Vilões?




De repente comecei a ficar com a digestão meio difícil. Dores após as refeições, abdômen inchado.
Procurei saber quais alimentos poderiam estar provocando esse mal-estar, e comecei a tomar um remédio de homeopatia, adequado para os sintomas. Tive melhora.
Mas pensei: não vou ficar tomando esse remédio indefinidamente. Preciso descobrir o que está me fazendo mal para excluí-lo da minha alimentação.
Será a lactose?
Depois de ler sobre o assunto, resolvi começar pelo leite. Senti uma boa melhora.
Passei a tomar leite sem lactose, iogurtes sem lactose. 
E os queijos?
Queijo fresco e muçarela, consegui sem lactose. Quanto aos demais, diminuí o consumo.
Com isso, melhorei. Porém, não totalmente.
Faltava testar o outro vilão da atualidade: o glúten.
Para iniciar, cortei o tão gostoso pão francês, e outros produzidos com farinha de trigo. Daí fui ampliando as restrições, e também evitando os pratos elaborados com farinha de trigo.
E passei a me sentir bem melhor, principalmente após as refeições.
Voltei à minha pesquisa e soube que, no decorrer da vida, é bem possível que se adquira sensibilidade ao glúten, assim como à lactose. 
Não se trata de intolerância, mas somente de uma sensibilidade maior aos possíveis efeitos negativos.
E até parece que esses dois elementos, glúten e lactose, andam de braços dados. Quando um incomoda, o outro também passa a importunar.
Não pretendo radicalizar, eliminando-os completamente da minha alimentação. 
Mas evitar quando possível, sem exagero. 
Se estiver em casa, fica mais fácil. Tenho feito pães gostosos e usado, nos pratos do dia-a-dia, outras farinhas que não a de trigo.
Contudo, sem restrições totais.
Mesmo porque, temo que eliminando de vez o glúten e a lactose, não haverá retorno. A sensibilidade corre o risco de aumentar muito, dificultando o consumo quando não existir outra opção.
Quando saio, procuro me despreocupar. 
Já imaginou ir a um jantar e recusar uma  deliciosa torta de camarão? Ou a um aniversário e deixar de comer aquele bolo gostoso?


Comentários

  1. Olá Heloísa: recentemente também comecei a fazer uma alimentação tipo "paleo", embora sem radicalismos. Sinto-me menos inchada, mas confesso que sinto imensa falta do pão. Há alternativas, claro, mas tal como vc, quando há uma festa ou quando vamos jantar fora, como o que aparece. Afinal, nunca fui de seguir regras cegamente...
    Bjn
    Márcia

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    1. Márcia realmente o pãozinho faz falta. Mas acho que uma vez por semana, ele não fará mal.

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  2. Oi Heloísa, complicado esse lance de alimentação...Ano passado fiz um teste, tirei o gluten por uns dias e realmente me senti melhor do refluxo, até emagreci um pouco, mas e a senhora disciplina? Fraquejei, mas como menos, não tanto quanto deveria...
    Boa sorte em sua nova alimentação, abraço!

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    1. Dalva, a disciplina é que é o problema. Mas, quando necessário, a gente acaba dando um jeito, pelo menos de reduzir a quantidade.

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  3. Acho que tudo o que se cone em excesso faz mal... o ideal é variar mais.
    Acredito que lactose e glúten viraram vilões na atualidade justamente pelo consumo excessivo que fazemos deles...
    Está sua ideia de restringir nas não eliminar provavelmente se apresentará como a melhor opção...
    Eu ainda não tenho força de vontade para diminuir nem um nem outro mas há se apresentam sinais de que mais cedo ou mais tarde terei de fazê-lo.

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  4. É verdade! Deixei de comer glúten há mais de cinco anos. Realmente minha vida “digestiva” melhorou muito. Perdi muitos quilos sem sacrifício, e eles não voltaram. Claro que, socialmente, entro numa pizza, numa cerveja, ocasionalmente. Mas em casa já me acostumei sem o pão, e o leite também. Existe um livro, “Barriga de Trigo”, que explica muitíssimo bem as modificações genéticas das quais o trigo foi vítima, especialmente nesses últimos 100 anos. Até o tamanho da planta mudou. Parece que o vilãonão não é o glúten, são as tais modificações genéticas…

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  5. Adequar a dieta de acordo com as necessidades, mas sem radicalismos e exageros que se tornam cansativos pra pessoa e demais! Tudo sempre deve ser feito com equilíbrio e bom senso e pessoa a pessoa! Linda semana, beijos, chica

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  6. Olá, Helô,

    Penso que se você concluiu que melhorou, depois de reduzir a ingestão de alimentos com gluten e lactose, deve seguir prosseguir nesse caminho, claro. Eu desconfio fortemente que o grande aumento dos casos de intolerância e alergias, associadas a certos alimentos, se devem à introdução das sementes transgênicas na agricultura (temos que lembrar que também os animais, dos quais extraímos o leite, comem vegetais transgênicos).

    Boa semana!

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    1. É verdade, Marly, não havia pensado nessa questão da alimentação dos animais. Bj.

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  7. Muito bom o equilíbrio e as novas receitas que têm pesquisado e produzido!

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    1. Oi, Pri, logo irei publicar a receita daquele pão que você gostou. Bj.

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  8. Ay Heloísa, mi marido si es intolerante a la lactosa, en España no es problema encontrar, yogur, natilla, flan, queso, bizcocho y un sin fin de artículos alimenticios que no contienen lactosa, pero en verano pasamos cuatro meses en Francia y aquí si me cuesta encontrar productos que no contengan lactosa. Aquí históricamente siempre han consumido alimentos derivados de la vaca, como en Suiza, Holanda, Alemania..., por lo que sus organismos están más acostumbrados y no sufren tanto ese problema y en consecuencia, como ya te he dicho es más difícil su adquisición. Por suerte él no es intolerante al gluten, cosa que cada día es más común. En fin tendremos que tener paciencia.Un beso

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    1. Pilar, quando se viaja fica um pouco mais complicado. Parece que existem comprimidos, ou sachês, que devem ser usados antes da ingestão de leite, ou outros produtos lácteos. Com eles, talvez fique mais fácil alimentar-se fora de casa.

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