisa me he encantado tu post, yo de pequeña no tenía apodo, salvo el de un tío mío que hasta su muerte me llamó "paniquesa", por el personaje de un cuento, todo el mundo me llamaba María Pilar, salvo cuando la había hecho gorda que entonces me llamaban María del Pilar y los dos apellidos, entonces me ponía a temblar. Cuando cumplí los 13 años decidí no contestar salvo que me llamaran Pili, gran error ahora odio ese diminutivo, pero me lo he tenido que tragar ahora me llama así toda mi familia, aunque fuera de casa soy Pilar, pero la broma ya empezó el día de mi bautizo, el cura decidió bautizarme como María de la Columna Quintina, Leonor, Antonia, ya ves como se va cambiando a medida que pasa el tiempo... A mis hijos todo el mundo los conoce por MON y FONCHO, en lugar de José Ramón y Alfonso y para eso discurri tanto...,

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