Simbiose perfeita

Há pouco tempo assisti ao filme "A verdadeira dor", e saí do cinema com uma sensação de leveza. Embora o tema do filme verse sobre a dor causada pelo Holocausto, a trilha sonora do filme é um enlevo só.

"A Verdadeira Dor", escrito e dirigido por Jesse Eisenberg, estrelando Jesse como David Kaplan e Kieran Culkin como Benji Kaplan, conta a história de dois primos que viajam à Polônia para descobrir mais sobre suas origens, e para homenagear a avó falecida.

Na Polônia, os primos participam de um grupo de turismo, e inúmeras reflexões surgem quando das visitas aos pontos turísticos que reavivam a memória das dores vividas pela família.

Esse roteiro melancólico, mas que também tem momentos de humor, é acompanhado por composições lindas de Frédéric Chopin. Baladas, estudos, noturnos, valsas e prelúdios, interpretados pelo pianista canadense Tzvi Erez. 

Não poderia haver melhor trilha sonora. 

Chopin, nascido na Polônia, compôs músicas cheias de emoção e intensidade, e muito ligadas à sua identidade polonesa.

E foi essa música que, em perfeita simbiose, acompanhou o tom melancólico e reflexivo do filme, garantindo-lhe emoção sintonizada com os conflitos dos personagens.

Eu não sabia que Chopin seria a trilha sonora do filme, e essa surpresa foi um motivo maior para a leveza que senti ao final do filme.

Chopin Fantasie Impromptu Opus 66 in C sharp minor by Tzvi Erez

Entre outros prêmios, A Verdadeira Dor  ganhou o Oscar 2025 de Melhor Ator Coadjuvante para Kieran Culkin. E foi indicado ao Oscar 2025 de Melhor Roteiro Original ( de Jesse Eisenberg).