Marca de família
Existem alguns objetos que têm enorme importância na nossa vida. Entre esses há alguns de um valor emotivo muito grande, que nos trazem lembranças da infância, da juventude e que, na verdade, fazem parte da nossa biografia. Melhor dizendo, não fazem parte só da nossa história de vida, mas da história da nossa família.
Acho que, se pedisse para meus irmãos uma lista com três itens (móveis ou objetos) que seriam quase que uma marca da nossa família, todos relacionariam os móveis-bufês da sala de jantar e a “velha e boa” cadeira de balanço. Lembro da cadeira de balanço da minha avó paterna. Aliás, acho que a lembrança mais forte que tenho da minha avó paterna é a dela sentada nessa cadeira. Lembro muito do meu pai, já doente e nos últimos anos de sua vida, sempre usufruindo do balançar da sua cadeira.
Na casa dos meus pais, a cadeira de balanço era de uma importância fundamental. Nela, eles embalaram seus nove filhos e alguns dos netos. Minha mãe exercia essa atividade não só à noite, como também durante o dia, para o soninho da tarde das crianças pequenas. Como nos primeiros filhos a diferença de idade, entre um e outro, era muito pequena, ela sentava-se na cadeira de balanço com o menorzinho no colo, ao lado do berço onde estava o outro um pouquinho mais velho. Balançava a cadeira, e cantava as canções de ninar tradicionais, e outras canções lindas, entre as quais “Quem sabe”, composição de Carlos Gomes e “Doce Mistério da Vida”. Meu pai, quando ninava algum filho, tinha um repertório mais reduzido. O interessante é que, para fazer o nenê dormir, cantava algumas músicas de carnaval, e outras da igreja. Lembro bem de ouvir “Meu periquitinho verde” , “Alá la ô, mas que calor” e “Aurora” (todas do carnaval), seguidas de “Coração Santo, tu reinarás” e outras que eram cantadas nas cerimônias da Igreja Católica.
Passada a fase dos filhos, vieram os netos, que quando ficavam na casa dos vovós também eram embalados na cadeira de balanço.
Quando nasceu meu primeiro filho, um dos conselhos que minha mãe me deu foi o de comprar uma cadeira de balanço, para amamentá-lo e niná-lo. Segui seu conselho, e a cadeira está comigo até hoje.
Quando nasceu minha netinha, também usei muito a cadeira de balanço. Cantei bastante para a Isadora, dei mamadeiras, balancei com ela no colo, e ainda balanço.
Ao levarmos a Isadora, pela primeira vez, na casa da sua bisa (minha mãe), ela ficou feliz ao ver sua nova bisnetinha, beijou-a e logo perguntou: aonde está minha cadeira de balanço?
A “velha e “boa” cadeira de balanço. Realmente, faz parte da história da minha família.
Acho que, se pedisse para meus irmãos uma lista com três itens (móveis ou objetos) que seriam quase que uma marca da nossa família, todos relacionariam os móveis-bufês da sala de jantar e a “velha e boa” cadeira de balanço. Lembro da cadeira de balanço da minha avó paterna. Aliás, acho que a lembrança mais forte que tenho da minha avó paterna é a dela sentada nessa cadeira. Lembro muito do meu pai, já doente e nos últimos anos de sua vida, sempre usufruindo do balançar da sua cadeira.
Na casa dos meus pais, a cadeira de balanço era de uma importância fundamental. Nela, eles embalaram seus nove filhos e alguns dos netos. Minha mãe exercia essa atividade não só à noite, como também durante o dia, para o soninho da tarde das crianças pequenas. Como nos primeiros filhos a diferença de idade, entre um e outro, era muito pequena, ela sentava-se na cadeira de balanço com o menorzinho no colo, ao lado do berço onde estava o outro um pouquinho mais velho. Balançava a cadeira, e cantava as canções de ninar tradicionais, e outras canções lindas, entre as quais “Quem sabe”, composição de Carlos Gomes e “Doce Mistério da Vida”. Meu pai, quando ninava algum filho, tinha um repertório mais reduzido. O interessante é que, para fazer o nenê dormir, cantava algumas músicas de carnaval, e outras da igreja. Lembro bem de ouvir “Meu periquitinho verde” , “Alá la ô, mas que calor” e “Aurora” (todas do carnaval), seguidas de “Coração Santo, tu reinarás” e outras que eram cantadas nas cerimônias da Igreja Católica.
Passada a fase dos filhos, vieram os netos, que quando ficavam na casa dos vovós também eram embalados na cadeira de balanço.
Quando nasceu meu primeiro filho, um dos conselhos que minha mãe me deu foi o de comprar uma cadeira de balanço, para amamentá-lo e niná-lo. Segui seu conselho, e a cadeira está comigo até hoje.
Quando nasceu minha netinha, também usei muito a cadeira de balanço. Cantei bastante para a Isadora, dei mamadeiras, balancei com ela no colo, e ainda balanço.
Ao levarmos a Isadora, pela primeira vez, na casa da sua bisa (minha mãe), ela ficou feliz ao ver sua nova bisnetinha, beijou-a e logo perguntou: aonde está minha cadeira de balanço?
A “velha e “boa” cadeira de balanço. Realmente, faz parte da história da minha família.
Oi vovó !!!
ResponderExcluirminha mãe não tem cadeira de balanço :(
Mais tinha um colinho irresistivel ( digo tinha pq ela não mais me da colo) Sinto falta do seu cheiro e bjo , depois que fiquei gravida ela nunca mais me abraçou com aquela vontade , tenho medo a vida é curta demais e ninguem sai dela vivo. Voltando ao assunto tanto meu pai qto minha mãe me ninavam e qdo já estava maiorzinha me balançavam na cama , até hoje durmo xaqualando a perna meu marido morre de raiva , só sinto não ter ninado o Guta mais sempre q posso canto para ele. Sabe acho que vou comprar uma cadeira de balaço :)
Uma semana abençoada pra vcs !!!!!
Ola Vovó Helo!
ResponderExcluirNao sumi daqui nao!! De jeito nenhum. Depois venho com calma para ler seu post com atençao e carinho. O tempo aqui no Rio ta um horror, meus filhos sao alergicos e com isso, tenho que redobrar todos os cuidados. Eduardo esta um pouco gripado, nao foi p escola hj...
Ja volto.
Bjs
Helo ainda hoje em minha comunidade falamos de certas palavras que imediatamente iluminam nossa memória , assim como a cadeira de balanço traz de volta suas doces lembranças..Isso significa que fomos felizes e guardamps esses doces momentos dentro de nós paa sempre..que privilégio amiga...algumas pessoas só se recordam de amarguras..Que possamos deixar doces lembranças de herança para os que nos amam e amamos!Parabens pelo texto.bjs
ResponderExcluirVovó Hlo, minha filha Mariana qdo não dorme mamando, tenho que ficar de pé com ela no colo, chacoalhando e cantando até ela dormir. Ontem eu falei Má vc támuito pesada e já é mocinha, a mamãe não aguneta mais te segurar no colo p/ dormir. Quando fui dar o mama dela pra dormir, ela mamou mais não dormiu, aí pensei, e agora? Ela virou pra mim com aquea carinha de piedade e falou "quero nanar no colinho seu, só um poquinho", me caiu as pernas de dó. Peguei ela um pouquinho e depois coloquei no berço ainda acordada, ela nunca dormiu assim, fiquei fazendo carinho no cabelinho dela e ela dormiu como um anjo.
ResponderExcluirMais pensando na sua cadeira de balanço, acho que vou providência uma. rsrsrsrs.
Beijos.
Querida,
ResponderExcluirapreciei os textos novos, adorei os retratinhos.
Quem pode passar sem cadeira de balanço, tendo nenê em casa?
Hoje, as grandes cadeiras austríacas, como a que aparece nas suas fotos foram muitas vezes substituidas pelas pequenas, de estilo provençal.
Qualquer uma serve para embalar nossos filhos, netos ou bisnetos. Tem coisa mais gostosa que um nenê nos braços à espera de uma canção de ninar? O meu repertório ia desde o Nana ,nenê, até as melodias lindas do Caymmi, passando por peças do nosso flklore....(Cantora frustrada dá nisso: mamãe, vovó ou bisa ninadora.....)Beijo, Cecília.
Eu adorei ser ninada e ninar a Isadora na cadeira de balanço também. E adorei o repertório original de músicas do vovô Cunha para fazer os filhos dormir. Música de Carnaval é ótimo! E a vovó Norma cantando durante o dia todo, pela casa, é uma lembrança especialíssima e inesquecível. bjs
ResponderExcluirHeloisa,não sei não....mais cada vez que leio o seu blog me emociono que chego a ficar com os olhos molhados...
ResponderExcluirEsse me fez chorar mesmo...
Vc tem toda razão..os bufffets e a cadeira de balanço são marcas registradas de nossa vida.
Me fez lembrar do nosso pai,mto doente sentado na cadeira...
E o periquitinho verde,então??
Pôxa,esse blog foi uma das melhores coisas que me aconteceu,pode acreditar..
Ele está me mostrando uma outra Heloisa...e eu estou mto feliz com isso
Beijos