Festa infantil
Sábado estive na festa de 1º aniversário de um sobrinho-neto, em São Paulo.
Foi uma pequena festa junina, no salão de festas do prédio, que estava decorado com bandeirinhas coloridas, bolas de gás e dois balõezinhos. A mesa estava coberta com uma toalha alegre, com motivos juninos e poucos enfeites. Nela estavam os docinhos e tufos de balas de coco, enroladas em papel colorido. Atrás da mesa um painel colorido com o nome do aniversariante e os votos de “feliz aniversário”. Emoldurando esse painel, um arranjo com muitas bolas de gás.
Entre os “comes e bebes”, produtos típicos da época: pipoca, pinhão, amendoim, paçoca, quentão etc.
Na hora do “parabéns” não havia animadores cantando de forma diferente a canção tradicional. Os convidados fizeram o coro, e o “parabéns a você, nessa data querida..” foi cantado do mesmo jeito que era cantado desde sempre.
Saí da festa pensando: que reunião simpática.
Tempos atrás, as festinhas de aniversário sempre ocorriam na residência dos pais do/a aniversariante. As crianças brincavam no quintal (quando havia), ou numa sala ou quarto. A mesa era arrumada na sala de jantar, com o bolo de aniversário e os docinhos.
As casas foram sumindo, os apartamentos foram diminuindo de tamanho, e nem todos os prédios tinham salão de festas. Foi assim que surgiram os “bufês” infantis e, com eles, as grandes produções: festas infantis com decoração fantástica, som quase sempre atordoante, brinquedos para as crianças pequenas, brinquedos eletrônicos para as maiores. Com essas comemorações exageradas, foi sendo criada, nos pequeninos, mais uma necessidade: a de ter uma super-festa de aniversário, aí entendida uma festa em bufê, com personagens, com brinquedos, com decoração profusa. E os pais, que muitas vezes não têm condições para isso, ou se endividam para fazer a festa de arromba, ou fazem uma comemoração pequena, mas com enorme sensação de culpa.
É importante festejar o aniversário das crianças, sempre de acordo com a idade delas e com muito bom-senso. Vamos apagar velinhas, vamos cantar “parabéns”, vamos comer brigadeiros e vamos brincar. Se não há brinquedos tipo pula-pula, ou piscina de bolinhas, se não há animadores, os papais podem inventar brincadeiras que distraiam as crianças.
Sempre gostei de festejar o aniversário de meus filhos. Naquele tempo, felizmente, não havia a expectativa de festas em bufês. Aliás, nem existiam os bufês infantis. Tínhamos um bom espaço para as festinhas e, mesmo quando mudamos para apartamento, continuamos festejando em casa. Esse era o costume.
Fazíamos sanduichinhos (às vezes encomendávamos alguns salgadinhos), fazíamos os docinhos (as crianças ajudavam a enrolar) e fazíamos o bolo, que era decorado com simplicidade. Para beber, refrigerantes.
Durante a festa, sempre fazíamos alguma brincadeira. Quando pequeninhos, brincadeira de roda. Depois, estátua, passa-anel, telefone-sem-fio, dança das cadeiras e outras. Lembram-se dessas?
Lembro que numa festinha consegui um pequeno projetor e passamos uns filminhos. Em outro ano, fizemos uma brincadeira de loto (bingo), com pequenas lembrancinhas de prêmio.
E o melhor de tudo isso, é que as crianças brincavam umas com as outras. As brincadeiras eram coletivas. Outro dia, conversando com minha filha Priscila, do blog www.blognosduas.com.br, ela me chamou a atenção para o fato de que, nas festas em bufês, quase sempre as crianças brincam sozinhas; não interagem. Vocês já repararam nisso?
Não dá para voltar no tempo, mas será que não se consegue festejar com mais simplicidade, e com maior interação entre as crianças? Será que se consegue resgatar alguma brincadeira do passado? Sem dúvida, hoje há coisas incríveis que podem e devem ser aproveitadas, desde velinhas diferentes, até painéis criativos e de fácil confecção. É só usar o presente, sem esquecer do passado. Isso me faz lembrar de um dos muitos ditados de minha mãe: ”nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
Foi uma pequena festa junina, no salão de festas do prédio, que estava decorado com bandeirinhas coloridas, bolas de gás e dois balõezinhos. A mesa estava coberta com uma toalha alegre, com motivos juninos e poucos enfeites. Nela estavam os docinhos e tufos de balas de coco, enroladas em papel colorido. Atrás da mesa um painel colorido com o nome do aniversariante e os votos de “feliz aniversário”. Emoldurando esse painel, um arranjo com muitas bolas de gás.
Entre os “comes e bebes”, produtos típicos da época: pipoca, pinhão, amendoim, paçoca, quentão etc.
Na hora do “parabéns” não havia animadores cantando de forma diferente a canção tradicional. Os convidados fizeram o coro, e o “parabéns a você, nessa data querida..” foi cantado do mesmo jeito que era cantado desde sempre.
Saí da festa pensando: que reunião simpática.
Tempos atrás, as festinhas de aniversário sempre ocorriam na residência dos pais do/a aniversariante. As crianças brincavam no quintal (quando havia), ou numa sala ou quarto. A mesa era arrumada na sala de jantar, com o bolo de aniversário e os docinhos.
As casas foram sumindo, os apartamentos foram diminuindo de tamanho, e nem todos os prédios tinham salão de festas. Foi assim que surgiram os “bufês” infantis e, com eles, as grandes produções: festas infantis com decoração fantástica, som quase sempre atordoante, brinquedos para as crianças pequenas, brinquedos eletrônicos para as maiores. Com essas comemorações exageradas, foi sendo criada, nos pequeninos, mais uma necessidade: a de ter uma super-festa de aniversário, aí entendida uma festa em bufê, com personagens, com brinquedos, com decoração profusa. E os pais, que muitas vezes não têm condições para isso, ou se endividam para fazer a festa de arromba, ou fazem uma comemoração pequena, mas com enorme sensação de culpa.
É importante festejar o aniversário das crianças, sempre de acordo com a idade delas e com muito bom-senso. Vamos apagar velinhas, vamos cantar “parabéns”, vamos comer brigadeiros e vamos brincar. Se não há brinquedos tipo pula-pula, ou piscina de bolinhas, se não há animadores, os papais podem inventar brincadeiras que distraiam as crianças.
Sempre gostei de festejar o aniversário de meus filhos. Naquele tempo, felizmente, não havia a expectativa de festas em bufês. Aliás, nem existiam os bufês infantis. Tínhamos um bom espaço para as festinhas e, mesmo quando mudamos para apartamento, continuamos festejando em casa. Esse era o costume.
Fazíamos sanduichinhos (às vezes encomendávamos alguns salgadinhos), fazíamos os docinhos (as crianças ajudavam a enrolar) e fazíamos o bolo, que era decorado com simplicidade. Para beber, refrigerantes.
Durante a festa, sempre fazíamos alguma brincadeira. Quando pequeninhos, brincadeira de roda. Depois, estátua, passa-anel, telefone-sem-fio, dança das cadeiras e outras. Lembram-se dessas?
Lembro que numa festinha consegui um pequeno projetor e passamos uns filminhos. Em outro ano, fizemos uma brincadeira de loto (bingo), com pequenas lembrancinhas de prêmio.
E o melhor de tudo isso, é que as crianças brincavam umas com as outras. As brincadeiras eram coletivas. Outro dia, conversando com minha filha Priscila, do blog www.blognosduas.com.br, ela me chamou a atenção para o fato de que, nas festas em bufês, quase sempre as crianças brincam sozinhas; não interagem. Vocês já repararam nisso?
Não dá para voltar no tempo, mas será que não se consegue festejar com mais simplicidade, e com maior interação entre as crianças? Será que se consegue resgatar alguma brincadeira do passado? Sem dúvida, hoje há coisas incríveis que podem e devem ser aproveitadas, desde velinhas diferentes, até painéis criativos e de fácil confecção. É só usar o presente, sem esquecer do passado. Isso me faz lembrar de um dos muitos ditados de minha mãe: ”nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
Eu sou testemunha. As festas produzidas pela minha mãe eram o máximo e inesquecíveis. Essa do projetor virou um cineminha na garagem. Muito criativa! E um outro ano ela comprou as "prendas", já na atual 25 de Março, para presentear as crianças nas brincadeiras. Essa mudança radical é para se pensar mesmo...
ResponderExcluirEu acho Pri que a Vovó tem toda a razão , tem coisa mais gostosa do que enrolar brigadeiro e melecar a mão isso me fez rever meus conceitos do niver do Guta , será a as coisas belas não estão na simplicidadde , como disse no blog da pri quero uma coisa simples porem inesquecivel :)
ResponderExcluirUm bjão
Nossa! Como foi bom ler este texto... Relembrei as festinhas de aniversário que minha mãe fazia. Sempre em casa, o bolo feito por ela mesma... Uma delícia!
ResponderExcluirÉ um texto que faz pensar e refletir. Parabéns, Vovó Helô!
Entrei no túnel do tempo, em que minha mãe e madrinha faziam toda a festa em casa: enfeitinhos, painéis, docinhos, tudo caseiro e e delicioso!!! Que saudoso! Ano passado, tentei isso com a Laís e ela adorou reunir os amiguinhos em casa, esse ano vou fazer na escolinha, pois ela já pede a companhia dos amiguinhos do dia-a-dia!
ResponderExcluirAdorei, vovó Helô!
Como sempre arrasando, ne? Eu concordo com tudo, principalmente na parte "com a idade delas e com muito bom-senso". Sabe, se não fazemos uma mega-bombastica-na melhor casa de festas, as pessoas, principalmente algumas da familia, te olham com cara de "coitadinha, nao tem condição de fazer uma festa para o filho...".
ResponderExcluirNo 1º aniversario, eu ate fiz numa casa de festas, mas com as seguintes condições: sem animador, sem parafernalhas, sem som altissimo e para 50 PESSOAS! Sim, pessoas que fazem parte da minha vida, do meu marido e do meu filho. Fazer parte não é ver uma vez por ano... Ás vezes, ate nao ver, mas esta sempre por perto de alguma forma. E assim foi feito. Fiz numa super simples e foi legal. Festa de 1 ano é para os adultos... Ano passado, Eduardo teve sua festinha na escola e ate hoje ele fala daquele dia. Amou. E eu tb, por ver a sua alegria e felicidade. FIcou realizado. Mandei bolo do Barney, docinhos, sanduichinhos, suco, lanchinho e lembrancinha para os pequenos. Esse ano, ele tera uma festa, junto com a irma, mas no meu play. TEra brincadeiras de desenhar, massinhas, teatrinho, tudo muito educativo e de acordo para idade dele e dos seus amiguinhos. Uma pessoa vira de "Pablo"(Backyardigans) e tenho certeza que vai dar super certo.
E provavelmente, no ano que vem (olha eu ja pensando no ano que vem... hahahahahah), sera na escola e um bolinho em casa para a famiia dar um beijinho e poder cantar parabens com os pequenos.
Muitos beijos
Queridas comentaristas,
ResponderExcluirQue bom que vocês gostaram do texto.
Sabem? Às vezes, nós vamos fazendo as coisas sem pararmos para pensar, e sem lembrarmos que podemos fazer muito bem, e de outra forma. É o caso das festinhas. Não precisamos de mega-eventos (que às vezes outros esperam), para mostrarmos que estamos felizes com o aniversários de nossos filhos, e para proporcionarmos, a eles, momentos de alegria.
Beijos,
vovó Helô
P.S. Achei interessante vocês terem lembrado das suas festinhas, dos bolos das mamães e dos brigadeiros que enrolavam.
Fiz a festinha da Mariana em casa mesmo, foi super simples, coloquei eu mesma a decoração de princesa, balões, fizemos quase tudo, tinha umas 35 pessoas, só as pessoas que estão sempre com a gente. A Mariana ficou encantada, ajudou a montar e desmontar tudo, isso que foi gostoso, ela participou de tudo. Meu marid queria clocar pula-pula, mais como as crianças ainda são pequenas resolvemos deixar p/ o ano que vem. Tava uma delícia.
ResponderExcluiroi vovó Helô...q saudade...
ResponderExcluirnunca desejei fazer festa de aniversario em bufê, queria q sua primeira festinha tivesse sido em casa, usando a mesa da sala, tudo muito intimo, simples, gostoso e cheio de valores...mas minha casa tornou-se tao pequena para o numero de convidados q tive q procurar outro espaço p faze-la...
MAs concordo...q nem tanto ao ceu nem tanto a terra... nem so passado, nem so presente... um misto dos dois...da sempre uma boa combinaçao bonita ! ADOREIII esse post... suas palavras são sempre recheadas de sentimentos e experiencia... que delicia ler o q vc nos escreve!!!
beijos....
fiquem com deus, familia linda,
ma
Olá ..sou amiga da Norma , sua irmã que me falou sôbre seu blog..estou adorando.Parabens..Tenho 63 anos mas não estou tão linda quanto você na foto .Eu tenho 3 netas sendo duas gêmeas.Tambem fico reclamando desses buffets onde tudo é mecânico e crianças se isolam.O ùnico brinquedo que ainda as faz conversar e esperar uns pelos outros é o escorregador com caminho cheio de obstáculos ,lembra? .Os demais são um desastre em matéria de interação.Boa sorte para seu blog e que continue asim tão sincero.Bjs
ResponderExcluirSimone e Ma, que bom contar com a visita de vocês e com comentários tão enriquecedores.
ResponderExcluirMarinete, seja muito bem-vinda. Fiquei muito feliz por ter contado com seu comentário, vovó experiente de três netinhas. Apareça sempre, que só dará alegria.
Beijos,
Helô
Gente,
ResponderExcluirAí que saudade das festas antigas, das festas em casa, no quintal ,da simplicidade e das brincadeiras de criança.
Com o intuito de resgatar este climas de festas à moda antiga criei a DE PONTA A CABEÇA - festas à moda antiga para todas as ocasiões .
Façam um visita no nosso blog e conheça a nossa proposta :
www.depontacabeca.com.br
Além do problema que você citou sobre o tamanho das casas e apartamentos, ainda tem outro: hoje em dia a maioria das mães trabalham fora e não querem ter trabalho nenhum com seus filhos!!! Nem para educar, que dirá para fazer uma festa para sua criança...
ResponderExcluirEstou organizando a festinha do meu filhote, que faz cinco anos em janeiro e, como sempre, farei em casa, com a família e com os amiguinhos mais próximos...
As festas são mais simples, mas todos lembram com carinho delas, principalmente ele!!! Todo ano me perguntam o que aprontarei no aniversário dele, pois faço coisas diferentes, brincadeiras com as crianças, decorações com brinquedos e papéis coloridos...
O próximo tema será "piratas" e já estou costurando bandanas e tapa-olhos para os pequenos convidados, além de muitas brincadeiras e delícias feitas por mim, pelas vovós e pela bisa, que adora cozinhar e sempre nos brinda com seus maravilhosos quitutes que nenhum bufê faz igual...
Tenho certeza de que ele lembrará sempre dessas festinhas gostosas com o mesmo carinho que lembro das minhas.
Muitas beijocas a todos
O Google é uo na minha vida mesmo...estava aqui tão agoniada e pensando: Como comemorar os 6 aninhos da Sofia aqui no apartamento esse ano. Em todos os anteriores ele foi grandemente comemorado e esse ano não será possível.
ResponderExcluirSó então percebi que a frustração dela por não ter um festão é minha.
Me lembrei também dos meus aniversários que eram em casa, cheios de primos e amigos...era tudo tão bom!
Parabéns pelo seu blog e obrigada por me fazer refletir!
bjus
Milha filha faz 4 anos dia 28/05/2011, alem de morar em apartamento minúsculo ele não tem salão de festa, vou organizar uma pequena festinha só pra família que conta apenas com 2 crianças e 10 adultos, pois se convidar os amiminhos do colégio não caberia todos, pois são 8 crianças + Mãe e muitas vezes os Pais, não cabe todos. Por isso optei em fazer um bolo da branca de neve com um painel simples docinhos e salgadinhos e inventar algumas brincadeiras onde os tios e tias voltem a ser criança para poder participar e fazer minha amada Manoela ficar feliz com o que posso dar. Eu particularmente só fui ter festa de aniversario depois de adulta quando eu mesma fazia, mas fiz muito painel de cartolina e enchi muito balão pra minha afilhada. Adorava!!! Pra minha filha pelo menos o bolo vai ter todos os anos e sei que vai gostar, pois o amor e carinho não vão faltar. Adorei seu texto parabéns, concordo com tudo. Abraços
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